Eisenman e Reich : confluências e divergências entre operações formais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Felipe Ferla da
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Recena, Maria Paula Piazza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254439
Resumo: Este artigo compara as operações formais empregadas pelo arquiteto americano Peter Eisenman com conceitos estipulados pelo compositor americano Steve Reich. Tal comparação diz respeito à House II (1969-1970), de Eisenman, e aos conceitos elaborados no texto Music as a Gradual Process (1968) de Reich, com atenção especial a operação empregada por Reich conhecida como defasagem, usada particularmente em sua obra Piano Phase (1967). Tanto Eisenman na arquitetura quanto Reich na música empregam, em suas obras realizadas nas décadas de 1960 e 1970, não apenas o conhecimento que constitui a teoria e a prática de suas respectivas disciplinas, mas também, influências de artistas visuais chamados Minimalistas que emergiam na cena artística de Nova Iorque no mesmo período, especialmente Robert Morris, Richard Serra e Sol LeWitt. Eisenman e Reich procuraram elaborar obras, sejam elas arquitetônicas ou musicais, nas quais o resultado final e as operações utilizadas para sua realização coincidem: processo e trabalho se tornam um único objeto. A metodologia adotada para realizar a aproximação que este artigo propõe inclui a produção de diagramas e imagens que aproximem o desenvolvimento da House II, de Eisenman, e a obra Piano Phase, de Reich. Essa aproximação, além de explicar as operações utilizadas por ambos, instaura um campo comum que permite comparar as duas abordagens ao ressaltar semelhanças, divergências e operações em comum, geradoras das obras em questão. O objetivo deste artigo não é apenas explicitar as correspondências e discrepâncias entre obras originadas em diferentes disciplinas (arquitetura e música) que têm como conceito principal a noção de processo como elemento que delimita forma e conteúdo, mas ressaltar novas possibilidades interpretativas com base nessa aproximação.
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Eisenman e Reich procuraram elaborar obras, sejam elas arquitetônicas ou musicais, nas quais o resultado final e as operações utilizadas para sua realização coincidem: processo e trabalho se tornam um único objeto. A metodologia adotada para realizar a aproximação que este artigo propõe inclui a produção de diagramas e imagens que aproximem o desenvolvimento da House II, de Eisenman, e a obra Piano Phase, de Reich. Essa aproximação, além de explicar as operações utilizadas por ambos, instaura um campo comum que permite comparar as duas abordagens ao ressaltar semelhanças, divergências e operações em comum, geradoras das obras em questão. O objetivo deste artigo não é apenas explicitar as correspondências e discrepâncias entre obras originadas em diferentes disciplinas (arquitetura e música) que têm como conceito principal a noção de processo como elemento que delimita forma e conteúdo, mas ressaltar novas possibilidades interpretativas com base nessa aproximação.This article compares the formal operations employed by the American architect Peter Eisenman with concepts stipulated by the American composer Steve Reich. This comparison concerns Eisenman’s Houses II (1969-1970) and the concepts elaborated in the text Music as a Gradual Process (1968) by Reich, with special attention to an operation employed by him know as phasing, used particularly in his piece Piano Phase (1967). Both Eisenman in architecture and Reich in music addressed in their works made in the 1960s and 1970s not only the knowledge that constitutes the theory and practice of their respective disciplines, but also, influences from the so-called Minimalists emerging in the New York art scene in the same period, especially Robert Morris, Richard Serra and Sol LeWitt. Eisenman and Reich sought to elaborate works, be they architectural or musical, in which the final result and the operations used for their realization coincide: process and work become a single object. As a methodology, diagrams and images referring to the development of Eisenman's House II will be employed together with diagrams of Reich’s Piano Phase. The approximation of such images, in addition to explaining the operations used by both, works as a means of comparing the approaches of each one, their similarities and divergences, as well as how the idea of one or more operations can generate a complete work. The purpose of this article is not only to make explicit the correspondences and discrepancies between works made in different disciplines (architecture and music), which, however, have as their main concept the notion of process as an element that delimits form and content, but also to show that both disciplines can appropriate knowledge from each other.Este artículo compara las operaciones formales empleadas por el arquitecto estadounidense Peter Eisenman con los conceptos estipulados por el compositor estadounidense Steve Reich. Tal comparación concierne a la House II de Eisenman (1969-1970) y los conceptos elaborados em el texto Music as a Gradual Process (1968) de Reich, con especial atención a la operación empleada por Reich conocida como retraso, utilizada particularmente en su Piano Phase (1967). Tanto Eisenman en la arquitectura como Reich em la música emplean, en sus obras realizadas en las décadas de 1960 y 1970, no solo los conocimientos que constituyen la teoría y práctica de sus respectivas disciplinas, sino también, influencias de artistas visuales denominados Minimalistas, surgidos en el escena artística de Nueva York en el mismo período, especialmente Robert Morris, Richard Serra y Sol LeWitt. Eisenman y Reich buscaron elaborar obras, ya sean arquitectónicas o musicales, en las que el resultado final y las operaciones utilizadas para su realización coincidan: proceso y obra se convierten en un solo objeto. La metodología adoptada para realizar el enfoque que propone este artículo incluye la producción de esquemas e imágenes que conjugan el desarrollo de la House II de Eisenman y la obra Piano Phase, de Reich. Este enfoque, además de explicar las operaciones utilizadas por ambos, establece un campo común que permite comparar los dos enfoques al resaltar similitudes, divergencias y operaciones comunes, que generan las obras en cuestión. El objetivo de este artículo no es solo explicitar las correspondencias y discrepancias entre obras originadas en diferentes disciplinas (arquitectura y música) que tienen como concepto principal la noción de proceso como elemento que delimita forma y contenido, sino destacar nuevas posibilidades interpretativas. basado en este enfoque.application/pdfporCadernos do Proarq. Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Arquitetura [da UFRJ]. Vol. 1 n. 37(dez. 2021), p. 18-37Eisenman, PeterReich, SteveArquiteturaMúsicaOperationsPhasingOperacionesRetrasoEisenman e Reich : confluências e divergências entre operações formaisEisenman and Reich : confluences and divergences between formal operationsinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001160725.pdf.txt001160725.pdf.txtExtracted Texttext/plain54912http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254439/2/001160725.pdf.txt40b5fbd8a7df44c29f484a09594ce8e3MD52ORIGINAL001160725.pdfTexto completoapplication/pdf1605340http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254439/1/001160725.pdf2b205f6f6c86c57fb86b8de49cf38490MD5110183/2544392023-02-10 05:56:51.777622oai:www.lume.ufrgs.br:10183/254439Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-02-10T07:56:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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