Impasses metodológicos da teoria da intencionalidade nas investigações lógicas de Edmund Husserl o conceito de objeto intencional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dalmás, Giovana
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206586
Resumo: Neste trabalho, reconstruo duas modalidades do objeto intencional apresentadas por Husserl na primeira edição do segundo volume das Investigações lógicas (1901): o objeto ideal da significação e o objeto da percepção. As duas modalidades estão reconstruídas tendo por referências as Investigações I e V, respectivamente, e correspondem às modalidades linguística e perceptiva da intencionalidade. A partir desta reconstrução e amparada por bibliografia crítica, indico como estas duas modalidades do objeto intencional apontam para um limite comum às modalidades intencionais que corresponde à teoria da intencionalidade desenvolvida nas Investigações lógicas. Segundo essa teoria, a totalidade do vivido intencional é imanente (reell), portanto um componente originalmente ativo-subjetivo do fenômeno do conhecimento. No entanto, há neste conteúdo total imanente um elemento transcendente (real) representado pelo visado em todo ato intencional. Nos termos em que Husserl apresenta o enigma do intencional na Investigação V, esperava-se a clarificação de como os dois tipos de conteúdo entram em uma relação tal que o objeto visado (real) seja representado pelos conteúdos imanentes (reell). Segundo a reconstrução que faço no trabalho, no entanto, o mecanismo de interpretação responsável por essa transmutação de um conteúdo no outro não tem uma descrição satisfatória. Faltaram a Husserl descrever a especificidade do reenvio de um conteúdo a outro e da representação que nele se opera e que não é uma imagem do objeto, nem um segundo objeto, e o como desse reenvio, as suas condições de possibilidade.
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