Fatores interferentes no consumo alimentar de pacientes que recebem dieta DM em um hospital público universitário

• Autor(a) principal: Rigo, Ana Eloísa Machado
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/204138
• topic: Diabetes mellitus; Dietética; Ingestão de alimentos; Refeições; Almoço; Hospitalização; Acceptance; Dietary; Food intake; Meals

A dieta hospitalar tem a função de fornecer ao paciente o aporte de nutrientes que ele necessita, com a finalidade de preservar o estado nutricional do indivíduo. Além disso, a alimentação hospitalar pode atenuar o sofrimento proporcionado pela doença. Em vista da importância da dietoterapia, o presente estudo teve a finalidade de avaliar o resto-ingestão do almoço, caracterizar o perfil dos pacientes em relação a gênero, idade, escolaridade, patologia associada e tempo de internação e descrever a composição do cardápio do almoço e as estações do ano (verão e inverno) no período da pesquisa. Desse modo, o presente estudo teve duas etapas: a primeira realizada no mês de fevereiro (verão); e a segunda no mês de julho (inverno) de 2019, com duração de cinco dias consecutivos cada uma. Foram selecionados, por conveniência, dois andares que apresentavam as maiores quantidades de registros de pacientes que recebiam a dieta do tipo diabetes mellitus (DM). Os pacientes tiveram seu prato pesado antes e depois do consumo para uma posterior comparação. Os dados foram avaliados em valores totais, médias, desvio padrão, percentuais e foi realizado o teste estatístico específico do modelo de regressão logística para dados correlacionados no software SPSS 18.0. Foi identificado um padrão de cardápio semelhante nas duas estações, com uma característica de pouca variação de preparações. O total de pacientes avaliados nos dois períodos foi de 49 indivíduos sendo que o gênero masculino representou 63,26% da amostra. Em relação ao tempo de internação, os pacientes que estiveram internados por até sete dias tiveram maior chance de consumir a refeição de forma parcial ou total. Foi constatado que, do total das refeições servidas, o consumo parcial pelos pacientes foi de 40,6% no verão e a média de consumo per capita de 375.06g. No inverno, foi identificado 73% dos pacientes com ingestão parcial, sendo a quantidade média de consumo de 393.23g. Não foi encontrado significância estatística quando associadas as variáveis de forma multivariada. No entanto na associação de razão de chances univariável foi encontrado um p<0,05 em relação a variável estação do ano. Em vista desses resultados, é imprescindível que seja lançado mão de fichas técnicas para manter um padrão organoléptico das refeições, uma vez que o ser humano possui memória afetiva relacionada à alimentação. Recomenda-se a realização de pesquisas que avaliem o resto ingestão de dietéticas hospitalares para que seja possível avaliar a qualidade das refeições servidas.