As interações familiares no desenvolvimento afetivo-emocional do indivíduo com altas habilidades/superdotação : a questão do assincronismo
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/55203 |
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Sakaguti, Paula Mitsuyo YamasakiLoos-Sant'Ana, HelgaVirgolim, Ângela M. R. (Ângela Magda Rodrigues)Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação2018-05-09T16:25:19Z2018-05-09T16:25:19Z2017http://hdl.handle.net/1884/55203Orientadora : Profa. Dra. Helga Loos-Sant’AnaCoorientadora : Profa. Dra. Angela M. Rodrigues VirgolimTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 23/02/2017Inclui referênciasÁrea de concentração : Cognição, Aprendizagem e Desenvolvimento HumanoResumo: A presente pesquisa investiga as bases epistemológicas do conceito de assincronismo e busca contribuir para revisar seu significado no desenvolvimento afetivo-emocional e cognitivo das pessoas com Altas Habilidades/Superdotação, reposicionando o papel a família nesta dinâmica. O aporte teórico utilizado foi o Sistema Teórico da Afetividade Ampliada - STAA (SANT'ANA-LOOS, LOOS-SANT'ANA, 2013a, b, c, d). Foram convidados a participar da pesquisa 100 (cem) alunos formalmente identificados que frequentam as Salas de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Destes, 58 alunos participaram da triagem no primeiro momento da pesquisa, e 15 alunos com suas respectivas famílias (compondo 13 famílias; pois dois alunos têm irmãos que frequentam o atendimento) compuseram o grupo na segunda etapa do trabalho. Após análise qualitativa dos dados - coletados por: Escalas de Qualidade na Interação Familiar (EQIF para crianças e adolescentes e EQIF para pais), Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP), Escala de Resiliência para Crianças e Adolescentes (ERCA), Entrevista Semiestruturada, Sessão de Desenho- Estória, Grupo de Discussão Orientada - observou-se que as famílias com interações qualitativamente positivas, em relação a seus filhos: (a) estabelecem diálogos com comunicação positiva; (b) não utilizam punição física; (c) os filhos demonstram autoaceitação; (d) os filhos demonstram atributos de desenvolvimento de resiliência com forte controle, alta capacidade de relacionamento e baixa reatividade emocional, indicando não-vulnerabilidade; (e) os pais destacam qualidades e valores relacionais quando se referem a suas famílias: "família sendo tudo", "sentido da vida", "benção", "confiança", "porto seguro", "união", "compartilhar mesmas ideias, valores e exemplos", "família sendo um grupo de pessoas, não necessariamente do mesmo sangue"; (f) os filhos identificam as famílias como apoio e envolvimento; (g) dentre as características comuns na família, foram descritas: solidariedade, integração, "brabeza", agitação, ansiedade. Apresentam também dificuldades em lidar com a superdotação dos filhos nos seguintes aspectos: reações psicossomáticas, enfrentamento pela argumentação, desobediência dos filhos, elevado autoconceito do filho, percepção de um lado negativo em ser bondoso. Em relação às famílias com interações qualitativamente inconsistentes (ou precárias), os resultados mostraram que: (a) apresentam falhas na comunicação e diálogos negativos; (b) utilizam punição física; (c) os filhos demonstram autoaceitação; (d) os filhos demonstram atributos de desenvolvimento de resiliência com controle mediano, alta capacidade de relacionamento e baixa reatividade emocional, indicando a não-vulnerabilidade; (e) os pais destacam qualidades e valores relacionais quando se referem a suas famílias: "família sendo tudo", "convivência", "e a base", "motivação", "união", "respeito pela nova configuração familiar"; (f) os filhos relatam conflitos relativos a estar/ficar juntos; (g) dentre as características comuns na família, foram descritas: isolamento, responsabilidade, busca do aprendizado, teimosia. Também apresentam dificuldades em lidar com a superdotação dos filhos, desta vez nos seguintes aspectos: comunicação negativa com os filhos, descontrole emocional da mãe, retraimento do filho para falar o que sente, superdotação é vista pela mãe como algo ruim, a superdotação é um peso para o filho, esquecimento, distração, super-sensibilidade psicomotora do filho, alta expectativa da mãe, preconceito da sociedade, impacto da descoberta de outras necessidades educacionais especiais, necessidade de maior participação do pai na educação, relacionamento com as filhas. A literatura da área apresenta o conceito de assincronismo como uma das características inerentes ao desenvolvimento dos indivíduos superdotados. Contrariamente a isso, confirma-se, com base na análise teórica e nos resultados da pesquisa empírica aqui empreendidos, que o assincronismo é um fenômeno interacional; logo, não está no indivíduo, mas nas relações disfuncionais dele com a família. Conclui-se que o assincronismo origina-se na falta de alteridade nas relações, que tratam o indivíduo como vulnerável, desajustado ou problemático. Em famílias com interações qualitativamente positivas - onde predominam indicadores de relações positivas, harmônicas, estáveis, plenas de confiança e manifestações de alteridade - preponderam o reconhecimento da heterogeneidade, das diferenças que constituem este grupo e, sobretudo, da validação dos sentimentos dos filhos. Palavras-Chave: Altas Habilidades/Superdotação; Desenvolvimento afetivoemocional; Assincronismo; Sistema Teórico da Afetividade Ampliada.Abstract: The present research investigates the epistemological basis of the concept of asynchronism and attempts to contribute for the revision of its interpretation in the affective emotional and cognitive development of gifted individuals rearranging the role of the family in these dynamics. The theoretical framework used in the research was the Theoretical System of Expanded Affectivity - TSEA (SANT'ANA-LOOS, LOOS-SANT'ANA, 2013a, b, c, d). A hundred students formally identified that attend to resource rooms for gifted in the educational system of the city of Curitiba were invited to participate in this study. Fifty-eight students participated in the first part of the study, and fifteen students with their families (composing thirteen families in total because two students have siblings that attend to resource rooms) composed the group in the second part. After the qualitative analysis of the data collected from the Family Interaction Quality Scales (EQIF - Child and Parent Versions), Psychological Well-Being Scale (PWBS), Resiliency Scales for Children and Adolescents (RSCA), Semi-structured Interview, Session of Drawing-Story, Oriented Discussion Group - it was perceived that families with qualitative positive interactions: (a) establish dialogues with positive communication; (b) do not inflict physical punishment; (c) children show self-acceptance; (d) children show characteristics of great resilience, remarkable ability to interact with others and low emotional vulnerability; (e) parents focus on qualities and sentimental values when they refer to their families: ''family is everything'', ''reason of life'', ''blessing'', ''trust'', ''safe harbor'', ''union'', ''sharing the same ideas, principles and examples'', ''family as a group of people not necessarily blood-related''; (f) children report conflicts related to be and stay together; (g) The common characteristics shared by families that were identified: isolation, responsibility, search for learning, stubbornness. They also demonstrate difficulties in facing their children giftedness in the following aspects: negative communication with them, emotional unrest of mothers, children's retreat in speaking what they feel, giftedness is a burden for their child, forgetfulness, distraction, psychomotor high sensitivity, motherly high expectations, social prejudice, impact in the discovering of other special educational necessities, need of a paternal higher participation in the children's education, difficult relationship with their daughters. The literature of the field presents the concept of asynchronism as one of the inherent characteristics of the development of gifted individuals. Contrarily to this, it is attested based on the theoretical analysis and the results of this study that the asynchronism is an interactional phenomenon, thus, it is not present in the individual but in their dysfunctional relationship with their family. It is concluded that the asynchronism is originated by the lack of modification in relations that treat the individual as vulnerable, misfit or problematic. In families with qualitative positive interactions - where indicators of positive, harmonic, stable, trusting relations and manifestations of modifications prevail - the recognition of heterogeneity, the differences that constitute the group and, above all, the validation of children's feelings preponderate. Keywords: Giftedness; affective-emotional development; asynchronism; Theoretical System of Expanded Affectivity.304 p. : il. (algumas color.), grafs.application/pdfHabilidades sociaisAssincronismoSuperdotados - Desenvolvimento socialCogniçãoAfetividadeAs interações familiares no desenvolvimento afetivo-emocional do indivíduo com altas habilidades/superdotação : a questão do assincronismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - PAULA MITSUYO YAMASAKI SAKAGUTI.pdfapplication/pdf14224651https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/55203/1/R%20-%20T%20-%20PAULA%20MITSUYO%20YAMASAKI%20SAKAGUTI.pdf1015ee1b95aa5d0392ee5ce22843b051MD51open access1884/552032018-05-09 13:25:19.768open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/55203Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082018-05-09T16:25:19Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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