Dialogando com crianças sobre gênero no contexto da cultura de pares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115977 |
Resumo: | O principal objetivo deste estudo era o de pesquisar com as crianças, não para elas ou sobre elas, mas com elas, tornando-as sujeitos e co-autoras da pesquisa. A maior pretensão ao pesquisar com as crianças foi a de investigar quais as representações de feminilidade e masculinidade as crianças desta faixa etária carregam, por meio de diálogos com as próprias crianças em suas culturas de pares. Duas foram as teorizações que embasaram esta pesquisa, quais sejam: primeiramente, as discussões sobre gênero e sexualidade; em seguida, os estudos da sociologia da infância, mais precisamente, os conceitos apresentados pelo pesquisador William Corsaro sobre culturas de pares e reprodução interpretativa. Para tanto, planejei e organizei diferentes recursos, como por exemplo, imagens de revistas, caixas de brinquedos, contação de história, entre outros, que valeram como estratégias para suscitar as discussões durante os encontros. Os resultados desta pesquisa mostraram que, embora as crianças apresentem em suas representações as falas dos adultos, ou seja, demonstrem, muitas vezes, uma visão adultocêntrica, estas representações constituem as subjetividades de cada criança. Ainda assim, mesmo que estejamos falando de uma posição infantil que, de algum modo, “reproduz” as posturas e visões dos adultos (ou mesmo da cultura hegemônica, de forma mais ampla), há que se considerar pontos singulares na apropriação dos saberes sobre gênero que as crianças, elas mesmas, constroem. Dizendo de outra forma, trata-se de considerar que os sentidos, neste caso, sobre gênero, são também aprendidos, negociados, disputados, confrontados entre as próprias crianças – fazendo-as, muitas vezes, vacilar aquilo que pensam. Assim, as crianças buscam informações vividas no mundo adulto, formas de compreender o mundo que as cerca, embora elaborem com seus pares significados próprios que irão colaborar para que as mesmas constituam-se como sujeitos produtores de sua própria cultura. |
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