Implicação do residente com a construção do conhecimento no processo de formação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/32965 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Na perspectiva da Educação Permanente em Saúde, um dos programas estratégicos do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é a Residência Integrada em Saúde (RIS), implantada em 2004 e tendo como princípios orientadores a integralidade, o trabalho em equipe, a humanização e a educação permanente. Pesquisar o envolvimento e a implicação do residente na construção do conhecimento pode contribuir para avaliar como este processo vem sendo trabalhado nesta instituição, bem como discutir possíveis potencialidades e fragilidades de nossa realidade. OBJETIVOS: Compreender como o residente da ênfase Terapia Intensiva se envolve e se implica no processo da construção do conhecimento durante o seu período de formação na RIS/GHC. METODOLOGIA: Estudo qualitativo exploratório do tipo pesquisa documental. Foram analisadas atas de reuniões da ênfase, relatório do Seminário de Integração do ano de 2009 e avaliação do Seminário Integrado de Políticas Públicas de 2008 e 2009. As informações foram classificadas e dispostas em 3 categorias. RESULTADOS: As categorias surgidas foram: Implicação do residente no processo formativo teórico; Implicação do residente na formação em serviço; Implicação do residente na relação com o corpo docente. O residente da Terapia Intensiva ocupa os espaços oportunizados de escuta, discussão, avaliação e reflexão, e se utiliza deles para buscar uma melhor formação. Percebe-se isso na reivindicação pela realização de estudos de casos sistemáticos, na participação da organização do cronograma teórico, na proposição de cursos complementares, no interesse em realizar estágios optativos, na disposição e interesse em participar dos processos avaliativos. Por outro lado, em alguns momentos entende-se que o mesmo residente que ora parece sujeito implicado na construção do conhecimento, em determinados momentos parece faltar envolvimento e responsabilidade com a construção do conhecimento. Observamos isso através da baixa assiduidade e pouca participação de alguns nas atividades de formação teórica e reclamações constantes quanto ao cumprimento da carga horária. Dentre os fatores que parecem favorecer a implicação deste residente com a construção do conhecimento destaca-se a utilização de uma pedagogia problematizadora que o estimule a pensar e relacionar teoria e prática; a identificação com o profissional docente bem como o seu interesse, a qualificação e a motivação para o ensino; o acolhimento do residente nas equipes de saúde e a construção de um trabalho interdisciplinar nos serviços. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das reivindicações por mudanças e descontentamentos com a forma de organização da residência, questiona-se o quanto esse residente se sente responsável pela qualidade da sua formação e o grau de participação que realmente cabe ao residente. Espaços para o aprendizado são oportunizados, mas tudo isso está diretamente relacionado ao quanto implicado esse residente se sente, para então iniciar um processo de mudança e qualificação da sua formação associado ao comprometimento social e político. Espera-se que esse trabalho possa servir de reflexão para os profissionais que estão envolvidos e acreditam no processo formativo da residência. |
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