A mulher como corpo-imagem : uma interpretação de anticristo, de Lars von Trier
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/171696 |
Resumo: | O presente trabalho é uma leitura crítica da narrativa fílmica Anticristo, de Lars von Trier, lançado em 2009. O filme expõe um enredo baseado, segundo uma de minhas hipóteses, em uma história de trauma: no Prólogo, um casal de uma mulher e um homem, durante o ato sexual, não percebe a presença do filho de dois anos, que os vê da porta do quarto. O menino, após presenciar a cena de sexo entre os pais, vai até uma janela, cai e morre. A partir daí, influenciada pela associação sexo-culpa, a personagem feminina passa a sofrer sintomas de trauma. A personagem masculina, enquanto terapeuta de profissão, inicia uma tentativa de tratamento psicológico em relação à sua esposa, numa relação que, segundo minha interpretação, se dá de forma autoritária, em que Ela ocupa a posição de objeto de investigação do marido, sendo vinculada à figura de natureza a ser desbravada. Por meio de reflexão e estudo acerca da história e dos mitos relacionados ao feminino, procuro, da perspectiva de quem se compreende e é socialmente compreendida enquanto mulher, descentrar interpretações focadas no olhar masculino em relação à natureza, à produção de conhecimento e à imagem da mulher no cinema. Concluo que há, em Anticristo, uma possibilidade de resgate de uma memória coletiva de mulheres assassinadas por bruxaria, bem como um potencial ético possibilitado por imagens cruas de violência. |
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