O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Gustavo Silveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/129829
Resumo: A constante evolução dos modelos processuais ao longo da história, acompanha os influxos da organização de cada sociedade e do seu respectivo regime político. É remansosa a tese de que o direito emerge das aspirações e da cultura do povo, sendo certo que o Estado é o responsável por dar tutela aos direitos. O Processo Civil, enquanto fenômeno cultural, sofreu inúmeras mutações conforme a organização política de cada época. No Estado Liberal do século XIX, por exemplo, o processo era totalmente privado e os procedimentos eram seguidos conforme a atuação das partes, restando ao órgão jurisdicional um papel totalmente passivo, cuja atividade restringiase tão-somente a declarar um direito previamente descrito pelo legislador. Com o advento do Estado Constitucional, o processo civil adquire uma postura conceitual de absoluta interação com a Constituição Federal, emergindo então o chamado direito processual constitucional, voltado ao controle de constitucionalidade das leis e preservação das garantias positivadas na Constituição. Sob essa nova ótica, surge o modelo de Processo Cooperativo, positivado, inclusive, no novo Código de Processo Civil que atualmente encontra-se no prazo de vacatio legis, aguardando para que possa efetivamente produzir consequências normativas no ordenamento jurídico brasileiro. Esse novo modelo processual está calcado em uma ideia de colaboração efetiva entre os envolvidos para a busca de uma decisão justa. O órgão jurisdicional tem o dever de diálogo, esclarecimento, prevenção e auxílio, enquanto que as partes têm o dever de agir na mais absoluta boa-fé, colimando um debate leal e paritário, sendo-lhes vedado o comportamento contraditório.
id UFRGS-2_264716e3c353889181d8df6b731af50c
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/129829
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Vieira, Gustavo SilveiraMitidiero, Daniel Francisco2015-11-18T02:38:12Z2015http://hdl.handle.net/10183/129829000976380A constante evolução dos modelos processuais ao longo da história, acompanha os influxos da organização de cada sociedade e do seu respectivo regime político. É remansosa a tese de que o direito emerge das aspirações e da cultura do povo, sendo certo que o Estado é o responsável por dar tutela aos direitos. O Processo Civil, enquanto fenômeno cultural, sofreu inúmeras mutações conforme a organização política de cada época. No Estado Liberal do século XIX, por exemplo, o processo era totalmente privado e os procedimentos eram seguidos conforme a atuação das partes, restando ao órgão jurisdicional um papel totalmente passivo, cuja atividade restringiase tão-somente a declarar um direito previamente descrito pelo legislador. Com o advento do Estado Constitucional, o processo civil adquire uma postura conceitual de absoluta interação com a Constituição Federal, emergindo então o chamado direito processual constitucional, voltado ao controle de constitucionalidade das leis e preservação das garantias positivadas na Constituição. Sob essa nova ótica, surge o modelo de Processo Cooperativo, positivado, inclusive, no novo Código de Processo Civil que atualmente encontra-se no prazo de vacatio legis, aguardando para que possa efetivamente produzir consequências normativas no ordenamento jurídico brasileiro. Esse novo modelo processual está calcado em uma ideia de colaboração efetiva entre os envolvidos para a busca de uma decisão justa. O órgão jurisdicional tem o dever de diálogo, esclarecimento, prevenção e auxílio, enquanto que as partes têm o dever de agir na mais absoluta boa-fé, colimando um debate leal e paritário, sendo-lhes vedado o comportamento contraditório.application/pdfporProcesso civilPrincípio da cooperaçãoBoa-fe : Direito processual civilO processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditóriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2015especializaçãoCurso de especialização em Processo Civilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000976380.pdf000976380.pdfTexto completoapplication/pdf226085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/1/000976380.pdf47bb47f37d2ee8b16dd44c8b59c05cd5MD51TEXT000976380.pdf.txt000976380.pdf.txtExtracted Texttext/plain71668http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/2/000976380.pdf.txte39925aeb0e549e7b6cdf4a6c5336dccMD52THUMBNAIL000976380.pdf.jpg000976380.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1021http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/3/000976380.pdf.jpg4bd6914085bf779bc433c917a26fc2e8MD5310183/1298292018-10-25 09:16:06.797oai:www.lume.ufrgs.br:10183/129829Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T12:16:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
title O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
spellingShingle O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
Vieira, Gustavo Silveira
Processo civil
Princípio da cooperação
Boa-fe : Direito processual civil
title_short O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
title_full O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
title_fullStr O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
title_full_unstemmed O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
title_sort O processo civil cooperativo e a vedação de conduta contraditória
author Vieira, Gustavo Silveira
author_facet Vieira, Gustavo Silveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira, Gustavo Silveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Mitidiero, Daniel Francisco
contributor_str_mv Mitidiero, Daniel Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv Processo civil
Princípio da cooperação
Boa-fe : Direito processual civil
topic Processo civil
Princípio da cooperação
Boa-fe : Direito processual civil
description A constante evolução dos modelos processuais ao longo da história, acompanha os influxos da organização de cada sociedade e do seu respectivo regime político. É remansosa a tese de que o direito emerge das aspirações e da cultura do povo, sendo certo que o Estado é o responsável por dar tutela aos direitos. O Processo Civil, enquanto fenômeno cultural, sofreu inúmeras mutações conforme a organização política de cada época. No Estado Liberal do século XIX, por exemplo, o processo era totalmente privado e os procedimentos eram seguidos conforme a atuação das partes, restando ao órgão jurisdicional um papel totalmente passivo, cuja atividade restringiase tão-somente a declarar um direito previamente descrito pelo legislador. Com o advento do Estado Constitucional, o processo civil adquire uma postura conceitual de absoluta interação com a Constituição Federal, emergindo então o chamado direito processual constitucional, voltado ao controle de constitucionalidade das leis e preservação das garantias positivadas na Constituição. Sob essa nova ótica, surge o modelo de Processo Cooperativo, positivado, inclusive, no novo Código de Processo Civil que atualmente encontra-se no prazo de vacatio legis, aguardando para que possa efetivamente produzir consequências normativas no ordenamento jurídico brasileiro. Esse novo modelo processual está calcado em uma ideia de colaboração efetiva entre os envolvidos para a busca de uma decisão justa. O órgão jurisdicional tem o dever de diálogo, esclarecimento, prevenção e auxílio, enquanto que as partes têm o dever de agir na mais absoluta boa-fé, colimando um debate leal e paritário, sendo-lhes vedado o comportamento contraditório.
publishDate 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-11-18T02:38:12Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/129829
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000976380
url http://hdl.handle.net/10183/129829
identifier_str_mv 000976380
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/1/000976380.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/2/000976380.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129829/3/000976380.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 47bb47f37d2ee8b16dd44c8b59c05cd5
e39925aeb0e549e7b6cdf4a6c5336dcc
4bd6914085bf779bc433c917a26fc2e8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447155888881664