Capacidade funcional, contrátil e sintomas depressivos em mulheres fibromiálgicas com e sem alteração no perfil glicêmico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/33331 |
Resumo: | Resumo: A fibromialgia é uma síndrome dolorosa não articular, de etiologia e fisiopatologia ainda desconhecidas, que tem como característica dor crônica e difusa em determinados pontos do corpo sensíveis à palpação. A presença de alterações no perfil glicêmico tem sido importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças graves, podendo provocar complicações crônicas e apresentar grande impacto na vida destes indivíduos. Alterações do perfil glicêmico podem estar relacionadas ao desempenho físico e funcional, sintomas dolorosos e estados de humor em indivíduos com fibromialgia. O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre alteração do perfil glicêmico e força muscular, funcionalidade e estados de humor em mulheres com fibromialgia, atendidas no Ambulatório de Reumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR. Participaram do estudo 28 mulheres com diagnóstico de fibromialgia segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia e 17 mulheres saudáveis pareadas pela idade e índice de massa corporal (IMC) compuseram o grupo controle saudável (GC). As mulheres com fibromialgia constituíram dois grupos, um formado por 16 mulheres com fibromialgia sem alteração do perfil glicêmico (FMSaltPG) e outro formado por 12 mulheres com fibromialgia com alteração do perfil glicêmico (FMCaltPG). Foram avaliados: intensidade dolorosa, limiar de dor, estados de humor, sintomas depressivos, perfil metabólico, incluindo o perfil glicêmico, força muscular dos membros inferiores (torque máximo em contração isométrica voluntária máxima e taxa de desenvolvimento de torque), variáveis funcionais (resistência aeróbica, flexibilidade, equilíbrio, agilidade/mobilidade, potência/força muscular) e percepção de funcionalidade. A média de idade e IMC foram similares. Foi realizada análise entre dois grupos (GC x FM) e três grupos (GC x FMSaltPG x FMCaltPG), além da relação entre as variáveis. Quando comparados dois grupos, controles e mulheres com fibromialgia, as mulheres com fibromialgia apresentaram mais sintomas depressivos e com maior intensidade, alterações nos estados de humor, piores características dolorosas e desempenho físico e funcional, incluindo força muscular, comparadas às mulheres saudáveis. FMCaltPG não apresentou diferenças para características dolorosas, sintomas depressivos, estados de humor (com exceção da subescala fadiga) quando comparado com FMSaltPG. No entanto, FMCaltPG apresentou pior desempenho físico/funcional nos testes TC6, foot up and go e sentar e levantar da cadeira em 30', comparado FMSaltPG. Também pode-se perceber possível tendência de as mulheres FMCaltPG apresentar menor força muscular (p=0,06). Achado importante deste estudo é que a alteração do perfil glicêmico em mulheres com fibromialgia parece potencializar o comprometimento físico e funcional, inclusive da força muscular nesta população. Para o grupo FMCaltPG existiu correlação moderada e positiva entre sintomas depressivos e intensidade de dor, indicando que as mulheres com fibromialgia com alteração do perfil glicêmico apresentam mais sintomas depressivos e com maior intensidade quanto maior a dor sentida. Para este mesmo grupo, existiu correlação inversa entre as concentrações de hemoglobina glicada e a intensidade dor, indicando que estas mulheres apresentam mais sintomas depressivos e com maior intensidade podem sentir menos dor. O controle metabólico, principalmente o controle glicêmico de mulheres com fibromialgia é essencial para manutenção da aptidão física e funcional em estados satisfatórios. |
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O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre alteração do perfil glicêmico e força muscular, funcionalidade e estados de humor em mulheres com fibromialgia, atendidas no Ambulatório de Reumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR. Participaram do estudo 28 mulheres com diagnóstico de fibromialgia segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia e 17 mulheres saudáveis pareadas pela idade e índice de massa corporal (IMC) compuseram o grupo controle saudável (GC). As mulheres com fibromialgia constituíram dois grupos, um formado por 16 mulheres com fibromialgia sem alteração do perfil glicêmico (FMSaltPG) e outro formado por 12 mulheres com fibromialgia com alteração do perfil glicêmico (FMCaltPG). Foram avaliados: intensidade dolorosa, limiar de dor, estados de humor, sintomas depressivos, perfil metabólico, incluindo o perfil glicêmico, força muscular dos membros inferiores (torque máximo em contração isométrica voluntária máxima e taxa de desenvolvimento de torque), variáveis funcionais (resistência aeróbica, flexibilidade, equilíbrio, agilidade/mobilidade, potência/força muscular) e percepção de funcionalidade. A média de idade e IMC foram similares. Foi realizada análise entre dois grupos (GC x FM) e três grupos (GC x FMSaltPG x FMCaltPG), além da relação entre as variáveis. Quando comparados dois grupos, controles e mulheres com fibromialgia, as mulheres com fibromialgia apresentaram mais sintomas depressivos e com maior intensidade, alterações nos estados de humor, piores características dolorosas e desempenho físico e funcional, incluindo força muscular, comparadas às mulheres saudáveis. FMCaltPG não apresentou diferenças para características dolorosas, sintomas depressivos, estados de humor (com exceção da subescala fadiga) quando comparado com FMSaltPG. No entanto, FMCaltPG apresentou pior desempenho físico/funcional nos testes TC6, foot up and go e sentar e levantar da cadeira em 30', comparado FMSaltPG. Também pode-se perceber possível tendência de as mulheres FMCaltPG apresentar menor força muscular (p=0,06). Achado importante deste estudo é que a alteração do perfil glicêmico em mulheres com fibromialgia parece potencializar o comprometimento físico e funcional, inclusive da força muscular nesta população. Para o grupo FMCaltPG existiu correlação moderada e positiva entre sintomas depressivos e intensidade de dor, indicando que as mulheres com fibromialgia com alteração do perfil glicêmico apresentam mais sintomas depressivos e com maior intensidade quanto maior a dor sentida. 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