"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/254985 |
Resumo: | Este artigo evoca, sob a forma da escrita de cartas, questões relacionadas à saúde e adoecimento institucional no contexto universitário. O texto é composto por oito cartas, em que as autoras e o autor (que trabalham como docentes em três universidades diferentes) compartilham cenas e experiências decorrentes de seus cotidianos de trabalho. O recurso metodológico escolhido é o da cartagrafia, uma composição entre a cartografia (a qual valoriza o processo) e a escrita de cartas, na tentativa de dar língua aos afetos que tonalizam o cenário apresentado. Toma-se como disparador o enunciado “todo mundo sabe que a universidade adoece”, proferido por estudantes de graduação, na tentativa de fazer uma leitura do mesmo a partir do exercício disruptor que a polifoniadas cartas produz. No entanto, ainda que a expressão do sofrimento tenha impacto nos sujeitos (por meio de sentimentos como ansiedade, esgotamento, racismo, angústia e não pertencimento), sua compreensão deve ser percebida na dimensão do coletivo. Ao centrar a questão exclusivamente no indivíduo, a dimensão política parece desaparecer, as implicações da instituição também desaparecem, e, uma vez restringidos os fatores determinantes à dimensão pessoal, somem de cena grande número de componentes indispensáveis à cartografia das forças, ou seja, das políticas dos afetos ali atuantes. |
id |
UFRGS-2_3e91263f1849eb5bee4d0548ef99ad0e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/254985 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Tedesco, SilviaSilva, Dayse BispoCosta, Luciano Bedin da2023-02-24T03:22:15Z20221519-3322http://hdl.handle.net/10183/254985001160847Este artigo evoca, sob a forma da escrita de cartas, questões relacionadas à saúde e adoecimento institucional no contexto universitário. O texto é composto por oito cartas, em que as autoras e o autor (que trabalham como docentes em três universidades diferentes) compartilham cenas e experiências decorrentes de seus cotidianos de trabalho. O recurso metodológico escolhido é o da cartagrafia, uma composição entre a cartografia (a qual valoriza o processo) e a escrita de cartas, na tentativa de dar língua aos afetos que tonalizam o cenário apresentado. Toma-se como disparador o enunciado “todo mundo sabe que a universidade adoece”, proferido por estudantes de graduação, na tentativa de fazer uma leitura do mesmo a partir do exercício disruptor que a polifoniadas cartas produz. No entanto, ainda que a expressão do sofrimento tenha impacto nos sujeitos (por meio de sentimentos como ansiedade, esgotamento, racismo, angústia e não pertencimento), sua compreensão deve ser percebida na dimensão do coletivo. Ao centrar a questão exclusivamente no indivíduo, a dimensão política parece desaparecer, as implicações da instituição também desaparecem, e, uma vez restringidos os fatores determinantes à dimensão pessoal, somem de cena grande número de componentes indispensáveis à cartografia das forças, ou seja, das políticas dos afetos ali atuantes.In this article, the authors explore the issues of health and institutional illness in higher education through the form of letters. In eight letters, the authors (who are professors at three different universities) discuss scenes and experiences that arise from their daily work. As a methodological resource, it was chosen ‘lettergraphy', a combination of cartography (which values the process) and letter writing to describe the sentiments underlying the presented scenario. Undergraduate students' statement "everyone knows the university is getting sick" is used as a starting point for making a reading from the disruptive exercise that the polyphony of letters suggests. As much as this expression of suffering has an impact on the subjects (through feelings such as anxiety, exhaustion, racism, anguish, and non-belonging), its understanding must be viewed from a collective perspective. By focusing only on the individual level, it eliminates the political dimension and institutional implications. When determiningfactors are restricted to only one dimension, a number of crucial components for cartography disappear, namely, policies for active action by forces.Este artículo evoca, en forma de carta, cuestiones relacionadas a la salud y la enfermedad institucional en el contexto universitario. El texto es compuesto por ocho cartas en las que las autoras y el autor (que trabajan como docentes en tres universidades diferentes) comparten escenas y experiencias surgidas en su trabajo diario. El recurso metodológico elegido es la cartagrafía, una composición entre la cartografia (que valora el proceso) y la escrita de cartas, en un intento de dar lenguaje a los afectos que tonifican el escenario presentado. Se toma como detonante el enunciado “todo el mundo sabe que la universidad enferma”, pronunciada por estudiantes universitarios, intentando hacer una lectura de éste a partir del ejercicio disruptivo que produce la polifonía de las cartas. Sin embargo, si bien la expresión del sufrimiento tiene impacto en los sujetos (a través de sentimientos como ansiedad, agotamiento, racismo, angustia e falta de pertenecimiento), su percepción debe ser percibida en la dimensión colectiva. Al centrar la cuestión exclusivamente en el individuo, la dimensión política parece desaparecer, junto con las implicaciones de la institución y, una vez que los condicionantes se restringen a la dimensión personal, desaparecen de escena un grande número de componentes indispensables a la cartografía de las fuerzas, o sea, delas políticas de los afectos allí actuantes.application/pdfporEducação em foco. Belo Horizonte. Vol. 25, n. 47 (set./dez. 2022), p. 119-145CartografiaLettersInstitutional illnessCartographyCartasEnfermedad institucionalCartografia"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional"Everyone knows that the university is getting sick": ‘lettergraphy’ on health and institutional illnessTodo elmundo sabe que la universidad enferma": cartagrafías sobre salud y enfermedad institucionalinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001160847.pdf.txt001160847.pdf.txtExtracted Texttext/plain59261http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/3/001160847.pdf.txt4217576f7cd8a84afa43bf039fc0bc46MD53001160847-02.pdf.txt001160847-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain57876http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/4/001160847-02.pdf.txt43a05294e6835795ec1077fdbfbdea10MD54ORIGINAL001160847.pdfTexto completoapplication/pdf265322http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/1/001160847.pdfec5832a9a952cfb28ad3da9585d9da1eMD51001160847-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf267068http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/2/001160847-02.pdfd0c3e8887c2b5dd44b3b7fe9b59606b4MD5210183/2549852023-02-25 04:27:00.280129oai:www.lume.ufrgs.br:10183/254985Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-02-25T06:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
"Everyone knows that the university is getting sick": ‘lettergraphy’ on health and institutional illness |
dc.title.alternative.es.fl_str_mv |
Todo elmundo sabe que la universidad enferma": cartagrafías sobre salud y enfermedad institucional |
title |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
spellingShingle |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional Tedesco, Silvia Cartografia Letters Institutional illness Cartography Cartas Enfermedad institucional Cartografia |
title_short |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
title_full |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
title_fullStr |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
title_full_unstemmed |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
title_sort |
"Todo mundo sabe que a universidade adoece” : cartagrafias sobre saúde e adoecimento institucional |
author |
Tedesco, Silvia |
author_facet |
Tedesco, Silvia Silva, Dayse Bispo Costa, Luciano Bedin da |
author_role |
author |
author2 |
Silva, Dayse Bispo Costa, Luciano Bedin da |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tedesco, Silvia Silva, Dayse Bispo Costa, Luciano Bedin da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cartografia |
topic |
Cartografia Letters Institutional illness Cartography Cartas Enfermedad institucional Cartografia |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Letters Institutional illness Cartography |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Cartas Enfermedad institucional Cartografia |
description |
Este artigo evoca, sob a forma da escrita de cartas, questões relacionadas à saúde e adoecimento institucional no contexto universitário. O texto é composto por oito cartas, em que as autoras e o autor (que trabalham como docentes em três universidades diferentes) compartilham cenas e experiências decorrentes de seus cotidianos de trabalho. O recurso metodológico escolhido é o da cartagrafia, uma composição entre a cartografia (a qual valoriza o processo) e a escrita de cartas, na tentativa de dar língua aos afetos que tonalizam o cenário apresentado. Toma-se como disparador o enunciado “todo mundo sabe que a universidade adoece”, proferido por estudantes de graduação, na tentativa de fazer uma leitura do mesmo a partir do exercício disruptor que a polifoniadas cartas produz. No entanto, ainda que a expressão do sofrimento tenha impacto nos sujeitos (por meio de sentimentos como ansiedade, esgotamento, racismo, angústia e não pertencimento), sua compreensão deve ser percebida na dimensão do coletivo. Ao centrar a questão exclusivamente no indivíduo, a dimensão política parece desaparecer, as implicações da instituição também desaparecem, e, uma vez restringidos os fatores determinantes à dimensão pessoal, somem de cena grande número de componentes indispensáveis à cartografia das forças, ou seja, das políticas dos afetos ali atuantes. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-02-24T03:22:15Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/254985 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1519-3322 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001160847 |
identifier_str_mv |
1519-3322 001160847 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/254985 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Educação em foco. Belo Horizonte. Vol. 25, n. 47 (set./dez. 2022), p. 119-145 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/3/001160847.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/4/001160847-02.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/1/001160847.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254985/2/001160847-02.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4217576f7cd8a84afa43bf039fc0bc46 43a05294e6835795ec1077fdbfbdea10 ec5832a9a952cfb28ad3da9585d9da1e d0c3e8887c2b5dd44b3b7fe9b59606b4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225081454592000 |