Barreiras comerciais, agências nacionais de saúde e o uso de agrotóxicos nos cítricos brasileiros
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Boletim Gaúcho de Geografia (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/bgg/article/view/37213 |
Resumo: | O presente texto discute as relações entre as barreiras sanitárias e os interesses nacionais ou de grupos específicos na produção de laranjas no Brasil e na exportação de seu suco para o mercado norte-americano. Através da análise das informações publicadas pelas mídias brasileira e estadunidense sobre o suco de laranja brasileiro barrado nos Estados Unidos, sob a alegação de excesso de resíduos do fungicida carbendazim, circunscreveu-se o problema. Num segundo momento, a bibliografia pertinente foi revisada, entrevistas com informantes qualificados foram realizadas. Observa-se que o produtor de citrus brasileiro mira o mercado externo, depende da indústria do suco para exportar e utiliza amplamente o carbendazim, proibido nos EUA, em 2008 por razões econômicas. Em 2012 a presença do fungicida foi denunciada pelos produtores de laranja da Flórida, que têm grande interesse na diminuição da oferta do produto importado em seu território e fazem parte desta rede que envolve questões de saúde pública, funções normativas do Estado e motivações econômicas. Neste sentido, as normas vigentes na produção do suco de laranja brasileiro são frequentemente estabelecidas pelo lobby dos produtores estadunidenses. A análise desse processo permite visualizar territorializações promovidas por agentes públicos e privados em escalas não-estatais e compreender o estado como objeto de permanente construção e reformulação por diferentes grupos de interesse. |
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