"Quem essa animação pensa que eu sou?" : performances, representações e negociações de gênero e sexualidade endereçadas em Mulan (1998)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matheus Neto, Romão, 1997-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/72537
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Regiane Regina Ribeiro
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spelling Matheus Neto, Romão, 1997-Ribeiro, Regiane Regina, 1973-Universidade Federal do Parana. Setor de Artes, Comunicação e Design. Programa de Pós-Graduação em Comunicação2021-12-10T12:07:22Z2021-12-10T12:07:22Z2021https://hdl.handle.net/1884/72537Orientadora: Profa. Dra. Regiane Regina RibeiroDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Artes, Comunicação e Design, Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Defesa : Curitiba, 05/08/2021Inclui referências: p. 135-145Resumo: Na década de 1990, a Walt Disney Animation Studios começa a promover protagonistas consideradas mais rebeldes, liberadas e ativas, bem como identidades étnico-raciais nãoocidentais. Ao comporem deslocamentos entre contos/lendas clássicas e o mainstream, tais produtos multiculturais endereçam representações ambíguas, que possuem a dupla capacidade de promoverem a diferença cultural e, ao mesmo tempo, tomadas de posições discursivas universalizantes e orientalistas sobre marcações culturais de gênero a serem negociadas pelos espectadores. Assim, voltamo-nos para Mulan (1998), animação da empresa estadunidense baseada em uma lenda milenar chinesa chamada A Balada de Hua Mulan. Neste sentido, a investigação responde ao seguinte problema de pesquisa: como a localização estratégica ocidental hibridiza a lenda chinesa e produz sentidos sobre gênero e sexualidade na personagem principal da animação? Por sua vez, o objetivo de pesquisa busca demonstrar como tal estratégia reorganiza a construção de gênero e sexualidade da personagem principal por meio dos endereçamentos da protagonista e sua relação com personagens secundários. Para tanto, localizamo-nos epistemologicamente em uma tríade composta pelos conceitos de identidade e representação dos Estudos Culturais, Estudos Pós-Coloniais e Estudos de Gênero. O protocolo metodológico é qualitativo e está delineado em um conjunto de técnicas: pesquisa bibliográfica e documental, entrevista em profundidade com um dos co-diretores da animação, e Modos de Endereçamento. A partir da análise de nove sequências de Mulan (1998), conferiu-se o entendimento de que a produção empresta elementos históricos, narrativos e estéticos de matrizes culturais chinesas, mas os reinterpreta por meio de lógicas ocidentais. Este processo de hibridização tanto reforça componentes já existentes da lenda quanto dá novo novos sentidos à personagem. A dramatização e amplificação das marcações de gênero no longa-metragem funcionam como pontos de convergência para a tradução cultural moderna da balada. Em um escopo geral, o filme questiona momentaneamente os papéis de gênero, mas não a construção binária e essencialista do gênero/sexo em si.Abstract: In the 1990s, the Walt Disney Animation Studios begins to promote protagonists who are considered more rebellious, liberated, and active, as well as non-Western racial/ethnic identities. By displacing both classical tales/legends and mainstream, such multicultural products address ambiguous representations, which have the double capacity to promote cultural difference and, at the same time, universalizing and orientalist discursive stances on cultural gender markings to be negotiated by viewers. Thus, we turn to Mulan (1998), a Disney animation that was based on an ancient Chinese legend called The Ballad of Hua Mulan. In this regard, this research answers the following problem: how does the Western strategic location hybridize the Chinese legend and produce meanings on gender and sexuality in the animation’s lead character? In turn, the research objective seeks to demonstrate how such a strategy reorganizes the main character's construction of gender and sexuality through the protagonist's addressing and her relationship with secondary characters. For this purpose, we localize ourselves epistemologically in a triad composed of the concepts of identity and representation from Cultural Studies, Post-Colonial Studies, and Gender Studies. The methodological protocol is qualitative and is outlined in a set of techniques: bibliographic and documentary research, an in-depth interview with one of the co-directors of the animation, and the Modes of Address. From the analysis of nine scenes from Mulan (1998), it was possible to understand that the production borrows historical, narrative, and aesthetic elements from Chinese cultural matrices, but reinterprets them through Western logic. This hybridization process both reinforces existing components of the legend and gives new meanings to the character. The dramatization and amplification of gender markers in the feature film function as points of convergence for the modern cultural translation of the ballad. In a general scope, the film momentarily questions gender roles, but not the binary and essentialist construction of gender/sex itself.1 arquivo (175 p.) : PDF.application/pdfGêneroSexoFilmes de animaçãoComunicação"Quem essa animação pensa que eu sou?" : performances, representações e negociações de gênero e sexualidade endereçadas em Mulan (1998)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - ROMAO MATHEUS NETO.pdfapplication/pdf5092608https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/72537/1/R%20-%20D%20-%20ROMAO%20MATHEUS%20NETO.pdf77ca3ccee76de0de10f39419f85e54cfMD51open access1884/725372021-12-10 09:07:22.443open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/72537Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082021-12-10T12:07:22Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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