Análise de aspectos fonológicos, morfológicos e lexicais de sinais de cores da LIBRAS
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/88570 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. André Nogueira Xavier |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em LetrasXavier, André Nogueira, 1980-Fischer, Katherine2024-06-27T11:08:45Z2024-06-27T11:08:45Z2024https://hdl.handle.net/1884/88570Orientador: Prof. Dr. André Nogueira XavierDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 28/02/2024Inclui referênciasÁrea de concentração: Estudos LinguísticosResumo: A presente pesquisa objetiva investigar os aspectos fonológicos, morfológicos e lexicais dos sinais de cores da libras. Para isso, foram coletados dados do Inventário Nacional do Desenvolvimento Linguístico da libras (Quadros et al., 2018). Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esse inventário contém produções em libras de 35 surdos de referência de 16 estados do Brasil. Esses dados foram analisados considerando três macro-categorias: a) aspectos fonológicos (variação vs. estabilidade fonológica); b) aspectos morfológicos (simples vs. composto e inicialização vs. soletração); e c) aspectos lexicais (sinais formados sem influência do português vs. sinais formados com influência do português, ou seja, empréstimos linguísticos). Os resultados em relação aos aspectos fonológicos indicam a ocorrência de variação, por exemplo, no ponto de articulação, tal como no sinal variante lexical para preto canonicamente realizada com a mão em A em contato com a lateral ipsilateral da testa. Nos dados, esse sinal foi produzido no lado ipsilateral da cabeça e no lado inferior ipsilateral da testa. Apesar dessa variação, observa-se também estabilidade fonológica em todas as realizações desse sinal. Precisamente, observa-se constância, nas suas diferentes produções aqui analisadas, em aspectos fonológicos como a configuração de mão, a orientação da palma, o movimento, as expressões não manuais, o contato e o número de mãos. Quanto aos aspectos morfológicos, os resultados indicam uma predominância de sinais simples, como VERMELHO, mas também a presença de sinais compostos. Entre estes últimos, identifiquei apenas sinais formados com influência do português, precisamente através de dois processos de incorporação de elementos dessa língua na criação de itens lexicais em libras: a soletração manual e a inicialização. A soletração manual pôde ser observada na formação de uma das variantes lexicais para azul que identifiquei nos dados. Sinais desse tipo são aqui considerados uma forma de composto sequencial, uma vez que são constituídos por sinais que designam letras do alfabeto produzidos em sequência. A inicialização, por sua vez, pôde ser observada na formação de uma das variantes lexicais para a cor preta. Dado que esse sinal consiste na simultânea produção de parte do sinal CARVÃO pela mão não dominante e da letra manual P pela mão dominante, ele é analisado aqui como um composto simultâneo, ou seja, como um item lexical formados por uma raiz nativa e uma letra manual que remete à inicial da palavra do português correspondente. Por fim, em relação aos aspectos lexicais, observa-se nos dados a presença tanto de sinais para cores formados sem influência do português, por exemplo, VERMELHO, quanto de sinais formados a partir de empréstimos linguísticos, como a variante soletrada para azul. Também é notável a ocorrência de variação lexical nos dados. A cor para a qual identifiquei o maior número de variantes lexicais foi branco, totalizando quatro. Dentre elas, duas formadas sem influência do português, uma formada por empréstimo linguístico dessa língua via inicialização e um incorporado da LSFAbstract: This research aims to investigate the phonological, morphological and lexical aspects of Libras color signs. To achieve this goal, data were collected from the National Inventory for Libras Linguistic Development (Quadros et al., 2018). This inventory, developed by the Federal University of Santa Catarina (UFSC), contains productions in Libras by 35 reference deaf people from 16 states in Brazil. These data were analyzed considering three macro-categories: a) phonological aspects (variation vs. phonological stability); b) morphological aspects (simple vs. compound and initialization vs. fingerspelling); and c) lexical aspects (signs formed without influence from Portuguese vs. signs formed with influence from Portuguese, that is, loan signs). The results in relation to phonological aspects indicate the occurrence of variation, for example, in place of articulation, such as in the lexical variant for black canonically performed with the hand in A and in contact with the ipsilateral side of the forehead. In the dataset, this sign was produced at the ipsilateral side of the head and the ipsilateral inferior side of the forehead. Despite this variation, phonological stability is also observed in all realizations of this sign. Precisely, constancy is observed, across the different productions analyzed here, in phonological aspects such as hand configuration, palm orientation, movement, non-manual expressions, contact and number of hands. Regarding morphological aspects, the results indicate a predominance of simple signs, such as VERMELH@ ‘red’, but also the presence of compound signs. Among the latter, I only identified signs formed with influence from Portuguese, precisely through two processes by which elements of that language can be incorporated for the creation of lexical items in Libras, namely, fingerspelling and initialization. Fingerspelling was observed in the formation of one of the lexical variants for blue identified in the dataset. Signs of this type are considered here as a form of sequential compound, since they are made up of signs for letters of the alphabet produced in sequence. The initialization, on the other hand, was observed in the formation of one of the lexical variants for the color black. Given that this sign consists of the simultaneous production of part of the sign CARVÃO ‘charcoal’ by the nondominant hand and the manual letter P, by the dominant hand, it is analyzed here as simultaneous compound, that is, as a lexical item formed by a native root and the manual letter sign that refers to the initial letter of the corresponding Portuguese word. Finally, in relation to lexical aspects, the data show the presence of both signs for colors formed without influence from Portuguese, for example, VERMELH@ ‘red’, and signs formed with influence from Portuguese, such as the fingerspelled variant for blue. The occurrence of lexical variation in the data is also remarkable. The color for which I identified the highest number of lexical variants was white, totaling four. Among them, two are formed without influence from Portuguese, one formed through linguistic borrowing from that language via initialization, and one incorporated from LSF2 recursos online (texto e vídeo) : PDF e mp4.application/pdf mp4Língua brasileira de sinaisLíngua de sinais - MorfologiaCoresLetrasAnálise de aspectos fonológicos, morfológicos e lexicais de sinais de cores da LIBRASinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - KATHERINE FISCHER.pdfapplication/pdf15582379https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/88570/1/R%20-%20D%20-%20KATHERINE%20FISCHER.pdf081ca5053dc4a4d59e0cd1deac1235a4MD51open accessV - D - KATHERINE FISCHER.mp4video/mp41239135290https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/88570/2/V%20-%20D%20-%20KATHERINE%20FISCHER.mp4a358c8220ea2ec99c18089aec9ed2508MD52open access1884/885702024-06-27 08:08:45.172open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/88570Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-06-27T11:08:45Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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