Avaliação do risco nutricional em pacientes críticos oncológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115021
Resumo: O câncer tem se consolidado como um problema de saúde pública em todo o mundo e estima-se que entre os anos de 2000 e 2020, as taxas globais de câncer possam crescer em até 50%, passando de 10 para 15 milhões a incidência da doença. Pacientes críticos oncológicos apresentam respostas metabólicas exacerbadas e caracterizadas por hipermetabolismo e catabolismo proteico elevado, o que os torna mais susceptíveis à desnutrição. Ainda na admissão hospitalar, metade (50%) dos pacientes com câncer avançado tende a apresentar desnutrição proteico-calórica associada, aumentando consideravelmente as taxas de admissões nas Unidades de Terapia Intensiva. Por estar associada a um pior prognóstico, a desnutrição deve ser detectada ou prevenida o mais precocemente possível, com o objetivo de reverter o quadro clínico por meio de intervenção nutricional adequada e direcionada, o que pode minimizar ou mesmo eliminar a morbimortalidade decorrente. O desenvolvimento de procedimentos de avaliação nutricional teve início nos anos 50, com o intuito de descrever o estado nutricional da população e sua relação com a saúde, e desde então, diversos métodos têm sido propostos. Porém, um dos maiores problemas quanto aos métodos de avaliação nutricional é a total inadequação de qualquer método ou ferramenta utilizado isoladamente na avaliação do risco e do estado nutricional, o que demonstra claramente a ausência de padrãoouro. Desta forma, diferentes métodos de avaliação têm sido combinados a fim de aumentar a sensibilidade e especificidade da avaliação nutricional. Se avaliações nutricionais rotineiras para pacientes em geral e pacientes oncológicos já apresentam várias dificuldades e não permitem estabelecer um padrão-ouro, as avaliações do risco nutricional de pacientes oncológicos que complicam gravemente, seja em decorrência direta dos efeitos do câncer per se ou em decorrência dos efeitos colaterais da terapêutica associada, devem ser melhores estimadas, permitindo uma maior prevenção, controle de riscos e menor mortalidade.
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Por estar associada a um pior prognóstico, a desnutrição deve ser detectada ou prevenida o mais precocemente possível, com o objetivo de reverter o quadro clínico por meio de intervenção nutricional adequada e direcionada, o que pode minimizar ou mesmo eliminar a morbimortalidade decorrente. O desenvolvimento de procedimentos de avaliação nutricional teve início nos anos 50, com o intuito de descrever o estado nutricional da população e sua relação com a saúde, e desde então, diversos métodos têm sido propostos. Porém, um dos maiores problemas quanto aos métodos de avaliação nutricional é a total inadequação de qualquer método ou ferramenta utilizado isoladamente na avaliação do risco e do estado nutricional, o que demonstra claramente a ausência de padrãoouro. Desta forma, diferentes métodos de avaliação têm sido combinados a fim de aumentar a sensibilidade e especificidade da avaliação nutricional. Se avaliações nutricionais rotineiras para pacientes em geral e pacientes oncológicos já apresentam várias dificuldades e não permitem estabelecer um padrão-ouro, as avaliações do risco nutricional de pacientes oncológicos que complicam gravemente, seja em decorrência direta dos efeitos do câncer per se ou em decorrência dos efeitos colaterais da terapêutica associada, devem ser melhores estimadas, permitindo uma maior prevenção, controle de riscos e menor mortalidade.Cancer has been established as a public health problem worldwide and it is estimated that global cancer rates could increase by 50% between 2000 and 2020, from 10 to 15 million the disease incidence. Critically ill cancer patients have exacerbated metabolic responses, characterized by hypermetabolism and elevated protein catabolism, making them more susceptible to malnutrition. At hospital admission, most patients (50%) with advanced cancers tends to have protein-calorie malnutrition associated, significantly increasing the rates of admissions to Intensive Care Units. Associated with worse prognosis, malnutrition should be prevented or detected as early as possible, in order to reverse the clinical status through appropriate and focused nutritional intervention. The development of procedures for the nutritional assessment began in the '50s, in order to describe the nutritional status of the population and their relationship to health and since then, various methods has been proposed. One of the biggest problems for methods of nutritional assessment is the inadequacy of any method or tool used alone in the assessment of nutritional risk or nutritional status, clearly demonstrating the absence of the gold standard in these assessments. Thus, different methods have been combined in order to increase the specificity and sensitivity of the nutritional assessment. Whether routine nutritional assessments for patients in general and cancer patients already have many difficulties and do not allow establish a gold standard, the assessments of the nutritional risk of cancer patients which seriously complicate, as a direct result of the effects of cancer per se or as a result of side effects of associated therapy, should be better estimated, allowing for greater prevention, risk control and lower mortality.application/pdfporAvaliação nutricionalMedição de riscoEstado nutricionalEstado terminalNeoplasiasOncologiaNutritional assessmentNutritional riskNutritional statusCritically ill cancer patientsCancerAvaliação do risco nutricional em pacientes críticos oncológicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2014Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000955665.pdf000955665.pdfTexto completoapplication/pdf531581http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115021/1/000955665.pdf326e6eebde338db767236a4b6c704bd1MD51TEXT000955665.pdf.txt000955665.pdf.txtExtracted Texttext/plain95324http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115021/2/000955665.pdf.txt3dc4671f7d994ca94c9954bc952a057fMD52THUMBNAIL000955665.pdf.jpg000955665.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg979http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115021/3/000955665.pdf.jpgc44106fc706745c1b91d885dd6a7b693MD5310183/1150212018-10-19 10:39:23.624oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115021Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-19T13:39:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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