Associação entre ingestão alimentar de antioxidantes, composição corporal e variáveis metabólicas em uma amostra de mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Laís Lima
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188640
Resumo: Modificações na composição da dieta aliada à prática de atividade física são importantes estratégias de prevenção para as doenças cardiovasculares, principal causa de morte entre as mulheres na pós-menopausa. Dentre os micronutrientes, evidências sugerem que aqueles com ação antioxidante como zinco, vitamina C e vitamina E possam estar associados com proteção às doenças crônicas. Os polifenóis são compostos presentes em frutas, vegetais e alguns cereais, caracterizados como não nutrientes, possuindo também ação antioxidante. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo avaliar a associação entre composição corporal, variáveis metabólicas e risco cardiovascular com a ingestão dietética de antioxidantes em uma amostra de mulheres na pós-menopausa sem doença clínica evidente. Foram arroladas 119 mulheres para este estudo. A absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA) foi utilizada para avaliar composição corporal, a atividade física habitual por pedômetro e a calculadora de escore de risco cardiovascular de Framingham para avaliação clínica para do risco cardiovascular. A ingestão dos micronutrientes zinco, vitamina C, vitamina E e de polifenóis foi estimada por meio de um questionário de frequência alimentar validado, categorizada posteriormente em tercis. Preencheram os critérios de inclusão 105 participantes com média de idade 55,2 ± 4,9 anos, tempo de menopausa 6,8 ± 1,0 anos e IMC 27,2 ± 4,6 kg/m². Maiores quantidades de zinco na dieta apresentaram associação maior de massa magra apendicular (p= 0,006), menores níveis de pressão arterial sistólica (p= 0,033) e triglicerídeos (p= 0,042), sendo que as participantes que tinham maior número de passos apresentaram também maior consumo de zinco. Quando as participantes foram estratificadas de acordo com os tercis de ingestão de polifenóis, o tercil 1 apresentou o escore de risco cardiovascular de Framingham maior quando comparado ao tercil 2 (p= 0,032), permanecendo significativo após o controle para tempo de menopausa (p= 0,290). No entanto, a composição corporal e outras variáveis clínicas foram semelhantes entre os tercis de ingestão de polifenóis. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os tercis de vitaminas C e E para variáveis de composição corporal e metabolismo. Em conclusão, os resultados deste estudo sugerem que o maior consumo de zinco e polifenóis na dieta está associado com menor risco cardiovascular nesta amostra de mulheres na pós-menopausa, sem doença clínica evidente.
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A absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA) foi utilizada para avaliar composição corporal, a atividade física habitual por pedômetro e a calculadora de escore de risco cardiovascular de Framingham para avaliação clínica para do risco cardiovascular. A ingestão dos micronutrientes zinco, vitamina C, vitamina E e de polifenóis foi estimada por meio de um questionário de frequência alimentar validado, categorizada posteriormente em tercis. Preencheram os critérios de inclusão 105 participantes com média de idade 55,2 ± 4,9 anos, tempo de menopausa 6,8 ± 1,0 anos e IMC 27,2 ± 4,6 kg/m². Maiores quantidades de zinco na dieta apresentaram associação maior de massa magra apendicular (p= 0,006), menores níveis de pressão arterial sistólica (p= 0,033) e triglicerídeos (p= 0,042), sendo que as participantes que tinham maior número de passos apresentaram também maior consumo de zinco. Quando as participantes foram estratificadas de acordo com os tercis de ingestão de polifenóis, o tercil 1 apresentou o escore de risco cardiovascular de Framingham maior quando comparado ao tercil 2 (p= 0,032), permanecendo significativo após o controle para tempo de menopausa (p= 0,290). No entanto, a composição corporal e outras variáveis clínicas foram semelhantes entre os tercis de ingestão de polifenóis. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os tercis de vitaminas C e E para variáveis de composição corporal e metabolismo. Em conclusão, os resultados deste estudo sugerem que o maior consumo de zinco e polifenóis na dieta está associado com menor risco cardiovascular nesta amostra de mulheres na pós-menopausa, sem doença clínica evidente.Diet composition and physical activity are important prevention strategies against cardiovascular diseases, that is considered main cause of death among postmenopausal women. Among micronutrients, evidence suggests that those with antioxidant action such as zinc, vitamin C, vitamin E and polyphenols may be associated with protection against chronic diseases. Polyphenols are compounds characterized as non-nutrient that have antioxidant action, found in the fruits, vegetables and some cereals. Therefore, this study aims to evaluate the association of body composition and metabolic variables with dietary intake of antioxidants in a sample of postmenopausal women with no evident clinical disease. One hundred and nineteen postmenopausal women were enrolled. Body composition was assessed by dual-energy x-ray absorptiometry, habitual physical activity by a digital pedometer and cardiovascular risk from The Framingham General Cardiovascular Risk Score (10-year risk) (FRS), using lipids. Dietary intake was assessed by a validated food frequency questionnaire. Antioxidants intake, vitamin C, E and polyphenols were stratified into tertiles. One hundred and five participants met the inclusion criteria and were enrolled to the study. Mean age was 55.2 ± 4.9 years, time since menopause 6.8 ± 1.0 years, and BMI 27,2 ± 4,6 kg/m². Women in the higher tertile of zinc intake had greater appendicular lean mass (p=0.006), and mean steps a day (p=0.025), lower systolic blood pressure (p=0.033) and lower triglycerides levels (p= 0.042). Women with lower polyphenol intake (tertile 1) had higher Framingham risk score than tertile 2 (p=0.032), even controlling for time since menopause (p= 0.290). However, body composition and the other clinical variables were similar between between the tertiles of zinc, polyphenols, vitamin E and vitamin C intake. In conclusion, the present results suggest that higher zinc and polyphenol intake are associated with lower cardiovascular risk factors in our sample of postmenopausal women with no evident clinical disease.application/pdfporIngestão de alimentosAntioxidantesComposição corporalMetabolismoMulherPós-menopausaAssociação entre ingestão alimentar de antioxidantes, composição corporal e variáveis metabólicas em uma amostra de mulheres na pós-menopausainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2017Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001084070.pdf.txt001084070.pdf.txtExtracted Texttext/plain65893http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188640/2/001084070.pdf.txt7414b4322eedb6f5f0a388582146c5ccMD52ORIGINAL001084070.pdfTexto completoapplication/pdf889696http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188640/1/001084070.pdf9e83c605faaef786c2366f6b28db90bbMD5110183/1886402022-05-12 04:52:20.980126oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188640Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-12T07:52:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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