Avaliação do risco nutricional em pacientes oncológicos graves : revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Poziomyck, Aline Kirjner, Kabke, Geórgia Brum, Loss, Sergio Henrique, Antoniazzi, Jorge Luiz, Steemburgo, Thais, Moreira, Luis Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131282
Resumo: Objetivo: Revisar sistematicamente os principais métodos para avaliação do risco nutricional utilizados em pacientes oncológicos graves e apresentar aqueles que melhor avaliam os riscos e preveem desfechos clínicos relevantes neste grupo de pacientes, além de discutir as vantagens e as desvantagens destes métodos, segundo a literatura atual. Métodos: O estudo consistiu de uma revisão sistemática com base na análise de artigos obtidos nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, realizando as buscas com os termos em inglês: “nutritional risk assessment”, “critically ill” e “cancer”. Resultados: Apenas 6 (17,7%) dos 34 artigos inicialmente obtidos cumpriam os critérios para inclusão e foram selecionados para revisão. Os principais desfechos destes estudos foram que o gasto de energia em repouso se associou com subnutrição e superalimentação. O escore elevado da Avaliação Subjetiva Global - Produzida pelo Paciente associou- se de forma significante com baixa ingestão de alimentos, perda de peso e desnutrição. Em termos de marcadores bioquímicos, níveis mais elevados de creatinina, albumina e ureia se associaram de forma significante com mortalidade mais baixa. Os piores índices de sobrevivência foram encontrados para pacientes com condições de desempenho piores, conforme avaliação usando o Eastern Cooperative Oncologic Group performance status, escore prognóstico de Glasgow elevado, baixa albumina/hipoalbuminemia, elevado escore da Avaliação Subjetiva Global - Produzida Pelo Paciente e para níveis elevados de fosfatase alcalina. Valores de avaliação do Índice de Risco Nutricional Geriátrico inferiores a 87 se associaram de forma significante com mortalidade. O escore pelo índice prognóstico inflamatório nutricional se associou com condição nutricional anormal em pacientes oncológicos graves. Dentre os estudos revisados que avaliaram apenas peso e índice de massa corporal, não se encontrou qualquer desfecho clínico significante. Conclusão: Nenhum dos métodos revisados ajudou a definir o risco entre esses pacientes. Portanto, sugere-se a avaliação por meio da quantificação da perda de peso e dos níveis séricos, preferivelmente em combinação com outros métodos utilizando escores como o Eastern Cooperative Oncologic Group performance status, o escore prognóstico de Glasgow e a Avaliação Subjetiva Global - Produzida Pelo Paciente, já que seu uso é simples, factível e útil em tais casos.
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Os principais desfechos destes estudos foram que o gasto de energia em repouso se associou com subnutrição e superalimentação. O escore elevado da Avaliação Subjetiva Global - Produzida pelo Paciente associou- se de forma significante com baixa ingestão de alimentos, perda de peso e desnutrição. Em termos de marcadores bioquímicos, níveis mais elevados de creatinina, albumina e ureia se associaram de forma significante com mortalidade mais baixa. Os piores índices de sobrevivência foram encontrados para pacientes com condições de desempenho piores, conforme avaliação usando o Eastern Cooperative Oncologic Group performance status, escore prognóstico de Glasgow elevado, baixa albumina/hipoalbuminemia, elevado escore da Avaliação Subjetiva Global - Produzida Pelo Paciente e para níveis elevados de fosfatase alcalina. Valores de avaliação do Índice de Risco Nutricional Geriátrico inferiores a 87 se associaram de forma significante com mortalidade. O escore pelo índice prognóstico inflamatório nutricional se associou com condição nutricional anormal em pacientes oncológicos graves. Dentre os estudos revisados que avaliaram apenas peso e índice de massa corporal, não se encontrou qualquer desfecho clínico significante. Conclusão: Nenhum dos métodos revisados ajudou a definir o risco entre esses pacientes. Portanto, sugere-se a avaliação por meio da quantificação da perda de peso e dos níveis séricos, preferivelmente em combinação com outros métodos utilizando escores como o Eastern Cooperative Oncologic Group performance status, o escore prognóstico de Glasgow e a Avaliação Subjetiva Global - Produzida Pelo Paciente, já que seu uso é simples, factível e útil em tais casos.Objective: To systematically review the main methods for nutritional risk assessment used in critically ill cancer patients and present the methods that better assess risks and predict relevant clinical outcomes in this group of patients, as well as to discuss the pros and cons of these methods according to the current literature. Methods: The study consisted of a systematic review based on analysis of manuscripts retrieved from the PubMed, LILACS and SciELO databases by searching for the key words “nutritional risk assessment”, “critically ill” and “cancer”. Results: Only 6 (17.7%) of 34 initially retrieved papers met the inclusion criteria and were selected for the review. The main outcomes of these studies were that resting energy expenditure was associated with undernourishment and overfeeding. The high Patient-Generated Subjective Global Assessment score was significantly associated with low food intake, weight loss and malnutrition. In terms of biochemical markers, higher levels of creatinine, albumin and urea were significantly associated with lower mortality. The worst survival was found for patients with worse Eastern Cooperative Oncologic Group - performance status, high Glasgow Prognostic Score, low albumin, high Patient-Generated Subjective Global Assessment score and high alkaline phosphatase levels. Geriatric Nutritional Risk Index values < 87 were significantly associated with mortality. A high Prognostic Inflammatory and Nutritional Index score was associated with abnormal nutritional status in critically ill cancer patients. Among the reviewed studies that examined weight and body mass index alone, no significant clinical outcome was found. Conclusion: None of the methods reviewed helped to define risk among these patients. Therefore, assessment by a combination of weight loss and serum measurements, preferably in combination with other methods using scores such as Eastern Cooperative Oncologic Group - performance status, Glasgow Prognostic Score and Patient-Generated Subjective Global Assessment, is suggested given that their use is simple, feasible and useful in such cases.application/pdfporRevista brasileira de terapia intensiva. Rio de Janeiro. Vol. 27, n. 3 (July/Sept. 2015), p. 274-283.NeoplasiasEstado terminalAvaliação nutricionalEstado nutricionalAssistência ao pacienteUnidades de terapia intensivaNeoplasms/complicationsCritically illnessNutritional assessmentNutritional statusPatient careIntensive careAvaliação do risco nutricional em pacientes oncológicos graves : revisão sistemáticaNutritional risk assessment in critically ill cancer patients : systematic reviewinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000980366.pdf000980366.pdfTexto completoapplication/pdf252132http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131282/1/000980366.pdf94436f97d404a74dd91c66f00743b28eMD51TEXT000980366.pdf.txt000980366.pdf.txtExtracted Texttext/plain46451http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131282/2/000980366.pdf.txteda482aeb45ef0b863cca2f1ae3f607aMD52THUMBNAIL000980366.pdf.jpg000980366.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1865http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131282/3/000980366.pdf.jpg039b1f3931b877d629ba2f15d1a5787bMD5310183/1312822023-06-17 03:38:19.900953oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131282Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-06-17T06:38:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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