A REPRESENTAÇAO DO NEGRO EM VENCIDOS E DEGENERADOS, DE NASCIMENTO MORAES: : ABOLICIONISMO, PRECONCEITO E VIOLÊNCIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Fernanda
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Silva, Denise Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Organon (Porto Alegre. Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/125594
Resumo: Este artigo investiga a representação do negro no contexto do período pré- e pós-abolicionista no romance Vencidos e degenerados, de Nascimento Moraes, centrando-se, principalmente, na expressão das assimetrias e injustiças sociais, as quais são analisadas a partir do conceito de violência, como pensado pela filósofa brasileira Marilena Chauí e pelo sociólogo norueguês John Galtung.  A análise enfoca, mais especialmente, as personagens João e Cláudio Olivier, os quais ressaltam, respectivamente, as tensões em torno da pregação antiabolicionista e da possibilidade de convivência e aceitação do negro como sujeito ético, responsável e bem-sucedido.  Obedecendo à concepção do livro, e a seu centramento sucessivo nos personagens Olivier e Cláudio, inicialmente examina-se a narração da violência no período pré-republicano, seguindo-se o exame do contexto pós-republicano. Os dados analisados permitem perceber não só prolongado processo de objetificação do negro, que leva a práticas tais como brutalização, tortura, coação, opressão e intimidação, mas também a existência de correlação essencial entre as formas de violência praticadas: há a violência direta, através da marginalização do negro, a violência cultural através do racismo internalizado, e uma concepção estrutural de que o negro deve submissão ao branco.
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