Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes idosos vítimas de trauma cranioencefálico em um centro de referência : uma análise preliminar do estudo CITy-POA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Rodrigues de
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/273661
Resumo: Introdução: Com o advento da globalização e das novas tecnologias, percebe-se, enquanto fenômeno mundial, um aumento significativo da expectativa de vida populacional. Em paralelo, surgem novos desafios associados à vulnerabilidade dessa população, uma vez que as alterações funcionais e estruturais do envelhecimento, além da coexistência de doenças sistêmicas, aumentam a predisposição a acidentes e possuem impacto direto em seus desfechos. Sendo assim, faz-se necessário observar e propor estratégias médicas para atender as particularidades dessa parcela de pacientes, especialmente no que tange ao trauma. Dentro desse contexto e vislumbrando o melhor atendimento, a presente análise tem como objetivo definir o perfil epidemiológico do trauma no idoso em especial no TCE. Essa é uma pré-análise de uma parcela dos pacientes com trauma crânio encefálico do estudo CITy-POA, uma coorte prospectiva de trauma em idosos realizada no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre cuja coleta de dados deve se prolongar até o final de maio de 2024. Esse trabalho foi aprovado no comitê de ética da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e submetido à plataforma Brasil de pesquisa. Resultados: Entre maio de 2023 e novembro de 2023, foram incluídos no estudo CITy POA 801 pacientes idosos com história de trauma, destes, apenas 213 estavam com dados prontos para análise; destes, 103 eram vítimas de TCE e foram incluídos nessa análise preliminar. Destes, 87,4% como TCE leve, 5,8% como TCE moderado e 3,9% com TCE grave. O uso de medicações contínuas não se mostra como um fator de risco isolado para TCE, visto grupos homogêneos entre os com e os sem TCE, incluindo anti-hipertensivos e anticoagulantes. Sintomas neurológicos como redução do nível de consciência, amnésia lacunar e alteração do estado basal são possíveis preditores importantes de alteração tomográfica em pacientes com TCE. Conclusão: Com base nessa pré-análise, é percebida a necessidade de elaborar uma forma de avaliação e estratificação de risco específica para o grupo acima de 60 anos, dadas a sua complexidade fisiológica e as suas alterações estruturais, para o melhor atendimento dessa população. Esperamos, com o seguimento da coorte, poder identificar melhor fatores de risco para TCE com repercussão clínica em idosos.
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