Movimento de decolonialidade de gênero nas aulas de matemática : o trabalho com tecnologias digitais (TD)
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/235124 |
Resumo: | Investigamos de que modo problematizações podem emergir de uma prática pedagógica decolonial que utiliza memes misóginos e a reflexão matemática sobre questões de gênero, com recursos digitais, em uma aula de matemática do 1º ano do Ensino Médio. Partimos da concepção de gênero como uma forma de colonialidade. Nessa perspectiva, vamos ao encontro da decolonialidade que atua para desestabilizar a ideia colonial, percebendo a concepção de gênero pela necessidade de se questionar os padrões eurocêntricos. Assim, nesse estudo, o grupo de participantes resolveu atividades com memes e com Google Trends, discutindo aspectos relativos à concepção de gênero, principalmente, pela matemática. Buscamos, sob uma abordagem qualitativa, investigar por meio da matemática com Tecnologias Digitais (TD) uma prática que venha problematizar a concepção de gênero, promovendo a consciência de valores e dos direitos humanos. Nesse artigo, apresentamos um recorte da prática, a qual foi protagonizada por um grupo de estudantes. A problematização começou a ser constatada em um primeiro momento de atividades, pois a imagem que um aluno tinha da mulher continha traços da colonialidade, ou seja, traços de inferiorização, subalternização e invisibilidade da mulher. Mas, no decorrer da pesquisa, esse mesmo aluno demonstrou resistência à colonialidade, questionando, problematizando os padrões de beleza e comportamento feminino impostos pela sociedade. Por meio das práticas de propor um ambiente de discussão com memes e análise crítica dos gráficos gerados pelo Google Trends, as problematizações da concepção de gênero foram efetuadas de modo a tornarem-se potencializadas pela matemática com TD. |
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Rosa, MaurícioSachet, Bruna2022-02-15T04:38:02Z20211980-4415http://hdl.handle.net/10183/235124001136446Investigamos de que modo problematizações podem emergir de uma prática pedagógica decolonial que utiliza memes misóginos e a reflexão matemática sobre questões de gênero, com recursos digitais, em uma aula de matemática do 1º ano do Ensino Médio. Partimos da concepção de gênero como uma forma de colonialidade. Nessa perspectiva, vamos ao encontro da decolonialidade que atua para desestabilizar a ideia colonial, percebendo a concepção de gênero pela necessidade de se questionar os padrões eurocêntricos. Assim, nesse estudo, o grupo de participantes resolveu atividades com memes e com Google Trends, discutindo aspectos relativos à concepção de gênero, principalmente, pela matemática. Buscamos, sob uma abordagem qualitativa, investigar por meio da matemática com Tecnologias Digitais (TD) uma prática que venha problematizar a concepção de gênero, promovendo a consciência de valores e dos direitos humanos. Nesse artigo, apresentamos um recorte da prática, a qual foi protagonizada por um grupo de estudantes. A problematização começou a ser constatada em um primeiro momento de atividades, pois a imagem que um aluno tinha da mulher continha traços da colonialidade, ou seja, traços de inferiorização, subalternização e invisibilidade da mulher. Mas, no decorrer da pesquisa, esse mesmo aluno demonstrou resistência à colonialidade, questionando, problematizando os padrões de beleza e comportamento feminino impostos pela sociedade. Por meio das práticas de propor um ambiente de discussão com memes e análise crítica dos gráficos gerados pelo Google Trends, as problematizações da concepção de gênero foram efetuadas de modo a tornarem-se potencializadas pela matemática com TD.This research aims to investigate how problematizations can emerge from decolonial practice that uses misogynistic memes and mathematical reflection on gender issues with digital resources, in a mathematics class in the 1st year of high school. We apply theoretical lens which discuss the conception of gender as one of the faces of coloniality. In this perspective, we are going to meet the decoloniality that acts to destabilize the colonial idea, realizing the conception of gender by the need to question the Eurocentric standards. Thus, in this study, the participants solved activities with memes and Google Trends, in order to discuss aspects related to the conception of gender, mainly by mathematics. We seek to investigate under a qualitative approach the education in the research itself, through mathematics with Digital Technologies (DT), in order to understand possible practices that can problematize the conception of gender, so that awareness of values and human rights is promulgated from mathematics classes. In this article, we present the problematization regarding the understanding of gender conception in a section of the practice, which was carried out by a student group. The problematization was firstly considered during an activity, the image that one male student had of women contained traces of coloniality, that is, traces of inferiority, subordination and invisibility of women, on the part of men. However, during the research, this same student demonstrated resistance to coloniality, questioning, problematizing the standards of beauty and female behaviour imposed by society, through the practices of proposing discussion environments with memes and critical analysis of the graphics generated by Google Trends. Thus, the problematizations of the gender concept were took into consideration to become potentiated by mathematics with DT.application/pdfporBolema : boletim de educação matemática. Rio Claro (SP): Universidade Estadual Paulista, 2019. Vol. 35, n.71 (set./dez. 2021), p. 1246-1274MatemáticaMathematics educationDecolonialityGraphicsGoogle TrendsMemesMovimento de decolonialidade de gênero nas aulas de matemática : o trabalho com tecnologias digitais (TD)Gender decoloniality movement in mathematics classes : the work with digital technologies (DT)info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001136446.pdf.txt001136446.pdf.txtExtracted Texttext/plain90697http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235124/2/001136446.pdf.txtb11007bed937aa851ed61ae2f1af5d0bMD52ORIGINAL001136446.pdfTexto completoapplication/pdf950927http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235124/1/001136446.pdfd878956392a72a6348c2990320e643a9MD5110183/2351242022-02-22 04:45:54.636423oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235124Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T07:45:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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