As Américas de Narcos: representações identitárias em uma série transnacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Martina Nichel
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/144261
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as representações identitárias da Colômbia e dos Estados Unidos na primeira temporada da série Narcos (2015), produção original da Netflix. A discussão sobre identidade parte dos Estudos Culturais britânicos, através de conceitos de Stuart Hall (2013), e latinoamericanos, com Néstor García Canclini (2003). Os autores Tomaz Tadeu da Silva (2013), Kathryn Woodward (2013) e Renato Ortiz (1994) também contribuem para compreender o descentramento do sujeito pós-moderno, os modos como as nações são imaginadas e a relação entre identidade e diferença. Essas questões são pertinentes para o tencionamento de projetos transnacionais de produção audiovisual, pois influenciam seus modos de produção e de distribuição. Valdellós e Muñoz (2011) e Bordwell (2008) nos ajudam a entender como a série Narcos se insere nesse contexto, já que é uma produção estadunidense, com diretores e atores latino-americanos e norte-americanos, ambientada na Colômbia. A narrativa é construída a partir da narração de um policial estadunidense, que descreve as relações entre Estados Unidos e Colômbia, qualificando os dois países. Através da análise fílmica, compara-se a voz do narrador e a apresentação em linguagem audiovisual das representações dos territórios colombiano e estadunidense, dos agentes políticos e dos policiais dos dois países. Com base na análise dessas três categorias, é possível identificar diferentes representações identitárias dos dois países e relacioná-las com as características transnacionais de produção e distribuição da série Narcos.
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