Investigação da variável gráfica cor em representações cartográficas de mapas para educação a partir da cognição de pessoas cegas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Niédja Sodré de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/77661
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Luciene Stamato Delazari
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spelling Araújo, Niédja Sodré deAndrade, Andréa Faria, 1972-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Terra. Programa de Pós-Graduação em Ciências GeodésicasDelazari, Luciene Stamato, 1971-2022-10-27T12:32:45Z2022-10-27T12:32:45Z2022https://hdl.handle.net/1884/77661Orientadora: Profa. Dra. Luciene Stamato DelazariCoorientadora: Profa. Dra. Andrea Faria AndradeTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Defesa : Curitiba, 03/05/2022Inclui referências: p. 236-248Resumo: Esta pesquisa visou investigar a possibilidade de mapas temáticos coloridos serem acessíveis para pessoas cegas através dos códigos de cores táteis "See Color". Os três objetivos específicos foram: investigar a viabilidade do uso de cores em mapas temáticos táteis através do Sistema See Color; compreender o processo de ensino-aprendizagem das cores por pessoas cegas no contexto da interpretação de mapas; e, compreender a cognição de pessoas cegas sobre os elementos naturais e culturais do espaço geográfico, no contexto da cor como signo. Para alcançar o primeiro objetivo realizou-se uma pesquisa bibliográfica para verificar a ocorrência de pesquisas anteriores sobre uso de códigos de cores em mapas táteis, posteriormente realizou-se avaliação de dois mapas táteis de temperatura com a participação de pessoas cegas para estudar a percepção destas pessoas sobre os códigos See Color em mapa tátil, depois realizou-se um teste de usabilidade como método de avaliação da qualidade de um mapa tátil da Ilha de Santa Catarina contendo os códigos See Color, considerando a participação de pessoas cegas e com baixa visão. Profissionais em geotecnologia foram consultados para avaliar a intuitividade, o desenho e as dimensões dos códigos de cores para estimar a viabilidade de implementação de códigos de cores em projeto cartográfico. Para alcançar o segundo objetivo realizaram-se entrevistas online na plataforma Google Meet com professores especialistas em educação inclusiva para investigar como as audiodescrições de mapas temáticos dos livros didáticos do 6º ano poderiam ser realizadas na ausência de mapas táteis, com o propósito de entender a função das cores no processo de ensino-aprendizagem. Em seguida, realizaram-se entrevistas online com professores especialistas em educação inclusiva para alinhamento da proposta das entrevistas e experimentos táteis previstos para recrutar pessoas com deficiência visual para avaliarem o mapa tátil da ilha de Santa Catarina. Para alcançar o terceiro objetivo realizou-se uma oficina no Instituto Paranaense de Cegos incluindo a participação de pessoas cegas e com baixa visão sobre o tema ilhas continentais para compreender a cognição de pessoas cegas e com baixa visão sobre os elementos do espaço geográfico e realizou-se análise das experiências sensoriais e sociolinguísticas destas pessoas sobre sensações térmicas relacionadas aos elementos do espaço geográfico. Posteriormente, realizou-se avaliação do esquema mental dos participantes sobre o tema da oficina para compreender se os níveis de abstração poderiam ser relacionados com as cores. A partir dos resultados se pôde concluir que a maioria dos códigos See Color usados nos mapas de temperatura foi reconhecível pelo tato. O mapa da Ilha de Santa Catarina foi aprovado no teste de usabilidade com média acima de 73,3 pontos. Este teste foi usado como método de avaliação da qualidade do mapa tátil para estimar o grau de satisfação dos participantes com o uso deste produto. Nos mapas experimentais, o See Color como variável gráfica tátil teve associação lógica com a variável visual cor apenas para cegos adquiridos com memória visual que conhecem o sistema. No estudo, a cor para os cegos adquiridos pôde ser um signo para representação cartográfica de elementos da paisagem do espaço geográfico, devido à sua cognição, experiência visual e sociolinguística. Contudo, para cegos congênitos com pouca influência sociolinguística, cegos adquiridos que desconheçam o sistema e pessoas com baixa visão que também o desconheça, os códigos See Color em mapas táteis podem significar apenas símbolos cartográficos.Abstract: This research aimed to investigate the possibility of making thematic color maps accessible to blind people through the use of a tactile color code system named See Color. There were three specific objectives in this study: to investigate the viability of using colors in thematic tactile maps through the See Color code system; to understand how blind individuals learn and teach colors in the context of map interpretation; and to understand blind people’s cognition about the natural and cultural elements of the geographic space, using colors as signs. To reach the first objective, a bibliographic research was carried out in order to verify the occurrence of previous research on the use of color codes on tactile maps. Then, two tactile temperature maps were evaluated with the participation of blind individuals to study their perception about the See Color codes on a tactile map. Later, a usability test was carried out as a method of evaluating the quality of a tactile map of the Santa Catarina Island, which contained the See Color codes. The test was performed by blind and visually impaired users. Geotechnology professionals were asked to assess the intuitiveness, design and dimensions of the color codes to estimate the viability of implementing them in cartographic design. To achieve the second objective, online interviews were carried out on Google Meet with teachers specialized in inclusive education. We investigated how the audio descriptions of thematic maps in sixth grade textbooks could be applied in the absence of tactile maps, with the purpose of understanding the function of colors in the teachinglearning process. Then, we carried out online interviews with teachers specialized in inclusive education to align the design of the interview process and tactile experiments planned in the study to recruit visually impaired individuals to evaluate the tactile map of the Santa Catarina Island. To achieve the third objective, a workshop on continental islands was held at the Paranaense Institute for the Blind, including the participation of blind and visually impaired people. To better understand their cognition, we also carried out an analysis of their sensorial and sociolinguistic experiences on the thermal sensations related to the elements of the geographic space. Subsequently, an evaluation of the participants' mental schema on the theme of the workshop was carried out to understand whether their levels of abstraction could be related to the colors. From the results, it was possible to conclude that most of the See Color codes used in the temperature maps were recognizable by touch. The Santa Catarina Island map passed the usability test with an average above 73.3 points. This test was used as a method of evaluating the quality of the tactile map to estimate the degree of satisfaction of the participants who were using it. In the experimental maps, the See Color code system as a tactile graphic variable had a logical association with the visual variable Color only for people with acquired blindness who had visual memory and already knew the system. In the study, the color was a sign for the cartographic representation of landscape elements of the geographic space for people with acquired blindness, due to their cognition, visual and sociolinguistic experience. However, for congenitally blind people with little sociolinguistic influence, people with acquired blindness who are unaware of the system, and visually impaired people who are also unaware of it, the See Color codes on tactile maps might only stand for cartographic symbols.1 recurso online : PDF.application/pdfPessoas com deficiência visualMapas para deficientes visuaisGeodésicaInvestigação da variável gráfica cor em representações cartográficas de mapas para educação a partir da cognição de pessoas cegasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - NIEDJA SODRE DE ARAUJO.pdfapplication/pdf14531092https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/77661/1/R%20-%20T%20-%20NIEDJA%20SODRE%20DE%20ARAUJO.pdf3d48c492d722debc0eb1b228b12ead91MD51open access1884/776612022-10-27 09:32:45.611open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/77661Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-10-27T12:32:45Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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