Diluição em ágar na detecção de resistência às polimixinas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/220583 |
Resumo: | As polimixinas despertaram interesse nos últimos anos como estratégia no combate a infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes, após terem sido praticamente abandonadas por anos devido a sua elevada nefrotoxicidade. Com isso, ressurge, também, a necessidade de avaliar as metodologias de detecção de resistência a essa classe de antibióticos. Ambos os comitês internacionais de padronização (CLSI e EUCAST) definem como método de referência para esse fim a microdiluição em caldo (BMD). Entretanto, diversos estudos têm apontado a diluição em ágar (DA) como um método igualmente satisfatório, apresentando correlação aceitável com a BMD, o que justificou sua inserção, em 2020, no documento do CLSI como método aceitável para a detecção da suscetibilidade à colistina. Inóculos mais volumosos (10 μL) foram essenciais para que essa metodologia apresentasse performance adequada. Cabe ressaltar que, como qualquer metodologia, a DA apresenta desvantagens que devem ser consideradas ao avaliar a possibilidade de implementação na rotina dos laboratórios de microbiologia clínica. A triagem em ágar (agar screening), uma variação da DA, é apresentada como uma opção qualitativa e menos laboriosa para a rotina laboratorial, com aplicação possibilitada pela estreita janela terapêutica das polimixinas, onde a determinação da concentração inibitória mínima pode ter menor impacto no tratamento do paciente. Portanto, apesar de se tratar de um método trabalhoso, a DA surge como um método confiável para a determinação de resistência às polimixinas, com possibilidade de utilização da sua versão qualitativa, para fins de triagem. |
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Ramos, Victoria TedescoCaierão, Juliana2021-05-06T04:38:08Z2020http://hdl.handle.net/10183/220583001124970As polimixinas despertaram interesse nos últimos anos como estratégia no combate a infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes, após terem sido praticamente abandonadas por anos devido a sua elevada nefrotoxicidade. Com isso, ressurge, também, a necessidade de avaliar as metodologias de detecção de resistência a essa classe de antibióticos. Ambos os comitês internacionais de padronização (CLSI e EUCAST) definem como método de referência para esse fim a microdiluição em caldo (BMD). Entretanto, diversos estudos têm apontado a diluição em ágar (DA) como um método igualmente satisfatório, apresentando correlação aceitável com a BMD, o que justificou sua inserção, em 2020, no documento do CLSI como método aceitável para a detecção da suscetibilidade à colistina. Inóculos mais volumosos (10 μL) foram essenciais para que essa metodologia apresentasse performance adequada. Cabe ressaltar que, como qualquer metodologia, a DA apresenta desvantagens que devem ser consideradas ao avaliar a possibilidade de implementação na rotina dos laboratórios de microbiologia clínica. A triagem em ágar (agar screening), uma variação da DA, é apresentada como uma opção qualitativa e menos laboriosa para a rotina laboratorial, com aplicação possibilitada pela estreita janela terapêutica das polimixinas, onde a determinação da concentração inibitória mínima pode ter menor impacto no tratamento do paciente. Portanto, apesar de se tratar de um método trabalhoso, a DA surge como um método confiável para a determinação de resistência às polimixinas, com possibilidade de utilização da sua versão qualitativa, para fins de triagem.The interest on polymyxins arised recently as a strategy to fight infections caused by multidrug-resistant Gram-negative bacteria, after being practically abandoned for years due to their high nephrotoxicity. Accordingly, the need to evaluate the methodologies for detecting resistance to this class of antibiotics also reappears. Both international standardization committees (CLSI and EUCAST) define broth microdilution (BMD) as the reference method for this purpose. However, several studies have pointed to agar dilution (AD) as an equally satisfactory method, capable of agreeing with BMD, which justified its inclusion, in 2020, in the CLSI document as an acceptable method for detecting susceptibility to colistin. Larger inoculum (10 μL) were essential for this methodology to present the adequate performance. It is worth mentioning that, like any methodology, AD has disadvantages that must be evaluated when assessing the possibility of implementation in the routine of clinical microbiology laboratories. Agar screening, a variation of AD, is presented as a qualitative and less laborious option for laboratory routine, with its application making it possible by the narrow polymyxin therapy window, where the determination of the minimum inhibitory concentration may have less impact on the patient treatment. Therefore, despite being a labourious method, an AD arise as a reliable method for determining resistance to polymyxins, with the possibility of using its qualitative version, for screening purposes.application/pdfporFarmáciaPolimixinasPolimixina BColistinaPolymyxinsPolymyxin BAgar dilutionBroth microdilutionDiluição em ágar na detecção de resistência às polimixinasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2020Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124970.pdf.txt001124970.pdf.txtExtracted Texttext/plain55910http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220583/2/001124970.pdf.txt5748a9a81ce22b47cad6af149b3ef1a2MD52ORIGINAL001124970.pdfTexto completoapplication/pdf824005http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220583/1/001124970.pdf1862339a0582703743ff7d3bf5968532MD5110183/2205832022-07-07 04:58:06.752661oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220583Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-07-07T07:58:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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As polimixinas despertaram interesse nos últimos anos como estratégia no combate a infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes, após terem sido praticamente abandonadas por anos devido a sua elevada nefrotoxicidade. Com isso, ressurge, também, a necessidade de avaliar as metodologias de detecção de resistência a essa classe de antibióticos. Ambos os comitês internacionais de padronização (CLSI e EUCAST) definem como método de referência para esse fim a microdiluição em caldo (BMD). Entretanto, diversos estudos têm apontado a diluição em ágar (DA) como um método igualmente satisfatório, apresentando correlação aceitável com a BMD, o que justificou sua inserção, em 2020, no documento do CLSI como método aceitável para a detecção da suscetibilidade à colistina. Inóculos mais volumosos (10 μL) foram essenciais para que essa metodologia apresentasse performance adequada. Cabe ressaltar que, como qualquer metodologia, a DA apresenta desvantagens que devem ser consideradas ao avaliar a possibilidade de implementação na rotina dos laboratórios de microbiologia clínica. A triagem em ágar (agar screening), uma variação da DA, é apresentada como uma opção qualitativa e menos laboriosa para a rotina laboratorial, com aplicação possibilitada pela estreita janela terapêutica das polimixinas, onde a determinação da concentração inibitória mínima pode ter menor impacto no tratamento do paciente. Portanto, apesar de se tratar de um método trabalhoso, a DA surge como um método confiável para a determinação de resistência às polimixinas, com possibilidade de utilização da sua versão qualitativa, para fins de triagem. |
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