Escrita que transborda : metaliteratura e "alterficção" nos romances e ensaios de Elena Ferrante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Annalice Del Vecchio de
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/88616
Resumo: Orientador: Prof. Dra. Patrícia da Silva Cardoso
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spelling Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em LetrasCardoso, Patrícia da Silva, 1964-Lima, Annalice Del Vecchio de2024-06-19T19:38:29Z2024-06-19T19:38:29Z2024https://hdl.handle.net/1884/88616Orientador: Prof. Dra. Patrícia da Silva CardosoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 29/02/2024Inclui referênciasÁrea de concentração: Estudos LiteráriosResumo: Esta tese analisa os textos ensaísticos produzidos pela escritora contemporânea italiana Elena Ferrante (data de nascimento desconhecida-), evidenciando a sua dimensão crítica e metaliterária, que se estabelece em diálogo estreito com a dimensão autorreflexiva presente em seus romances. Para isso, promove uma análise comparativa entre os textos não-narrativos reunidos nos livros Frantumaglia – os caminhos de uma escritora (conjunto de cartas, entrevistas e outros textos ensaísticos escritos entre 1991 e 2016), L’invenzione occasionale (coletânea de 51 textos publicados semanalmente no jornal The Guardian em 2018) e I margini e il dettato (que reúne quatro ensaios, traduzido e publicado em janeiro de 2023 no Brasil com o título As margens e o ditado) e os romances da autora, tendo como corpus central os quatro volumes da série napolitana e o romance A vida mentirosa dos adultos. O trabalho comparativo, no entanto, é realizado tendo-se em mente que esses textos de cunho ensaístico nos quais a autora versa sobre o próprio processo de criação, narrando fatos da própria vida, não devem ser considerados memorialistas, autobiográficos e nem mesmo não-ficcionais, ao menos sem que se problematize essas categorias. Tendo em vista que Elena Ferrante é uma persona de autora de uma escritora cuja identidade de sujeito empírico é desconhecida, a análise tem como base um terreno instável, questionador do estatuto de ficção e, portanto, autorreflexivo desde os seus alicerces. Por isso, trabalha com a premissa de que tanto os romances quanto os ensaios da personagem que assina os livros integram um trabalho de invenção que se apropria de formas convencionalmente tidas como não-ficcionais, como a autobiografia, as cartas e os ensaios, extrapolando até mesmo o formato do livro, de modo a refletir, justamente, sobre questões como autoria, ficção e realidade e verdade literária.Abstract: This thesis analyses the essayistic texts written by the Italian contemporary author Elena Ferrante (unknown date of birth-), focusing on its critical and metaliterary dimension, which is established in close dialogue with the self-reflexive dimension present in her novels. For this purpose, it promotes a comparative analysis between the non-narrative texts gathered in the books Frantumaglia (set of letters, interviews and other essays written between 1991 and 2016), L'invenzione occasionale (collection of 51 texts published weekly in The Guardian newspaper in 2018) and I margini e il dettato (which brings together four essays, translated and released in January 2023 in Brazil with the title As margens e o ditado) and the author’s novels, having as a central corpus the four volumes of the Neapolitan series and the novel The lying life of adults. The comparative work, however, is carried out bearing in mind that these texts of an essayistic nature in which the author deals with her own creation process, narrating facts of her own life, should not be considered memorialist, autobiographical or even non-fictional, at least without problematizing these categories. Considering that Elena Ferrante is the persona of author created by a writer whose identity as an empirical subject is unknown, the analysis is based on an unstable ground, questioning the status of fiction and, therefore, self-reflexive from its foundations. Therefore, it works with the premise that, both the novels and the essays of the character that signs the books, integrate a work of invention that appropriates forms conventionally considered as non-fiction, such as autobiography, letters and essays, extrapolating even the format of the book, in order to reflect precisely on issues such as authorship, fiction and reality and literary truth.RIASSUNTO: Questa tesi analizza i saggi prodotti dalla scrittrice italiana contemporanea Elena Ferrante (data di nascita sconosciuta-), mettendo in luce la sua dimensione critica e metaletteraria, che si instaura in stretto dialogo con la dimensione autoriflessiva presente nei suoi romanzi. A tal fine promuove un'analisi comparativa tra i testi non narrativi raccolti nei libri Frantumaglia (insieme di lettere, interviste e altri saggi scritti tra il 1991 e il 2016), L'invenzione occasionale (raccolta di 51 testi pubblicati settimanalmente sul quotidiano The Guardian nel 2018) e I margini e il dettato (che raccoglie quattro saggi, tradotti e usciti nel gennaio 2023 in Brasile con il titolo As margens e o ditado) e i romanzi dell'scritricce, aventi come corpus centrale i quattro volumi della serie napoletana e il romanzo La vita bugiarda degli adulti. Il lavoro comparativo, però, è svolto tenendo presente che questi testi di carattere saggistico in cui l'autrice si confronta con il proprio processo di creazione, narrando fatti della propria vita, non devono essere considerati memorialisti, autobiografici o anche non narrativi, almeno senza problematizzare queste categorie. Considerato che Elena Ferrante è la persona di autore di un'autrice di cui non si conosce l'identità di soggetto empirico, l'analisi si fonda su un terreno instabile, interrogativo sullo statuto della finzione e, quindi, autoriflessivo fin dalle sue fondamenta. Pertanto, funziona con la premessa che, sia i romanzi che i saggi del personaggio che segna i libri, integrano un'opera di invenzione che si appropria di forme convenzionalmente considerate non-fiction, come l'autobiografia, le lettere e i saggi, estrapolando anche il formato del libro, per riflettere proprio su temi come l'autorialità, finzione e realtà e verità letteraria.1 recurso online : PDF.application/pdfFerrante, Elena, 1943-Literatura italianaEnsaios italianosLetrasEscrita que transborda : metaliteratura e "alterficção" nos romances e ensaios de Elena Ferranteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ANNALICE DEL VECCHIO DE LIMA.pdfapplication/pdf2275947https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/88616/1/R%20-%20T%20-%20ANNALICE%20DEL%20VECCHIO%20DE%20LIMA.pdf8493a0676b79917a3d6161665ade11bfMD51open access1884/886162024-06-19 16:38:29.947open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/88616Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-06-19T19:38:29Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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