Racismo e a produção de esteriótipos : impactos na subjetividade da criança negra no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Caroline Damazio da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/157613
Resumo: O racismo continua sendo um potente atravessador na produção de subjetividade do povo brasileiro. De acordo com Maria Lucia Silva (2004), o racismo altera os processos de subjetivação e de autoconceito da pessoa negra, desvalorizando a sua autoimagem, provocando um sentimento de inferioridade. Nessa direção, este trabalho aborda o quão forte é a interferência dos estereótipos na vida da pessoa negra. Objetivando discutir principalmente os impactos do uso de estereótipos na subjetividade de crianças negras. A estereotipização é um fator constantemente presente na vida da pessoa negra, visto que desde a infância são poucos os referenciais positivos que as mesmas encontram para a identificação. Seus semelhantes que seriam fonte de inspiração, vistos na televisão, cinema, livros infantis, ente outros se referem a pessoas de classe baixa, sem grandes perspectivas, assumindo papéis de figuração, ou quando pertencem a uma classe social mais alta podendo gozar de algum protagonismo, são comumente ligados a profissões e papéis específicos na sociedade (jogadores de futebol ou músicos). O referencial teórico-metodológico deste trabalho é composto pela analítica de poder de Michel Foucault, bem como as teorias das relações raciais de Neusa Santos Souza, Maria Helena Zamora, Carlos Moore. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que investigou publicações da psicologia em revistas científicas indexadas, bem como publicações em sites de organizações que atuam na luta contra o racismo. O que se pôde perceber a partir deste trabalho, é que mesmo que crescente, a produção referente ao uso de estereótipos e seus impactos na saúde mental infantil ainda é escassa, o racismo é discutido enquanto problema social, entretanto seus efeitos na infância e juventude são pouco explorados no mundo acadêmico psicológico. Realidade preocupante que nos impulsiona a questionar sobre a formação e o compromisso social do psicólogo.
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