Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Clarita Silveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2333
Resumo: A pesca artesanal no estado da Bahia possui uma grande importância socioeconômica, principalmente para as comunidades litorâneas e ribeirinhas. É uma atividade tradicional, de âmbito familiar, passado de geração em geração. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a pesca artesanal no município de Alcobaça - BA, por meio do perfil socioeconômico dos pescadores e os conhecimentos ecológicos tradicionais adquiridos por eles. Os pescadores foram entrevistados com auxílio de questionários estruturados, adaptado do Grupo de Estudos em Ciências Pesqueiras Marinhas e Continentais (CPMAC), com o intuito de coletar dados gerais e informações sobre a pesca na região: Características da atividade pesqueira; Aspectos Legais; Aspectos Ambientais; e Etnoconhecimento do pescador local. A maior parte dos pescadores (87,88%) é filiada à colônia dos pescadores. A pesca local foi caracterizada pela predominância de barco com comprimento de 06m a 14m (75%), atuando em sua maioria com rede de espera (23,81%), linha de mão (21,43%), rede de arrasto (19,05%) e espinhel (16,67%). A marcação do local de pesca é feita tanto por marcos naturais (43,75%), quanto por GPS (56,25%), sendo que mais da metade deles trabalham perto da costa, de 02 a 35 milhas (52%) e gastam de 00:30h a 06:00h (72,41%), para chegar ao local de pesca, usando a urna do barco (45,45%) e o isopor com gelo (36,36%) para o armazenamento do pescado, tendo aqueles (12,12%) que trabalhe com o pescado fresco. A comercialização dos pescados é realizada em frigoríficos (65,71%), são também vendidos para populares (17,14%) ou repassado a atravessadores (11,43%). Ospescadores, sua maioria, preferem pesca no período da noite (68,75%), sobre a influência da Lua Cheia (34,37%) e Minguante (25%) e a Maré Grande (34,37%) e Morta (25%), as épocas que mais capturam pescados é o inverno (48,57%) e o verão (42,865). Sobre os aspectos legais, 87,5% dos pescadores tem conhecimento sobre algumas das leis da pesca, onde seguro defeso é ou já foi recebido, por 81,25% dos pescadores, sendo que dos desprovidos deste benefício (18,75%), apenas 35,36% são filiados a colônia. A maioria dos pescadores (75%) vem notando mudança na captura do pescado e aponta o estuário poluído (93,75%). Apontaram também outros problemas relacionados à pesca, assim como sugestões para resolvê-los, a falta de reconhecimento e a união do setor foi algo muito citado por eles, assim como a necessidade de conscientização da comunidade, para a realização de projetos profissionalizantes e de recuperação do meio ambiente. Esses resultados demonstram a necessidade de medidas educativas para com os pescadores e o desenvolvimento de estratégias para garantir a sustentabilidade pesqueira local e promover a valorização dos pescadores artesanais.
id UFRB-1_f8bae2e67432a261b0a16a10f6366c87
oai_identifier_str oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/2333
network_acronym_str UFRB-1
network_name_str Repositório Institucional da UFRB
repository_id_str 2758
spelling 2023-05-17T19:39:48Z2023-05-17T19:39:48Z2019-02-15http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2333A pesca artesanal no estado da Bahia possui uma grande importância socioeconômica, principalmente para as comunidades litorâneas e ribeirinhas. É uma atividade tradicional, de âmbito familiar, passado de geração em geração. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a pesca artesanal no município de Alcobaça - BA, por meio do perfil socioeconômico dos pescadores e os conhecimentos ecológicos tradicionais adquiridos por eles. Os pescadores foram entrevistados com auxílio de questionários estruturados, adaptado do Grupo de Estudos em Ciências Pesqueiras Marinhas e Continentais (CPMAC), com o intuito de coletar dados gerais e informações sobre a pesca na região: Características da atividade pesqueira; Aspectos Legais; Aspectos Ambientais; e Etnoconhecimento do pescador local. A maior parte dos pescadores (87,88%) é filiada à colônia dos pescadores. A pesca local foi caracterizada pela predominância de barco com comprimento de 06m a 14m (75%), atuando em sua maioria com rede de espera (23,81%), linha de mão (21,43%), rede de arrasto (19,05%) e espinhel (16,67%). A marcação do local de pesca é feita tanto por marcos naturais (43,75%), quanto por GPS (56,25%), sendo que mais da metade deles trabalham perto da costa, de 02 a 35 milhas (52%) e gastam de 00:30h a 06:00h (72,41%), para chegar ao local de pesca, usando a urna do barco (45,45%) e o isopor com gelo (36,36%) para o armazenamento do pescado, tendo aqueles (12,12%) que trabalhe com o pescado fresco. A comercialização dos pescados é realizada em frigoríficos (65,71%), são também vendidos para populares (17,14%) ou repassado a atravessadores (11,43%). Ospescadores, sua maioria, preferem pesca no período da noite (68,75%), sobre a influência da Lua Cheia (34,37%) e Minguante (25%) e a Maré Grande (34,37%) e Morta (25%), as épocas que mais capturam pescados é o inverno (48,57%) e o verão (42,865). Sobre os aspectos legais, 87,5% dos pescadores tem conhecimento sobre algumas das leis da pesca, onde seguro defeso é ou já foi recebido, por 81,25% dos pescadores, sendo que dos desprovidos deste benefício (18,75%), apenas 35,36% são filiados a colônia. A maioria dos pescadores (75%) vem notando mudança na captura do pescado e aponta o estuário poluído (93,75%). Apontaram também outros problemas relacionados à pesca, assim como sugestões para resolvê-los, a falta de reconhecimento e a união do setor foi algo muito citado por eles, assim como a necessidade de conscientização da comunidade, para a realização de projetos profissionalizantes e de recuperação do meio ambiente. Esses resultados demonstram a necessidade de medidas educativas para com os pescadores e o desenvolvimento de estratégias para garantir a sustentabilidade pesqueira local e promover a valorização dos pescadores artesanais.The artisanal fishing in the state of Bahia has a great socioeconomic importance, mainly for the coastal and riverside communities. It is a traditional family activity, passed from generation to generation. The main goal of this research was to characterize artisanal fishing in Alcobaça - BA, through the socioeconomic profile of the fishermen and the traditional ecological knowledge acquired by them. The fishermen were interviewed through structured questionnaires, adapted from the Marine and Continental Fisheries Science Studies Group (CPMAC), with the aim of collecting general data and information about fishing in the region: Characteristics of the fishing activity; Legal Aspects; Environmental Aspects; and Ethnoconference of the local fisherman. Most fishermen (87.88%) are affiliated with the fishermen's association (called Colônia). Local fishing was characterized by the predominance of boats from 06m to 14m (75%) in length, acting mostly with fishing nets (23.81%), trawling (19.05%), fishing line (21.43%) and long line using multiple hooks called espinhel (16.67%). The demarcation of the fishing site is done by both natural landmarks (43.75%) and GPS (56.25%), with more than half of them working near the coast up from 02 to 35 miles (52%) and they spend from 00:30 to 06:00 (72.41%) to reach the fishing site, using a kind of fish hold called urna (45.45%) and the styrofoam with ice (36.36%) for fish storage, with those (12.12%) working with fresh fish. The commercialization of the fish is carried out in fishmongers also called frigoríficos (65.71%), they are also sold to the population (17.14%) or passed on to brokers (11.43%). Most fishermen prefer fishing at night (68.75%), on the influence of Full Moon (34.37%) and Waning Crescent Moon (25%) and spring tides(34.37%) and neat tides (25%), they catch lots of fish in winter (48.57%) and summer (42,86%). Regarding the legal aspects, 87.5% of the fishermen are aware of some of the fishing laws, in which the insurance for the period of fishing ban is or has already been received, by 81.25% of the fishermen, and of those deprived of this benefit (18.75%), only 35.36% are affiliated to the fisherman’s association (colônia). Most fishermen (75%) have noticed a change in the way the fish is captured and pointed the pollution of the estuary (93.75%). They also pointed out other problems related to fishing, as well as suggestions for solving them, the lack of recognition and the union of the sector were issues highlighted by them, as well as the need for community awareness through the realization of professional projects and recovery of the environment. These results demonstrate the need for educational measures towards fishermen and the development of strategies to ensure local fishery sustainability and promote the valuation of artisanal fishers.porUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRBBrasilCCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e BiológicasCNPQ::ENGENHARIASVesselEthnoconferenceAccessoryLegal aspectsEnvironmental aspectsEmbarcaçãoEtnoconhecimentoApetrechoAspectos legaisAspectos ambientaisCaracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBachareladoSerafim Junior, MoacyrFreitas, Marcelo Carneiro deFerreira, Luiza Teles BarbalhoReis, Clarita Silveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRBinstname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)instacron:UFRBORIGINALCaracterizacao_Saberes_Tradicoes_TCC_2019.pdfCaracterizacao_Saberes_Tradicoes_TCC_2019.pdfapplication/pdf1176894http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2333/1/Caracterizacao_Saberes_Tradicoes_TCC_2019.pdfc8a37101ec76e93970a6f1dd9a255f87MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81930http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2333/2/license.txt17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1MD52123456789/23332023-05-17 16:39:48.86oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/2333TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgRE8gUkVDw5ROQ0FWTyBEQSBCQUhJQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChhdXRvcihhKSBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcykgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSZWPDtG5jYXZvIGRhIEJhaGlhIChSSVVGUkIpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSwgcXVhbmRvIGNhYsOtdmVsLCBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvIGUgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBkbyBSSVVGUkIuCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBlc3RlIGFycXVpdm8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvIGVtIHN1cG9ydGUgZGlnaXRhbCwgY29uZmlybWFkYSBwZWxvIG9yaWVudGFkb3IoYSkgbWVkaWFudGUgYXNzaW5hdHVyYSBhYmFpeG8sIGFwcm92YWRhIGFww7NzIGEgcmVhbGl6YcOnw6NvIGRlIGRlZmVzYSBww7pibGljYSwgZSwgcXVhbmRvIGZvciBvIGNhc28sIGFww7NzIGFzIGNvcnJlw6fDtWVzIHN1Z2VyaWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgb3JpZ2luYWwsIG7Do28gaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIGUgcXVlIGNvbnRlbmRvIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXRlbmhhIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyByZWZlcmlkb3MgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBVRlJCIG9zIHRlcm1vcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3TDoSBsaWNlbsOnYS4KClZvY8OqIGFmaXJtYSBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgZSBhY2Fkw6ptaWNhIHByZXNlcnZhIG9zIGRpcmVpdG9zIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBlLCBkZXNzYSBmb3JtYSwgbsOjbyBpbXBsaWNhIGVtIHRyYW5zZmVyw6puY2lhIGRvcyBzZXVzIGRpcmVpdG9zIHNvYnJlIG8gdHJhYmFsaG8gcGFyYSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCkNBU08gTyBET0NVTUVOVE8gT1JBIERFUE9TSVRBRE8gVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZSQiBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIG91IGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gZG9jdW1lbnRvIGUsIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufrb.edu.br/oai/requestnutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.bropendoar:27582023-05-17T19:39:48Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
title Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
spellingShingle Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
Reis, Clarita Silveira
CNPQ::ENGENHARIAS
Embarcação
Etnoconhecimento
Apetrecho
Aspectos legais
Aspectos ambientais
Vessel
Ethnoconference
Accessory
Legal aspects
Environmental aspects
title_short Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
title_full Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
title_fullStr Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
title_full_unstemmed Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
title_sort Caracterização, saberes e tradições da pesca artesanal em Alcobaça, Bahia
author Reis, Clarita Silveira
author_facet Reis, Clarita Silveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Serafim Junior, Moacyr
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Freitas, Marcelo Carneiro de
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ferreira, Luiza Teles Barbalho
dc.contributor.author.fl_str_mv Reis, Clarita Silveira
contributor_str_mv Serafim Junior, Moacyr
Freitas, Marcelo Carneiro de
Ferreira, Luiza Teles Barbalho
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::ENGENHARIAS
topic CNPQ::ENGENHARIAS
Embarcação
Etnoconhecimento
Apetrecho
Aspectos legais
Aspectos ambientais
Vessel
Ethnoconference
Accessory
Legal aspects
Environmental aspects
dc.subject.por.fl_str_mv Embarcação
Etnoconhecimento
Apetrecho
Aspectos legais
Aspectos ambientais
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Vessel
Ethnoconference
Accessory
Legal aspects
Environmental aspects
description A pesca artesanal no estado da Bahia possui uma grande importância socioeconômica, principalmente para as comunidades litorâneas e ribeirinhas. É uma atividade tradicional, de âmbito familiar, passado de geração em geração. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a pesca artesanal no município de Alcobaça - BA, por meio do perfil socioeconômico dos pescadores e os conhecimentos ecológicos tradicionais adquiridos por eles. Os pescadores foram entrevistados com auxílio de questionários estruturados, adaptado do Grupo de Estudos em Ciências Pesqueiras Marinhas e Continentais (CPMAC), com o intuito de coletar dados gerais e informações sobre a pesca na região: Características da atividade pesqueira; Aspectos Legais; Aspectos Ambientais; e Etnoconhecimento do pescador local. A maior parte dos pescadores (87,88%) é filiada à colônia dos pescadores. A pesca local foi caracterizada pela predominância de barco com comprimento de 06m a 14m (75%), atuando em sua maioria com rede de espera (23,81%), linha de mão (21,43%), rede de arrasto (19,05%) e espinhel (16,67%). A marcação do local de pesca é feita tanto por marcos naturais (43,75%), quanto por GPS (56,25%), sendo que mais da metade deles trabalham perto da costa, de 02 a 35 milhas (52%) e gastam de 00:30h a 06:00h (72,41%), para chegar ao local de pesca, usando a urna do barco (45,45%) e o isopor com gelo (36,36%) para o armazenamento do pescado, tendo aqueles (12,12%) que trabalhe com o pescado fresco. A comercialização dos pescados é realizada em frigoríficos (65,71%), são também vendidos para populares (17,14%) ou repassado a atravessadores (11,43%). Ospescadores, sua maioria, preferem pesca no período da noite (68,75%), sobre a influência da Lua Cheia (34,37%) e Minguante (25%) e a Maré Grande (34,37%) e Morta (25%), as épocas que mais capturam pescados é o inverno (48,57%) e o verão (42,865). Sobre os aspectos legais, 87,5% dos pescadores tem conhecimento sobre algumas das leis da pesca, onde seguro defeso é ou já foi recebido, por 81,25% dos pescadores, sendo que dos desprovidos deste benefício (18,75%), apenas 35,36% são filiados a colônia. A maioria dos pescadores (75%) vem notando mudança na captura do pescado e aponta o estuário poluído (93,75%). Apontaram também outros problemas relacionados à pesca, assim como sugestões para resolvê-los, a falta de reconhecimento e a união do setor foi algo muito citado por eles, assim como a necessidade de conscientização da comunidade, para a realização de projetos profissionalizantes e de recuperação do meio ambiente. Esses resultados demonstram a necessidade de medidas educativas para com os pescadores e o desenvolvimento de estratégias para garantir a sustentabilidade pesqueira local e promover a valorização dos pescadores artesanais.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-17T19:39:48Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-17T19:39:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2333
url http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2333
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRB
instname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
instacron:UFRB
instname_str Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
instacron_str UFRB
institution UFRB
reponame_str Repositório Institucional da UFRB
collection Repositório Institucional da UFRB
bitstream.url.fl_str_mv http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2333/1/Caracterizacao_Saberes_Tradicoes_TCC_2019.pdf
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2333/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c8a37101ec76e93970a6f1dd9a255f87
17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
repository.mail.fl_str_mv nutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.br
_version_ 1802115748349345792