Anestesia em cães com diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernardo, Camila di
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/272131
Resumo: A diabetes mellitus é uma endocrinopatia comum em cães, caracterizada pela deficiência relativa ou absoluta do hormônio insulina, podendo chegar a incidir sobre 1 em cada 100 animais da população. O manejo anestésico em pacientes diabéticos requer atenção especial, uma vez que tanto a hipoglicemia quanto a hiperglicemia grave podem resultar em complicações como recuperação anestésica prolongada, disfunção em sistema nervoso central e um quadro de CAD. O momento do procedimento cirúrgico e tempo de jejum devem ser estabelecidos com a intenção de interferir o mínimo possível na rotina do animal. Ao escolher os fármacos a serem incluídos no protocolo anestésico, é preferível o uso dos que possuam antagonistas e/ou que tenham como característica pouco efeito residual, possibilitando que o paciente retorne rapidamente à sua rotina alimentar. A monitoração frequente da glicemia é essencial para que haja a possibilidade de intervenção adequada caso necessário. Não há uma meta ideal definida de glicemia no período perioperatório, porém manter a glicemia em um intervalo de 150 a 250 mg/dℓ é uma conduta considerada satisfatória. Durante a recuperação pós-operatória, deve-se estimular o paciente a se alimentar assim que possível, preferencialmente com sua dieta usual. A administração de insulina deve ser adaptada ao tipo de paciente e à rotina de medicação habitual, com monitoração frequente da glicemia a cada 1 ou 2 horas. Por fim, pacientes que normalmente recebem insulina a cada 12 horas podem voltar à sua rotina ao anoitecer, recebendo alimento e insulina como habitual. Já os que normalmente recebem insulina a cada 24 horas só podem retornar à sua rotina na manhã seguinte à cirurgia.
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