Edmund Husserl e a crise das ciências europeias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Letenski, Irineu
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/24975
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Luiz Damon Santos Moutinho
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spelling Letenski, IrineuUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaMoutinho, Luiz Damon Santos, 1964-2022-04-12T12:49:11Z2022-04-12T12:49:11Z2010https://hdl.handle.net/1884/24975Orientador: Prof. Dr. Luiz Damon Santos MoutinhoDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduaçao em Filosofia. Defesa: Curitiba, 12/11/2010Bibliografia: fls. 102-105Área de concentraçao: História da filosofia moderna e contemporâneaResumo: Edmund Husserl introduziu uma reinterpretação radical e original no que diz respeito às ciências modernas e à própria filosofia. Em suas análises iniciais, referentes à clarificação dos conceitos fundamentais lógicos e matemáticos, ele ressalta a ausência de uma mathesis ou de um princípio de unificação nas ciências. Considera que as ciências são apenas técnicas sem uma efetiva ratio. Já nos escritos que gravitam em torno da obra A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental sua preocupação central não mais será sobre os fundamentos ou os métodos das ciências, mas sobre a interpretação da ciência operada pelos seus contemporâneos. Para Husserl, as ciências modernas perderam o significado para a humanidade por terem se distanciado do seu Lebenswelt (mundo da vida). Suas análises elegem alguns agentes principais para tal situação. Considera que com a instauração da ciência moderna e a matematização da natureza efetuada por Galileu ocorreu uma objetivação da natureza física e psíquica. Já Descartes, embora tenha enfocado o sujeito egológico no papel do conhecimento, acabou afastando o ego do mundo, não alcançando assim a verdadeira subjetividade. Tal atitude faz Husserl situá-lo na origem de duas instâncias chaves da modernidade, ou seja, a subjetividade transcendental e o formalismo físico-matemático. Para o autor da Krisis, também Kant não conseguiu construir uma filosofia transcendental pura e autêntica por ter mantido uma concepção naturalista da consciência ao aceitar como válido o "ser em si" do mundo e por ter assinalado à razão as suas próprias leis independentemente do Lebenswelt. Husserl propõe então uma epoché centrada não apenas no mundo objetivado das ciências, mas também, e sobretudo, no próprio sujeito e no seu Lebenswelt.Abstract: Edmund Husserl introduced a radical and original reinterpretation in modern sciences and philosophy as well. In his initial analyses regarding a clarification of the fundamental, logical, and mathematical concepts, he underlined the absence of a mathesis, that is, a unifying principle of sciences. He also considers that sciences are but just techniques deprived of an effective ratio. However, in his writings related to the work, The Crisis of European Sciences and Transcendental Phenomenology, his major concern will no more be about the foundation or methods of sciences, but about the interpretation of science as his contemporaries conceived it. According to Husserl, modern sciences lost their meaning for the humanity, as they stood apart from their Lebenswelt (living world). This is the reason why his analyses seek to show the principal agents responsible for such a situation. First of all, he considers that, with the instauration of modern science and the mathematization of nature operated by Galileo, an objectivation of the physical and psychical nature also occurred. But Descartes, too, although the emphasis he placed on the egological subject regarding the role of knowledge, he finished by removing the ego far away from the world and, thus, he did not reach the true subjectivity. Such an attitude caused Husserl to situate him at the origin of two key instances of modernity, that is, transcendental subjectivity and mathematical-physical formalism. For the author of Krisis, also Kant did not succeed in building a pure and authentic transcendental philosophy, as he maintained a naturalistic conception of conscientiousness, accepting thus as valid the "in itself" of the world and assigning to reason its own laws, independently of the Lebenswelt. Therefore, Husserl proposed an epoché, which would be centered not only on the objective world of sciences, but also, and above all, on the subject and its Lebenswelt as well.105f.application/pdfDisponível em formato digitalHusserl, Edmund, 1859-1938TesesFilosofiaEdmund Husserl e a crise das ciências europeiasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALIrineu-2010.pdfapplication/pdf1438473https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/24975/1/Irineu-2010.pdf9eee976fca6b0ae1fa3a3e3f1325fc77MD51open accessTEXTIrineu-2010.pdf.txtExtracted Texttext/plain268890https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/24975/2/Irineu-2010.pdf.txt2c2c467c1562f533d4b0642279f0a586MD52open accessTHUMBNAILIrineu-2010.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1190https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/24975/3/Irineu-2010.pdf.jpgfb011346cc1476b623a9b60346acb0deMD53open access1884/249752022-04-12 09:49:12.034open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/24975Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-04-12T12:49:12Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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