CIAPS : um olhar sobre as relações entre a clínica e a escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Mariana Pires
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/69900
Resumo: Neste trabalho, investiguei as concepções acerca da inclusão escolar de crianças e adolescentes com comprometimento psíquico devido a um Transtorno global do desenvolvimento (TGD) e/ou Deficiência intelectual (DI) que frequentam o Centro Integrado de Atenção Psicossocial (CIAPS), do Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre. Busquei identificar as relações existentes entre o serviço e as escolas frequentadas pelos pacientes, partindo do pressuposto de que a escola exerce uma função constitutiva para esses sujeitos. Nas questões que orientaram o desenvolvimento da pesquisa dei prioridade às relações que se estabelecem entre a proposta de trabalho articulada em rede, que rege o espaço terapêutico analisado, e a valorização da inclusão escolar. Este estudo tem como referência as áreas da educação especial e da saúde mental, com ênfase nos movimentos que defendem a inclusão dos sujeitos na sociedade. Quanto ao plano metodológico, priorizei os pressupostos da abordagem qualitativa da investigação, evidenciados no contexto investigado. Analisei os documentos norteadores do serviço, o número de crianças atendidas, a modalidade escolar em que estão inseridas e os discursos dos profissionais a respeito das possibilidades de escolarização dessas crianças. Dessa forma, realizei entrevistas semiestruturadas com quatro profissionais das diferentes áreas que trabalham no ambulatório. A produção analítica feita a partir das relações entre psicanálise e educação. O desenvolvimento do trabalho retrata a dificuldade de se efetivarem os processos de inclusão escolar na medida em que a maioria dos pacientes, que são atendidos no serviço e que manifestam maior comprometimento, frequentam espaços escolares, mas em turmas ou em escolas especiais; estão à margem da sociedade, pois não existe ainda uma ação coletiva por parte do serviço que tenha a intenção de modificar essa realidade. O trabalho articulado em rede, previsto nos documentos normativos da instituição, de fato se constitui e contribui de forma favorável ao serviço realizado, porém a participação da escola se manifesta de forma tímida nesse processo. Observei que as concepções a respeito das possibilidades de escolarização das crianças são plurais apesar de haver uma tendência à defesa da escolarização desses pacientes em escolas ou classes especiais. A discussão a respeito da inclusão dessas crianças em escolas regulares ainda não ocupa um lugar efetivo na realização desse serviço em rede, o que indica a existência de pontos frágeis na relação entre o CIAPS e as escolas.
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