Reanálise das variáveis semânticas no condicionamento do objeto nulo e do pronome pleno na fala de Florianópolis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Izete Lehmkuhl
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Othero, Gabriel de Ávila, Vieira-Pinto, Cecília Augusta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181626
Resumo: Neste artigo, analisamos as ocorrências de objeto direto anafórico de 3ª pessoa, investigando duas estratégias produtivas em português brasileiro: o pronome pleno (ele/ela) e o objeto nulo (ON). Visto que essas duas estratégias não estão em variação livre, nosso objetivo foi verificar qual traço semântico do antecedente estaria condicionando o uso das duas variantes. Baseando-nos em literatura recente (CREUS; MENUZZI, 2004; PIVETTA, 2015; AYRES, 2016; OTHERO et al. 2016, OTHERO; SCHWANKE, 2017), decidimos reanalisar os dados de Vieira-Pinto (2015) e Vieira-Pinto e Coelho (2016), em sua pesquisa com entrevistas sociolinguísticas de Florianópolis, verificando três variáveis semânticas: animacidade, especificidade e gênero semântico do antecedente. Confirmando a hipótese de Creus e Menuzzi (2004), concluímos que o gênero semântico é o traço mais importante da retomada anafórica de objeto, no seguinte sentido: antecedentes com traço [+gênero semântico] favorecem o pronome pleno, enquanto antecedentes com [-gênero semântico] favorecem o objeto nulo.
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spelling Coelho, Izete LehmkuhlOthero, Gabriel de ÁvilaVieira-Pinto, Cecília Augusta2018-09-05T02:28:56Z20171415-8698http://hdl.handle.net/10183/181626001074304Neste artigo, analisamos as ocorrências de objeto direto anafórico de 3ª pessoa, investigando duas estratégias produtivas em português brasileiro: o pronome pleno (ele/ela) e o objeto nulo (ON). Visto que essas duas estratégias não estão em variação livre, nosso objetivo foi verificar qual traço semântico do antecedente estaria condicionando o uso das duas variantes. Baseando-nos em literatura recente (CREUS; MENUZZI, 2004; PIVETTA, 2015; AYRES, 2016; OTHERO et al. 2016, OTHERO; SCHWANKE, 2017), decidimos reanalisar os dados de Vieira-Pinto (2015) e Vieira-Pinto e Coelho (2016), em sua pesquisa com entrevistas sociolinguísticas de Florianópolis, verificando três variáveis semânticas: animacidade, especificidade e gênero semântico do antecedente. Confirmando a hipótese de Creus e Menuzzi (2004), concluímos que o gênero semântico é o traço mais importante da retomada anafórica de objeto, no seguinte sentido: antecedentes com traço [+gênero semântico] favorecem o pronome pleno, enquanto antecedentes com [-gênero semântico] favorecem o objeto nulo.In this article, we analyzed the third person anaphoric direct object, investigating two very productive strategies in Brazilian Portuguese: the tonic pronoun (ele\ela, ‘he\she’) and an empty category (a null object). Since these two strategies are not in free variation, our main goal was to verify which semantic feature of the antecedent might be serving as internal conditioning for the use of tonic pronouns or the empty category. Based on recent literature on the subject (CREUS; MENUZZI, 2004; PIVETTA, 2015; AYRES, 2016; OTHERO et al. 2016; OTHERO; SCHWANKE, 2017), we decided to re-examine the data presented in Vieira-Pinto (2015), and Vieira-Pinto and Coelho (2016) using sociolinguistic interviews from the Florianópolis. We investigated three variables related to the NP antecedent: animacy, specificity and semantic gender. Confirming the hypothesis originally proposed by Creus e Menuzzi (2004), we conclude that the semantic gender of the antecedent is the main feature for the phenomenon of the anaphoric direct object, as follows: antecedents with identified semantic gender favor pronominal anaphora, whereas antecedents without identified semantic gender favor the null object.En este artículo analizamos las ocurrencias del objeto directo anafórico de 3ª persona e investigamos dos estrategias productivas en el portugués brasileño (PB): el pronombre explícito en esa variedad (ele/ela) y el objeto nulo (ON). Dado que esas dos estrategias no están en variación libre, nuestro objetivo fue verificar cuál es el rasgo semántico del antecedente que estaría condicionando el uso de las dos variantes. Con base en la literatura reciente (cf. CREUS; MENUZZI, 2004; PIVETTA, 2015; AYRES, 2016; OTHERO et al. 2016: OTHERO; SCHWANKE, 2017), decidimos reanalizar los datos de Vieira-Pinto (2015) y Vieira-Pinto y Coelho (2016) en su estudio con entrevistas sociolingüísticas de Florianópolis (sur de Brasil), constatando tres variables semánticas: animicidad, especificidad y género semántico del antecedente. A través de la reafirmación de la hipótesis de Creus y Menuzzi (2004), concluimos que el género semántico es la variable más significativa de la recuperación anafórica del objeto directo en PB, en el siguiente sentido: antecedentes con rasgo [+género semántico] favorecen el pronombre explícito, mientras que antecedentes con [-género semántico] favorecen el objeto nulo.application/pdfporFórum lingüístico. Florianópolis, SC. Vol. 14, n. 4 (2017), p. [2606]-2617Objeto direto anafóricoGêneroSemânticaGramáticaLíngua portuguesaAnaphoric direct objectVARSUL projectSemantic genderBrazilian Portuguese grammarObjeto directo anafóricoVARSULGénero semánticoGramática del portugués brasileñoReanálise das variáveis semânticas no condicionamento do objeto nulo e do pronome pleno na fala de FlorianópolisReanálisis de las variables semánticas en el condicionamiento del objeto nulo y del pronombre explícito en en el habla de Florianópolis Reanalysis of semantic variables in the conditioning of the null object and the tonic pronoun in the speech of Florianopolis info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001074304.pdfTexto completoapplication/pdf180723http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181626/1/001074304.pdf1e6e6b5e9d9bcaa378ceb6fd80006832MD51TEXT001074304.pdf.txt001074304.pdf.txtExtracted Texttext/plain42251http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181626/2/001074304.pdf.txt6d2ded7fea8b9556936e33fa68ab6861MD52THUMBNAIL001074304.pdf.jpg001074304.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1804http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181626/3/001074304.pdf.jpg3c83eda16276848e75ddd0e22b9c2ce7MD5310183/1816262023-09-24 03:38:16.869357oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181626Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-09-24T06:38:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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