A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Larissa Moreira da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/135049
Resumo: O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei nº 5.107/66, sendo atualmente regido pela Lei nº 8.036/90. O artigo 23, §5 dessa Lei, bem como o art. 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/90, preveem a prescrição trintenária do referido instituto. Ocorre que a Constituição Federal de 1988 (CF/88) classificou o FGTS como um direito dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7°, III, CF/88), bem como previu a prescrição dos créditos decorrentes das relações de trabalho, determinando prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (art. 7°, XXIX, CF/88). Diante disso, surgiu o debate a respeito da prescrição aplicável ao instituto, sendo que por muito tempo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sustentou o entendimento pela incidência da prescrição trintenária ao FGTS, posição, inclusive, ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia, em novembro de 2014, o STF firmou entendimento no sentido da inconstitucionalidade do prazo prescricional trintenário, determinando ser aplicável a prescrição trabalhista (quinquenal) às discussões a respeito do FGTS A presente monografia, assim, pretende buscar a compreensão dos aspectos duvidosos a respeito do prazo prescricional dos créditos decorrentes do FGTS. Para tanto, foram analisados o instituto da prescrição, a regulamentação do FGTS e o teor do julgado que declarou a inconstitucionalidade do prazo trintenário, através do exame da decisão proferida pelo Plenário do STF. Concluiu-se, por fim, que as posições estudadas estão fundamentadas em correntes diversas, cada qual sustentando entendimento próprio a respeito da natureza jurídica do instituto do FGTS e, consequentemente, do prazo prescricional aplicável a ele, devendo ser consideradas a hipossuficiência e subordinação do trabalhador juridicamente protegido. No desenvolvimento do trabalho foi utilizada a metodologia hipotético-dedutiva, por meio do exame da legislação relevante, da doutrina aplicável e da jurisprudência a respeito do tema.
id UFRGS-2_2968f7a354e87eec6086450319208f06
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/135049
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Rosa, Larissa Moreira daDorneles, Leandro do Amaral Dorneles de2016-04-07T02:26:53Z2015http://hdl.handle.net/10183/135049000987444O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei nº 5.107/66, sendo atualmente regido pela Lei nº 8.036/90. O artigo 23, §5 dessa Lei, bem como o art. 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/90, preveem a prescrição trintenária do referido instituto. Ocorre que a Constituição Federal de 1988 (CF/88) classificou o FGTS como um direito dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7°, III, CF/88), bem como previu a prescrição dos créditos decorrentes das relações de trabalho, determinando prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (art. 7°, XXIX, CF/88). Diante disso, surgiu o debate a respeito da prescrição aplicável ao instituto, sendo que por muito tempo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sustentou o entendimento pela incidência da prescrição trintenária ao FGTS, posição, inclusive, ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia, em novembro de 2014, o STF firmou entendimento no sentido da inconstitucionalidade do prazo prescricional trintenário, determinando ser aplicável a prescrição trabalhista (quinquenal) às discussões a respeito do FGTS A presente monografia, assim, pretende buscar a compreensão dos aspectos duvidosos a respeito do prazo prescricional dos créditos decorrentes do FGTS. Para tanto, foram analisados o instituto da prescrição, a regulamentação do FGTS e o teor do julgado que declarou a inconstitucionalidade do prazo trintenário, através do exame da decisão proferida pelo Plenário do STF. Concluiu-se, por fim, que as posições estudadas estão fundamentadas em correntes diversas, cada qual sustentando entendimento próprio a respeito da natureza jurídica do instituto do FGTS e, consequentemente, do prazo prescricional aplicável a ele, devendo ser consideradas a hipossuficiência e subordinação do trabalhador juridicamente protegido. No desenvolvimento do trabalho foi utilizada a metodologia hipotético-dedutiva, por meio do exame da legislação relevante, da doutrina aplicável e da jurisprudência a respeito do tema.The Length-of-Service Guarantee Fund (FGTS) was established by Law n° 5.107/66, currently being governed by Law nº 8.036/90. The §5 of article 23 of this law, as well as art. 55 of Regulation FGTS approved by Decree nº 99.684/90 provide for the thirty-year period prescription of that institute. It turns out that the Federal Constitution of 1988 (CF / 88) ranked FGTS as a right of urban and rural workers (art. 7, III, CF / 88) and foresaw the prescription of claims arising from employment relationships, determining limitation period of five years, up to two years after the termination of the employment contract (art. 7, XXIX, CF / 88). Thus, came the debate over the prescription apply to the Office, the thirty-year period provided for in special infra legislation or if the five-year determined by the Constitution, and for a long time, the Superior Labor Court (TST) supported the understanding by the incidence thirty-year period prescription of the FGTS, position, including, ratified by the Federal Supreme Court (STF). However, in November 2014, the Supreme Court signed an understanding with unconstitutionality of thirty-year period statute of limitations, determining apply to labor prescription (five-year) to the discussions about the FGTS. This monograph thus intends to seek the understanding of doubtful aspects concerning the limitation period of receivables from the FGTS. Thus, the prescription institute, the regulation of FGTS and the judgment of the content that declared unconstitutional the thirty-year period term was analyzed, by examining the ruling of the Supreme Court Plenary. It was concluded, finally, that the positions studied are based on different currents, each holding own understanding about the legal nature of the FGTS Institute and hence the limitation period applicable to it, must be considered to lack of sufficiency and subordination of legally protected worker. In developing this work we used the hypothetical-deductive method, by examining the relevant legislation, the applicable doctrine and jurisprudence on the subject.application/pdfporDireito do trabalhoFundo de garantia por tempo de servicoPrescrição trabalhista : BrasilLabor LawConstitutional LawLength-of-Service Guarantee FundPrescription CF’s Section 7°, XXIXA prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviçoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2015Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000987444.pdf000987444.pdfTexto completoapplication/pdf2547922http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/1/000987444.pdf53adb436d67b0588a7b0486a8d15fd88MD51TEXT000987444.pdf.txt000987444.pdf.txtExtracted Texttext/plain376290http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/2/000987444.pdf.txtaa49108d57819fb06e8b524811bf32b2MD52THUMBNAIL000987444.pdf.jpg000987444.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg998http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/3/000987444.pdf.jpg6385a17c833e945cafb6c4686404bd09MD5310183/1350492018-10-10 08:41:24.852oai:www.lume.ufrgs.br:10183/135049Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-10T11:41:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
title A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
spellingShingle A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
Rosa, Larissa Moreira da
Direito do trabalho
Fundo de garantia por tempo de servico
Prescrição trabalhista : Brasil
Labor Law
Constitutional Law
Length-of-Service Guarantee Fund
Prescription CF’s Section 7°, XXIX
title_short A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
title_full A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
title_fullStr A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
title_full_unstemmed A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
title_sort A prescrição trabalhista aplicada ao fundo de garantia do tempo de serviço
author Rosa, Larissa Moreira da
author_facet Rosa, Larissa Moreira da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rosa, Larissa Moreira da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Dorneles, Leandro do Amaral Dorneles de
contributor_str_mv Dorneles, Leandro do Amaral Dorneles de
dc.subject.por.fl_str_mv Direito do trabalho
Fundo de garantia por tempo de servico
Prescrição trabalhista : Brasil
topic Direito do trabalho
Fundo de garantia por tempo de servico
Prescrição trabalhista : Brasil
Labor Law
Constitutional Law
Length-of-Service Guarantee Fund
Prescription CF’s Section 7°, XXIX
dc.subject.eng.fl_str_mv Labor Law
Constitutional Law
Length-of-Service Guarantee Fund
Prescription CF’s Section 7°, XXIX
description O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei nº 5.107/66, sendo atualmente regido pela Lei nº 8.036/90. O artigo 23, §5 dessa Lei, bem como o art. 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/90, preveem a prescrição trintenária do referido instituto. Ocorre que a Constituição Federal de 1988 (CF/88) classificou o FGTS como um direito dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7°, III, CF/88), bem como previu a prescrição dos créditos decorrentes das relações de trabalho, determinando prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (art. 7°, XXIX, CF/88). Diante disso, surgiu o debate a respeito da prescrição aplicável ao instituto, sendo que por muito tempo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sustentou o entendimento pela incidência da prescrição trintenária ao FGTS, posição, inclusive, ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia, em novembro de 2014, o STF firmou entendimento no sentido da inconstitucionalidade do prazo prescricional trintenário, determinando ser aplicável a prescrição trabalhista (quinquenal) às discussões a respeito do FGTS A presente monografia, assim, pretende buscar a compreensão dos aspectos duvidosos a respeito do prazo prescricional dos créditos decorrentes do FGTS. Para tanto, foram analisados o instituto da prescrição, a regulamentação do FGTS e o teor do julgado que declarou a inconstitucionalidade do prazo trintenário, através do exame da decisão proferida pelo Plenário do STF. Concluiu-se, por fim, que as posições estudadas estão fundamentadas em correntes diversas, cada qual sustentando entendimento próprio a respeito da natureza jurídica do instituto do FGTS e, consequentemente, do prazo prescricional aplicável a ele, devendo ser consideradas a hipossuficiência e subordinação do trabalhador juridicamente protegido. No desenvolvimento do trabalho foi utilizada a metodologia hipotético-dedutiva, por meio do exame da legislação relevante, da doutrina aplicável e da jurisprudência a respeito do tema.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-04-07T02:26:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/135049
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000987444
url http://hdl.handle.net/10183/135049
identifier_str_mv 000987444
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/1/000987444.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/2/000987444.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135049/3/000987444.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 53adb436d67b0588a7b0486a8d15fd88
aa49108d57819fb06e8b524811bf32b2
6385a17c833e945cafb6c4686404bd09
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224503731159040