O debate recente sobre a necessidade de redução da taxa de juros básica no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/180349 |
Resumo: | Superado o problema da inflação alta e crônica, esperava-se que, após a adoção do câmbio flutuante a taxa de juros no Brasil fosse reduzida. No entanto, esta permanece em níveis elevados, comprometendo o desempenho da economia brasileira. Dessa forma, é relevante a discussão sobre as causas da persistência da elevação da taxa de juros. A literatura aborda seis explicações para essa persistência: 1) incerteza jurisdicional; 2) inconversibilidade do real; 3) a ineficácia da política monetária; 4) os desequilíbrios fiscais; 5) a existência de equilíbrios múltiplos; e 6) a convenção a favor do conservadorismo da política monetária. Recentemente, André Lara Resende trouxe a discussão da fronteira acadêmica dos países desenvolvidos, que convivem com taxas de juros quase nulas e inflação baixa e estável, para a conjuntura brasileira recente de inflação e juros elevados com crescimento negativo, propondo, através da equação de Fischer, que a taxa de juros nominal funciona como balizador das expectativas inflacionárias, implicando um resultado contrário àquele proposto pela teoria. No curto prazo, a redução da inflação via aumento da taxa de juros nominal é explicada pela Teoria Fiscal do Nível de Preços através do menor valor presente da dívida pública. O trabalho retoma, através de revisão bibliográfica, o debate sobre as causas da elevação da taxa de juros adicionando a contribuição de Resende. Discute-se o impacto dessa persistência na economia brasileira. Nota-se que a inflação tem-se mantido elevada dada a baixa contribuição dos preços livres, que são impactados diretamente pela taxa de juros, no IPCA. Dessa forma, a transmissão de uma elevação da taxa de juros dá-se de maneira desproporcional entre o PIB e a inflação, deixando claro que a condução da política monetária tem sido custosa em termos de produto. |
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Nardi, Rochelle dos SantosFerrari Filho, Fernando2018-07-11T02:31:22Z2017http://hdl.handle.net/10183/180349001066545Superado o problema da inflação alta e crônica, esperava-se que, após a adoção do câmbio flutuante a taxa de juros no Brasil fosse reduzida. No entanto, esta permanece em níveis elevados, comprometendo o desempenho da economia brasileira. Dessa forma, é relevante a discussão sobre as causas da persistência da elevação da taxa de juros. A literatura aborda seis explicações para essa persistência: 1) incerteza jurisdicional; 2) inconversibilidade do real; 3) a ineficácia da política monetária; 4) os desequilíbrios fiscais; 5) a existência de equilíbrios múltiplos; e 6) a convenção a favor do conservadorismo da política monetária. Recentemente, André Lara Resende trouxe a discussão da fronteira acadêmica dos países desenvolvidos, que convivem com taxas de juros quase nulas e inflação baixa e estável, para a conjuntura brasileira recente de inflação e juros elevados com crescimento negativo, propondo, através da equação de Fischer, que a taxa de juros nominal funciona como balizador das expectativas inflacionárias, implicando um resultado contrário àquele proposto pela teoria. No curto prazo, a redução da inflação via aumento da taxa de juros nominal é explicada pela Teoria Fiscal do Nível de Preços através do menor valor presente da dívida pública. O trabalho retoma, através de revisão bibliográfica, o debate sobre as causas da elevação da taxa de juros adicionando a contribuição de Resende. Discute-se o impacto dessa persistência na economia brasileira. Nota-se que a inflação tem-se mantido elevada dada a baixa contribuição dos preços livres, que são impactados diretamente pela taxa de juros, no IPCA. Dessa forma, a transmissão de uma elevação da taxa de juros dá-se de maneira desproporcional entre o PIB e a inflação, deixando claro que a condução da política monetária tem sido custosa em termos de produto.Once the problem of high and chronic inflation was overcome, it was expected that, after the adoption of the floating exchange rate, the interest rate in Brazil would be reduced. However, it remains at high levels, compromising the performance of the Brazilian economy. Thus, the discussion on the causes of the persistence of the interest rate increase is relevant. The literature addresses six explanations for this persistence: 1) jurisdictional uncertainty; 2) inconversibility of the real; 3) the ineffectiveness of monetary policy; 4) fiscal imbalances; 5) the existence of multiple equilibria; and 6) the convention in favor of the conservatism of monetary policy. Recently, André Lara Resende brought the discussion of the academic frontier of the developed countries, which coexist with almost zero interest rates and low and stable inflation, to the recent Brazilian conjuncture of inflation and high interest rates with negative growth, proposing, through Fischer's equation, that the nominal interest rate acts as a guide to inflationary expectations, implying a result contrary to that proposed by the theory. In the short term, the reduction of inflation through an increase in the nominal interest rate is explained by the Fiscal Theory of the Price Level through the lower present value of the public debt. The paper resumes, through a bibliographical review, the debate on the causes of the increase of the interest rate adding the contribution of Resende. The impact of this persistence on the Brazilian economy is discussed. It should be noted that inflation has remained high given the low contribution of free prices, which are directly impacted by the interest rate, in the IPCA. Thus, the transmission of a rise in the interest rate occurs disproportionately between GDP and inflation, making it clear that the conduct of monetary policy has been costly in terms of output.application/pdfporTaxa de jurosPolítica monetáriaBrasilBrazilMonetary policyInterest rateInflationSelicO debate recente sobre a necessidade de redução da taxa de juros básica no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPorto Alegre, BR-RS2017Ciências Econômicasgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001066545.pdf001066545.pdfTexto completoapplication/pdf989631http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180349/1/001066545.pdf8d42f6908a3a6103f269f3507af459a2MD51TEXT001066545.pdf.txt001066545.pdf.txtExtracted Texttext/plain149716http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180349/2/001066545.pdf.txt4be2e3cb90099c644f3d55b0c45b3e75MD5210183/1803492018-07-12 02:26:03.518441oai:www.lume.ufrgs.br:10183/180349Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-07-12T05:26:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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