Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/57495
Resumo: Orientadora: Profª Drª Vânia Aparecida Vicente
id UFPR_fe570a31a7aeb75966a640af910da801
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/57495
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-Vicente, Vânia AparecidaKlisiowicz, Débora do RocioUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia2018-12-12T18:47:20Z2018-12-12T18:47:20Z2018https://hdl.handle.net/1884/57495Orientadora: Profª Drª Vânia Aparecida VicenteCoorientadora: Profª Drª Débora do Rocio KlisiowiczDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia. Defesa : Curitiba, 23/03/2018Inclui referênciasResumo: A cromoblastomicose é uma doença negligenciada caracterizada pela ocorrência de lesões cutâneas, subcutâneas ou disseminadas, de desenvolvimento lento, que podem comprometer a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico do indivíduo afetado. Trata-se de uma doença ocupacional que afeta principalmente trabalhadores rurais e aqueles expostos a solo e material vegetal contaminados, homens (numa relação 4:1), com idades entre 25 e 85 anos. O desenvolvimento da doença se dá principalmente a partir da inoculação de leveduras negras por lesão traumática com material contaminado. No Brasil, Fonsecaea pedrosoi é considerado o principal causador de cromoblastomicose, porém outras espécies como por exemplo, F. monophora, F. nubica, F. pugnacius, Rhinocladiella tropicalis e Cypehllophora ludoviensis também são relacionadas com a doença. Leveduras negras têm sido encontradas em substratos vegetais, madeira, solo e material vegetal em decomposição. Além disso, são capazes de se desenvolver em diversos microambientes considerados extremos, como solo contaminado com hidrocarbonetos, material contaminado com petróleo e gasolina, madeira tratada com creosoto, entre outros. O desenvolvimento dessas leveduras em condições extremas, como presença de radiação ultravioleta, alta osmolaridade, altas temperaturas, escassez de nutrientes, além da capacidade de assimilação de compostos aromáticos de carbono as caracteriza como seres oligotróficos. Embora se conheça os agentes causais da cromoblastomicose, o nicho ambiental e a forma com que essas leveduras se dispersam no ambiente ainda não estão totalmente esclarecidos, sendo uma das hipóteses sugeridas a de disseminação ambiental mediada por insetos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi determinar se insetos sociais, especificamente formigas, abelhas e cupins, podem atuar como vetores na disseminação de leveduras negras no ambiente. Para isso foram realizados isolamentos utilizando duas técnicas seletivas para leveduras negras, flotação em óleo mineral e enriquecimento seletivo em compostos aromáticos voláteis, sendo obtidos oito isolados de fungos dematiáceos, posteriormente identificados por micromorfologia e sequenciamento como Fonsecaea pedrosoi, Rhinocladiella similis, Exophiala xenobiotica, Cyphellophora sp., Cladosporium sp., Microascus murinus e Hawksworthiomyces sp. Dentre os isolados, Fonsecaea pedrosoi, Rhinocladiella similis, Exophiala xenobiotica e Cyphellophora sp. são relacionadas com o desenvolvimento de cromoblastomicose ou outras micoses de implantação. Assim sendo, formigas, abelhas e cupins podem ser considerados vetores e agentes de dispersão de leveduras negras patogênicas, visto que tais leveduras são encontradas no exoesqueleto destes insetos e em material diretamente associado a estes hospedeiros. Palavras-chave: Cromoblastomicose; Leveduras negras; Atta laevigata; Melipona flavolineata; Scaptotrigona postica; Nasutitermes sp.Abstract: Chromoblastomycosis is a neglected disease characterized by cutaneous, subcutaneous or disseminated lesions with slow progression that affects mostly farm workers and individuals exposed to contaminated soil and plant debris, impairing life's quality and affecting individual's economic status. The onset of this disease is mostly by traumatic inoculation of black yeasts from plant material contaminated. Fonsecaea pedrosoi is the major agent of chromoblastomycosis in Brazil, but other species are related to the disease, as F. monophora, F. nubica, F. pugnacius, Rhinocladiella tropicalis and Cypehllophora ludoviensis. Black yeasts have been isolated from decaying plant material, soil, wood and other environments. They are capable of growing in harmful environments, like soil contaminated with hydrocarbons, contaminated sites with petroleum and gas, creosote treated wood and others. Black yeasts are known to be oligotrophic organisms because of their capacity for development in extreme conditions, such as UV presence, high osmolarity and temperature, low availability of nutrients, besides their capacity to assimilate hydrocarbons. It is well known which species are agents of chromoblastomycosis, but until now little is known about the environmental niche and mode of dispersion in nature. Because this, is hypothesized that insects can act as vectors mediating fungal dispersion. In this way, the aim of this study was determinate if social insects, being them ants, bees and termites, can act as vectors disseminating black yeasts in nature. To elucidate this, two selective methods of isolation were realized, oil flotation and selective enrichment on volatile aromatics. Eight isolates of dematiaceous fungi were obtained and were identified by micromorphology and sequencing as Fonsecaea pedrosoi, Rhinocladiella similis, Exophiala xenobiotica, Cyphellophora sp., Cladosporium sp., Microascus murinus and Hawksworthiomyces sp. Four of these are known as the agents of chromoblastomycosis or another implantation mycosis, being them Fonsecaea pedrosoi, Rhinocladiella similis, Exophiala xenobiotica and Cyphellophora sp. These results demonstrated that ants, bees and termites could be considered vectors and pathogenic black yeasts' dispersion agents since these fungi were found in insects' exoskeleton and in material associated with them. Keywords: Chromoblastomycosis; Black yeast; Atta laevigata; Melipona flavolineata; Scaptotrigona postica; Nasutitermes sp.97 p. : il. (algumas color.).application/pdfCromoblastomicoseMicrobiologiaFungosFormigaAbelhaCupimParasitologiaIsolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupinsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - BRUNA JACOMEL FAVORETO DE SOUZA LIMA.pdfapplication/pdf4009674https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/57495/1/R%20-%20D%20-%20BRUNA%20JACOMEL%20FAVORETO%20DE%20SOUZA%20LIMA.pdf6ba17a1ee430a54b877d7b12083f4f13MD51open access1884/574952018-12-12 16:47:20.184open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/57495Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082018-12-12T18:47:20Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
title Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
spellingShingle Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-
Cromoblastomicose
Microbiologia
Fungos
Formiga
Abelha
Cupim
Parasitologia
title_short Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
title_full Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
title_fullStr Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
title_full_unstemmed Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
title_sort Isolamento e caracterização de leveduras negras em formigas, abelhas e cupins
author Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-
author_facet Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Vicente, Vânia Aparecida
Klisiowicz, Débora do Rocio
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Bruna Jacomel Favoreto de Souza, 1992-
dc.subject.por.fl_str_mv Cromoblastomicose
Microbiologia
Fungos
Formiga
Abelha
Cupim
Parasitologia
topic Cromoblastomicose
Microbiologia
Fungos
Formiga
Abelha
Cupim
Parasitologia
description Orientadora: Profª Drª Vânia Aparecida Vicente
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-12-12T18:47:20Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-12-12T18:47:20Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/57495
url https://hdl.handle.net/1884/57495
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 97 p. : il. (algumas color.).
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/57495/1/R%20-%20D%20-%20BRUNA%20JACOMEL%20FAVORETO%20DE%20SOUZA%20LIMA.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 6ba17a1ee430a54b877d7b12083f4f13
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860265024684032