Cartografar com crianças : é possível olhar a nossa cidade através do olhar da infância?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bandeira, Larisa da Veiga Vieira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/36326
Resumo: Essa pesquisa busca entender as maneiras como um grupo de crianças se apropria e recria os espaços urbanos. As crianças residem no Quilombo Urbano Areal da Baronesa que se localiza na Região Central de Porto Alegre. Essa pesquisa é um recorte do Projeto Cartografias Infantis, o percurso acadêmico anterior e os trajetos que possibilitaram esse estudo também são rastreados. São utilizadas as pistas do método cartográfico de Kastrup e Escóssia (2009) nesse rastreio e reconhecimento atento dos sentidos dados pelas crianças aos espaços urbanos. Para pensar sobre as crianças e as suas relações com esses espaços, dialogo com Deleuze & Guattari, entendendo que com eles podemos olhar e viver a cidade como um corpo urbano funcional (ainda que por vezes aparentemente caótico), no qual os lugares são demarcados para que a vida possa se efetivar com uma suposta segurança. A cidade, partindo deste princípio, apresenta-se como espaço estriado, um rugoso tecido que coloca as ações cotidianas à mercê desta engenharia. Nos espaços urbanos circula-se, habita-se, trabalha-se, diverte-se, brinca-se. Como considerações provisórias, percebo que a cidade – ou pelo menos uma das cidades possíveis, aquela capturada pelos olhares múltiplos das crianças quando olham para esta grande maquinaria que atende pelo nome cidade – ganha novas imprecisões em seus costumeiros contornos.
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