Aproveitamento da casca de citros na perspectiva de alimentos : prospecção da atividade antibacteriana
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/111928 |
Resumo: | Os citros são as frutas mais produzidas e consumidas no mundo. O Brasil ocupa primeiro lugar na produção mundial e na exportação de suco de laranja, sendo o Estado do Rio Grande do Sul um importante produtor. Ao longo do cultivo e do processamento dos citros, são geradas toneladas de resíduos de baixo valor comercial, mas com grande potencial de aproveitamento dentro da indústria de alimentos. Esses resíduos possuem elevados teores de nutrientes, pigmentos e componentes bioativos, bem como possuem baixa toxicidade e baixo custo. Há evidências de que a casca de diferentes espécies de citros possui princípios ativos antibacterianos e antifúngicos. O objetivo deste trabalho, portanto, foi verificar a atividade antibacteriana de extratos alcoólicos da casca de citros na perspectiva da desinfecção e da conservação de alimentos, propondo alternativas sustentáveis e naturais voltadas a consumidores cada vez mais preocupados com sua saúde. Foram obtidos extratos alcoólicos da casca crua de bergamota-ponkan (Citrus reticulata Blanco), pomelo (Citrus maxima (Burm.) Merr.) e limão-bergamota (Citrus limonia Osbeck ou limão-cravo) maduros, provenientes de cultivo agroecológico, cujas atividades antibacterianas foram avaliadas quanto à Concentração Inibitória Mínima (CIM) e à Concentração Bactericida Mínima (CBM) frente a cinco diferentes bactérias. O extrato de limão-bergamota apresentou a melhor atividade antibacteriana, apresentando CIM em torno de 24 mg.mL–1 e CBM de 42 mg.mL–1 para as bactérias mais resistentes. A bactéria mais sensível a todos os extratos foi Pseudomonas aeruginosa, com CIM entre 16 e 36 mg.mL–1 e CBM entre 28 e 49 mg.mL–1. Os extratos inibiram ou inativaram na sua totalidade as bactérias testadas, indicando a possibilidade de se tornarem alternativas naturais na desinfecção e na conservação de alimentos. |
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Gerhardt, CarinWiest, Jose MariaGirolometto, GiovaniSilva, Magnolia Aparecida Silva daWeschenfelder, Simone2015-03-12T01:57:54Z20121516-7275http://hdl.handle.net/10183/111928000922095Os citros são as frutas mais produzidas e consumidas no mundo. O Brasil ocupa primeiro lugar na produção mundial e na exportação de suco de laranja, sendo o Estado do Rio Grande do Sul um importante produtor. Ao longo do cultivo e do processamento dos citros, são geradas toneladas de resíduos de baixo valor comercial, mas com grande potencial de aproveitamento dentro da indústria de alimentos. Esses resíduos possuem elevados teores de nutrientes, pigmentos e componentes bioativos, bem como possuem baixa toxicidade e baixo custo. Há evidências de que a casca de diferentes espécies de citros possui princípios ativos antibacterianos e antifúngicos. O objetivo deste trabalho, portanto, foi verificar a atividade antibacteriana de extratos alcoólicos da casca de citros na perspectiva da desinfecção e da conservação de alimentos, propondo alternativas sustentáveis e naturais voltadas a consumidores cada vez mais preocupados com sua saúde. Foram obtidos extratos alcoólicos da casca crua de bergamota-ponkan (Citrus reticulata Blanco), pomelo (Citrus maxima (Burm.) Merr.) e limão-bergamota (Citrus limonia Osbeck ou limão-cravo) maduros, provenientes de cultivo agroecológico, cujas atividades antibacterianas foram avaliadas quanto à Concentração Inibitória Mínima (CIM) e à Concentração Bactericida Mínima (CBM) frente a cinco diferentes bactérias. O extrato de limão-bergamota apresentou a melhor atividade antibacteriana, apresentando CIM em torno de 24 mg.mL–1 e CBM de 42 mg.mL–1 para as bactérias mais resistentes. A bactéria mais sensível a todos os extratos foi Pseudomonas aeruginosa, com CIM entre 16 e 36 mg.mL–1 e CBM entre 28 e 49 mg.mL–1. Os extratos inibiram ou inativaram na sua totalidade as bactérias testadas, indicando a possibilidade de se tornarem alternativas naturais na desinfecção e na conservação de alimentos.Citrus are the most produced fruits in the world. Brazil ranks first in global production and export of orange juice. The State of Rio Grande Do Sul is an important producer of citrus. During farming and processing of citrus, tons of residues are generated, with low commercial value and great potential for use in the field of food production. These residues possess many nutrients, pigments and bioactive compounds, as well as low toxicity and cost. There is evidence that the peel of citrus have antibacterial and antifungal activity. In this work, we aim to determine the antibacterial activity of ethanolic extracts of citrus peels in the perspective of disinfection and preservation of food, presenting sustainable and natural alternatives directed at consumers concerned with health. Ethanolic extracts of crude peel of ripe ponkan tangerine (Citrus reticulata Blanco), pomelo (Citrus maxima (Burm.) Merr.) and rangpur lime (Citrus limonia Osbeck) were obtained from ecological family farms. Their antibacterial activities were evaluated regarding Minimal Inhibitory Concentration (MIC) and Minimal Bactericidal Concentration (MBC) against five different bacterial strains. The rangpur lime extract presented the best antibacterial activity, with about 24 mg.mL–1 MIC and 42 mg.mL–1 MBC for the most resistant strain. Pseudomonas aeruginosa was the most sensitive strain. All ethanolic extracts inhibited or inactivated all tested strains, indicating they could be used as natural alternatives in food disinfection and preservation.application/pdfporBrazilian Journal of Food Technology = Revista Brasileira de Tecnologia de Alimentos. V. 15, nesp (maio 2012), p. 11-17Atividade antibacterianaCasca de citrosResíduo de alimentosFruta cítricaCitrus peelAntibacterial activityCrude ethanolic extractNatural disinfectantMICMBCAproveitamento da casca de citros na perspectiva de alimentos : prospecção da atividade antibacterianaUtilization of citrus by-products in food perspective : screening of antibacterial activityinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000922095.pdf000922095.pdfTexto completoapplication/pdf274535http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/111928/1/000922095.pdf9f9654ad512c2a7e22bdeb52098396a3MD51TEXT000922095.pdf.txt000922095.pdf.txtExtracted Texttext/plain35271http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/111928/2/000922095.pdf.txte096b2f06f1cf31eccda4b397fa0a69fMD52THUMBNAIL000922095.pdf.jpg000922095.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2072http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/111928/3/000922095.pdf.jpgdc924eb289d14fa0e2cd72d9fd9262e4MD5310183/1119282018-10-05 09:03:53.724oai:www.lume.ufrgs.br:10183/111928Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-05T12:03:53Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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