Relação entre o ganho de peso gestacional a partir das curvas brasileiras e desfechos gestacionais e neonatais : estudo de coorte Maternar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Bruna Fachin
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271275
Resumo: Introdução: A gestação é um período de intensas mudanças em diversos âmbitos da vida. Com isso, são necessários cuidados relacionados à saúde da pessoa que gesta e a garantia da saúde materno-infantil. O acompanhamento do ganho de peso na gestação pode trazer melhores resultados ao se tratar de desfechos gestacionais e neonatais. Objetivo: Analisar a relação entre o ganho de peso gestacional total, a partir das curvas brasileiras de monitoramento do ganho de peso adotadas pelo Ministério da Saúde, com os desfechos gestacionais e neonatais em puérperas e seus recém-nascidos, internados em uma Unidade de Internação Obstétrica de um Hospital da região Sul do Brasil. Métodos: O estudo foi realizado entre abril de 2018 e fevereiro de 2020. Utilizou-se a classificação da IOM, 2009 para o IMC pré-gestacional e as curvas brasileiras para avaliar o ganho de peso das puérperas. Realizou-se regressão de Poisson com variância robusta para associar as variáveis de “Risco Gestacional”, “Tipo de Parto”, “Idade Gestacional” e “Classificação do peso para idade ao nascer” com o GPG. Foram considerados como significativos valores de p ≤ 0,05. Resultados: Participaram do estudo 1164 puérperas, de maioria autodeclarada branca (55,2%), escolaridade entre 9 a 12 anos (61,7%), multípara (59,5%) e situação conjugal com companheiro (83,1%). Foi visto percentual de 30,7% de gestações de risco, 88,8% de nascimentos a termo, 38,4% de partos cesariana, e 60,3% com IMC pré-gestacional de sobrepeso ou obesidade. O ganho de peso foi de 15,7% para ganho insuficiente, 15,5% para ganho adequado e 68,7% para ganho excessivo. Foram analisados desfechos gestacionais de risco gestacional, tipo de parto e idade gestacional, e o desfecho neonatal de peso para idade ao nascer. Foi observada associação significativa entre o GPG e o peso ao nascer, com maior probabilidade de nascimentos PIG (RR 3,31 IC95% 1,16 - 9,41) e menores probabilidades de nascimentos GIG (RR 0,36 IC95% 0,19 - 0,68) nas puérperas com ganho de peso gestacional insuficiente. Quanto ao GPG excessivo, também apresentou-se relação com maior probabilidade de nascimentos PIG (RR 4,05 IC95% 1,49 - 11,0) e com menor probabilidade de nascimento GIG (RR 0,57 IC95% 0,34 - 0,96). Ademais, houve maior probabilidade de Alto Risco gestacional para participantes com GPG insuficiente (RR 1,29 IC95% 1,03 - 1,62). Conclusões: O ganho de peso gestacional excessivo, evidenciado na maioria das puérperas, esteve positivamente associado com o nascimento de bebês GIG e negativamente associado com o nascimento de bebês PIG. As curvas brasileiras de GPG podem evidenciar o GPG excessivo entre as puérperas brasileiras.
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Realizou-se regressão de Poisson com variância robusta para associar as variáveis de “Risco Gestacional”, “Tipo de Parto”, “Idade Gestacional” e “Classificação do peso para idade ao nascer” com o GPG. Foram considerados como significativos valores de p ≤ 0,05. Resultados: Participaram do estudo 1164 puérperas, de maioria autodeclarada branca (55,2%), escolaridade entre 9 a 12 anos (61,7%), multípara (59,5%) e situação conjugal com companheiro (83,1%). Foi visto percentual de 30,7% de gestações de risco, 88,8% de nascimentos a termo, 38,4% de partos cesariana, e 60,3% com IMC pré-gestacional de sobrepeso ou obesidade. O ganho de peso foi de 15,7% para ganho insuficiente, 15,5% para ganho adequado e 68,7% para ganho excessivo. Foram analisados desfechos gestacionais de risco gestacional, tipo de parto e idade gestacional, e o desfecho neonatal de peso para idade ao nascer. Foi observada associação significativa entre o GPG e o peso ao nascer, com maior probabilidade de nascimentos PIG (RR 3,31 IC95% 1,16 - 9,41) e menores probabilidades de nascimentos GIG (RR 0,36 IC95% 0,19 - 0,68) nas puérperas com ganho de peso gestacional insuficiente. Quanto ao GPG excessivo, também apresentou-se relação com maior probabilidade de nascimentos PIG (RR 4,05 IC95% 1,49 - 11,0) e com menor probabilidade de nascimento GIG (RR 0,57 IC95% 0,34 - 0,96). Ademais, houve maior probabilidade de Alto Risco gestacional para participantes com GPG insuficiente (RR 1,29 IC95% 1,03 - 1,62). Conclusões: O ganho de peso gestacional excessivo, evidenciado na maioria das puérperas, esteve positivamente associado com o nascimento de bebês GIG e negativamente associado com o nascimento de bebês PIG. As curvas brasileiras de GPG podem evidenciar o GPG excessivo entre as puérperas brasileiras.Introduction: Pregnancy is a period of intense changes in different areas of life. Therefore, care related to the health of the pregnant person and the guarantee of maternal and child health are necessary. Monitoring weight gain during pregnancy can bring better results when dealing with gestational and neonatal stages. Objective: Analyze the relationship between total gestational weight gain, based on Brazilian weight gain monitoring curves adopted by the Brazilian Ministry of Health, with gestational and neonatal progress in postpartum women and their newborns, admitted to an Inpatient Unit Obstetrics at a Hospital in the South of Brazil. Methods: The study was carried out between April 2018 and February 2020. The IOM 2009 classification was used for pre-pregnancy BMI and Brazilian curves to evaluate the weight gain of postpartum women. Poisson regression with robust variance was performed to associate the variables “Gestational Risk”, “Type of Delivery”, “Gestational Age” and “Classification of weight for age at birth” with GWG. Significant values of p ≤ 0.05 were considered. Results: 1164 postpartum women participated in the study, the majority self-declared to be white (55.2%), with an education level of between 9 and 12 years (61.7%), multiparous (59.5%) and marital status with a partner (83.1%). . A percentage of 30.7% of high-risk pregnancies, 88.8% of full-term births, 38.4% of cesarean births, and 60.3% with pre-gestational BMI of overweight or obesity were seen. Weight gain was 15.7% for insufficient gain, 15.5% for adequate gain and 68.7% for excessive gain. Gestational outcomes of gestational risk, type of delivery and gestational age, and the neonatal outcome of birth weight for age were analyzed. A significant association was observed between GWG and birth weight, with a greater probability of SGA births (RR 3.31 95% CI 1.16 - 9.41) and a lower probability of LGA births (RR 0.36 95% CI 0.19 - 0.68) in postpartum women with insufficient gestational weight gain. As for excessive GWG, there was also a relationship with a greater probability of SGA births (RR 4.05 95% CI 1.49 - 11.0) and a lower probability of LGA births (RR 0.57 95% CI 0.34 - 0 ,96). Furthermore, there was a greater probability of High Pregnancy Risk for participants with insufficient GWG (RR 1.29 95% CI 1.03 - 1.62). Conclusions: Excessive gestational weight gain, evidenced in the majority of postpartum women, was positively associated with the birth of LGA babies and negatively associated with the birth of SGA babies. Brazilian GWG curves may highlight excessive GWG among Brazilian postpartum women.application/pdfporGanho de peso na gestaçãoPeso ao nascerPartoBrasilGestational weight gainBirth weightParturitionMaternal health servicesRelação entre o ganho de peso gestacional a partir das curvas brasileiras e desfechos gestacionais e neonatais : estudo de coorte Maternarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2024Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001195091.pdf.txt001195091.pdf.txtExtracted Texttext/plain41769http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271275/2/001195091.pdf.txt447eac6993a65330a57aa025d8012f12MD52ORIGINAL001195091.pdfTexto parcialapplication/pdf327262http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271275/1/001195091.pdf6ec646f9aa17239b217398d80fbf7e92MD5110183/2712752024-02-02 06:05:35.056956oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271275Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-02T08:05:35Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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