Variações paleoceanográficas e paleoclimáticas nos últimos 80.000 anos a partir de marcadores biogeoquímicos em uma região do talude do Atlântico sudoeste
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/63373 |
Resumo: | Orientador: Dr. César de Castro Martins |
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Dauner, Ana Lúcia LindrothMollenhauer, GesineBícego, Márcia CarusoUniversidade Federal do Paraná. Campus Pontal do Paraná - Centro de Estudos do Mar. Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e OceânicosMartins, César de Castro2022-07-19T22:26:50Z2022-07-19T22:26:50Z2019https://hdl.handle.net/1884/63373Orientador: Dr. César de Castro MartinsCoorientadores: Dr. rer. nat. Gesine Mollenhauer e Dra. Márcia Caruso BícegoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos. Defesa: Pontal do Paraná, 29/05/2019Inclui referênciasResumo: O Oceano Atlântico Sul apresenta um papel fundamental no transporte de calor entre as diversas bacias oceânicas, assim como na transformação de massas d'água. Por esta razão, entender as oscilações climáticas naturais ocorridas nele permite compreender melhor as mudanças climáticas recentes. Além disso, compreender como essas oscilações climáticas afetaram a produção da matéria orgânica provê uma base para prever como a teia trófica marinha poderá reagir às mudanças recentes. Para estudar as mudanças ambientais ocorridas na região central do Embaiamento Sul do Brasil, foi coletado um testemunho sedimentar no talude (24,8°S; 44,3°W) a aproximadamente 840 m de profundidade. Com base em diversos marcadores geoquímicos (n-alcanos, alquenonas, glicerol dialquil-glicerol tetraéteres, diols, esteróis e n-alcanóis), foi possível estimar as variações das temperaturas da superfície e da subsuperfície do mar (capítulo 2), assim como entender a evolução da produção de matéria orgânica autóctone e do aporte de matéria orgânica alóctone nesta região (capítulo 3). A temperatura do mar apresentou duas escalas de oscilação. Na escala orbital, as variações de temperatura estão associadas à variação climática da Antártica, especialmente relacionadas à radiação solar incidente. Já na escala milenar, a temperatura de superfície do mar variou em função da formação da Água Profunda do Atlântico Norte. Assim, em períodos de maior formação de águas profundas no Hemisfério Norte, o calor do Atlântico Sul é transportado através das correntes superficiais para o Hemisfério Norte, causando um relativo resfriamento no oeste do Atlântico Sul. Em relação à produção e ao aporte de matéria orgânica, a principal contribuição encontrada foi de origem autóctone, controlada por fatores hidrodinâmicos. Essa produção marinha esteve relacionada a eventos de ressurgência da Água Central do Atlântico Sul durante os períodos de maior produtividade marinha, e ao aporte continental de nutrientes. Além disso, o aquecimento da última deglaciação promoveu a produção marinha procarionte. O aporte de material terrígeno, por sua vez, foi controlado por variações no nível do mar e na pluviosidade na região continental adjacente ao local amostrado.Abstract: The South Atlantic Ocean plays a key role in the transport of heat between the world's major ocean basins, as well as in the transformation of the water masses. For this reason, the understanding of the natural climatic oscillations that occur in it allows a better understanding of the recent climate changes. In addition, the understanding of how these climatic oscillations affected the production of organic matter provides a basis for predicting how the marine trophic web could react to the recent climate changes. In order to study the environmental changes in the central region of the South Brazil Bight, a sediment core was retrieved from the continental slope (24.8° S, 44.3° W, approximately 840 m depth). Based on several geochemical markers (n-alkanes, alkenones, glycerol dialkyl glycerol tetraethers, long-chain diols, sterols and n-alkanols), it was possible to estimate the variations in sea surface and subsurface temperatures (Chapter 2), as well as to understand the evolution of the autochthonous organic matter production and the input of allochthonous organic matter in this region (Chapter 3). The sea surface temperature presented two oscillation scales. In the orbital scale, the temperature variations were associated to the Antarctic climate variations, especially the incident solar radiation. Regarding the millennial scale, the sea surface temperature varied as a result of the formation of the North Atlantic Deep Water. In periods of increased deep-water formation in the Northern Hemisphere, the heat of the South Atlantic is transported through surface currents to the Northern Hemisphere, causing a relative cooling in the western South Atlantic. In relation to the production and input of organic matter, the autochthonous organic matter was the main contributor, being controlled by hydrodynamic forcings. The marine production was related to upwelling events of the South Atlantic Central Water during periods of highest marine productivity, and to the continental nutrient input. In addition, the warming of the last deglaciation promoted the prokaryotic marine production. The contribution of terrigenous material was, in turn, controlled by variations in sea level and in pluviosity in the continental region adjacent to the sampling site.1 recurso online : PDF.application/pdfOceano - TemperaturaHolocenoPaleoceanografiaPaleoclimatologiaEcologiaVariações paleoceanográficas e paleoclimáticas nos últimos 80.000 anos a partir de marcadores biogeoquímicos em uma região do talude do Atlântico sudoesteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ANA LUCIA LINDROTH DAUNER.pdfapplication/pdf9766383https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/63373/1/R%20-%20T%20-%20ANA%20LUCIA%20LINDROTH%20DAUNER.pdf9efe90fe8274c3799c3c5b3b5d9d8c22MD51open access1884/633732022-07-19 19:26:50.857open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/63373Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-07-19T22:26:50Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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