Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alberton, Paula
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115828
Resumo: O presente estudo surge de inquietações acerca das práticas de conversa e da falta delas na Educação Infantil. Diante da percepção de que o diálogo é uma atitude humana existencial e essencial à vida em sociedade, sobretudo na escola infantil, este trabalho teve como foco investigar o que as crianças estão aprendendo sobre conversar, a partir de suas vivências na Educação Infantil, seja pelas conversas espontâneas com outras crianças, ou pelas diferentes situações em que a professora interage com as crianças conversando e ou falando com elas. O objetivo geral foi investigar o que as crianças e, também, a professora de uma turma específica de crianças de 5 e 6 anos de uma escola infantil municipal de Porto Alegre, pensam e vivem sobre conversar, o que foi possível a partir de observações e entrevistas semi-estruturadas. Para fundamentar este estudo utilizo como referencial teórico os autores: Freire (2005), Corsaro (2005, 2009, 2011) e Alberoni (1989). A análise aponta que, do ponto de vista das crianças, conversar tem a ver com estar junto com os/as amigos/as para brincar. Durante as brincadeiras as conversas são espontâneas e acontecem para aproximar, para combinar, para barganhar. O ato é intermediado pelas relações de amizade entre elas e pelas características das brincadeiras em que estão envolvidas. Do ponto de vista da professora, tudo o que se refere a conversar, na relação das crianças com outras crianças, é entendido como algo ruim, banal e/ou que é visto como bagunça, desordem e dispersão. Para ela, a conversa bem vinda é aquela formalizada na hora da roda, convocada e dirigida por ela, o que não é considerado conversa, segundo os autores utilizados, é palavreado, enfraquecido no seu poder de troca entre os sujeitos da relação. Considerando que a Educação Infantil precisa e pode ser, de fato, um ambiente e uma etapa privilegiados na vida de uma criança e de suas famílias, entendo que a conversa deva ser ensinada, estimulada e valorizada pelos educadores infantis.
id UFRGS-2_10f572a8e9e1e2dc99cce48d0a2b6894
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115828
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Alberton, PaulaFilho, Gabriel de Andrade Junqueira2015-05-05T01:58:37Z2014http://hdl.handle.net/10183/115828000963608O presente estudo surge de inquietações acerca das práticas de conversa e da falta delas na Educação Infantil. Diante da percepção de que o diálogo é uma atitude humana existencial e essencial à vida em sociedade, sobretudo na escola infantil, este trabalho teve como foco investigar o que as crianças estão aprendendo sobre conversar, a partir de suas vivências na Educação Infantil, seja pelas conversas espontâneas com outras crianças, ou pelas diferentes situações em que a professora interage com as crianças conversando e ou falando com elas. O objetivo geral foi investigar o que as crianças e, também, a professora de uma turma específica de crianças de 5 e 6 anos de uma escola infantil municipal de Porto Alegre, pensam e vivem sobre conversar, o que foi possível a partir de observações e entrevistas semi-estruturadas. Para fundamentar este estudo utilizo como referencial teórico os autores: Freire (2005), Corsaro (2005, 2009, 2011) e Alberoni (1989). A análise aponta que, do ponto de vista das crianças, conversar tem a ver com estar junto com os/as amigos/as para brincar. Durante as brincadeiras as conversas são espontâneas e acontecem para aproximar, para combinar, para barganhar. O ato é intermediado pelas relações de amizade entre elas e pelas características das brincadeiras em que estão envolvidas. Do ponto de vista da professora, tudo o que se refere a conversar, na relação das crianças com outras crianças, é entendido como algo ruim, banal e/ou que é visto como bagunça, desordem e dispersão. Para ela, a conversa bem vinda é aquela formalizada na hora da roda, convocada e dirigida por ela, o que não é considerado conversa, segundo os autores utilizados, é palavreado, enfraquecido no seu poder de troca entre os sujeitos da relação. Considerando que a Educação Infantil precisa e pode ser, de fato, um ambiente e uma etapa privilegiados na vida de uma criança e de suas famílias, entendo que a conversa deva ser ensinada, estimulada e valorizada pelos educadores infantis.application/pdfporEducação infantilDiálogoAmizadeVamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2014Pedagogia: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000963608.pdf000963608.pdfTexto completoapplication/pdf381052http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/1/000963608.pdf75c981184810eba06779e542d270f8f9MD51TEXT000963608.pdf.txt000963608.pdf.txtExtracted Texttext/plain122457http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/2/000963608.pdf.txtce18f322a092d63aa9dcd41495e77951MD52THUMBNAIL000963608.pdf.jpg000963608.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg925http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/3/000963608.pdf.jpg7975432be348d0501a80d6fdfc726996MD5310183/1158282018-10-22 07:39:04.192oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115828Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T10:39:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
title Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
spellingShingle Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
Alberton, Paula
Educação infantil
Diálogo
Amizade
title_short Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
title_full Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
title_fullStr Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
title_full_unstemmed Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
title_sort Vamos conversar? : práticas dialógicas na educação infantil
author Alberton, Paula
author_facet Alberton, Paula
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alberton, Paula
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Filho, Gabriel de Andrade Junqueira
contributor_str_mv Filho, Gabriel de Andrade Junqueira
dc.subject.por.fl_str_mv Educação infantil
Diálogo
Amizade
topic Educação infantil
Diálogo
Amizade
description O presente estudo surge de inquietações acerca das práticas de conversa e da falta delas na Educação Infantil. Diante da percepção de que o diálogo é uma atitude humana existencial e essencial à vida em sociedade, sobretudo na escola infantil, este trabalho teve como foco investigar o que as crianças estão aprendendo sobre conversar, a partir de suas vivências na Educação Infantil, seja pelas conversas espontâneas com outras crianças, ou pelas diferentes situações em que a professora interage com as crianças conversando e ou falando com elas. O objetivo geral foi investigar o que as crianças e, também, a professora de uma turma específica de crianças de 5 e 6 anos de uma escola infantil municipal de Porto Alegre, pensam e vivem sobre conversar, o que foi possível a partir de observações e entrevistas semi-estruturadas. Para fundamentar este estudo utilizo como referencial teórico os autores: Freire (2005), Corsaro (2005, 2009, 2011) e Alberoni (1989). A análise aponta que, do ponto de vista das crianças, conversar tem a ver com estar junto com os/as amigos/as para brincar. Durante as brincadeiras as conversas são espontâneas e acontecem para aproximar, para combinar, para barganhar. O ato é intermediado pelas relações de amizade entre elas e pelas características das brincadeiras em que estão envolvidas. Do ponto de vista da professora, tudo o que se refere a conversar, na relação das crianças com outras crianças, é entendido como algo ruim, banal e/ou que é visto como bagunça, desordem e dispersão. Para ela, a conversa bem vinda é aquela formalizada na hora da roda, convocada e dirigida por ela, o que não é considerado conversa, segundo os autores utilizados, é palavreado, enfraquecido no seu poder de troca entre os sujeitos da relação. Considerando que a Educação Infantil precisa e pode ser, de fato, um ambiente e uma etapa privilegiados na vida de uma criança e de suas famílias, entendo que a conversa deva ser ensinada, estimulada e valorizada pelos educadores infantis.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-05-05T01:58:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/115828
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000963608
url http://hdl.handle.net/10183/115828
identifier_str_mv 000963608
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/1/000963608.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/2/000963608.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115828/3/000963608.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 75c981184810eba06779e542d270f8f9
ce18f322a092d63aa9dcd41495e77951
7975432be348d0501a80d6fdfc726996
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224484433166336