Ingestão alimentar, composição corporal e parâmetro neuromusculares de mulheres vegetarianas estritas e não vegetarianas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Teresa
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/274100
Resumo: O vegetarianismo estrito consiste em um padrão alimentar na qual ocorre a exclusão total de produtos de origem animal, e que vem tendo um crescente aumento de adeptos em todo mundo, inclusive no Brasil. Contudo, a literatura ainda carece de estudos sobre os impactos dessa alimentação na composição corporal e nos parâmetros neuromusculares. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a composição corporal, parâmetros neuromusculares e ingestão alimentar de vegetarianas estritas e não vegetarianas, utilizando uma amostra de mulheres adultas sedentárias. Trata-se de um estudo transversal, onde a composição corporal foi avaliada por absorciometria de raios-x de dupla energia (DEXA), os parâmetros neuromusculares de força e potência foram avaliados pelo teste de uma repetição máxima (1RM) e salto com contramovimento, respectivamente, e a ingestão alimentar de macronutrientes foi avaliada pelo preenchimento do registro alimentar de 3 dias. O estudo envolveu 66 participantes, divididos igualmente entre vegetarianas (33) e não vegetarianas (33), com idade média de 29 anos ± 5 anos. Não houve diferenças significativas na composição corporal (p<0,05), incluindo massa magra, massa gorda, massa óssea e IMC, assim como nos testes de força e potência entre os grupos (p<0,05). Em relação à ingestão de macronutrientes, o grupo VEG apresentou maior consumo de carboidratos (p<0,01) e menor de lipídios (p<0,003) de proteínas em gramas por kg/peso em comparação ao grupo NVEG. A ingestão total de calorias não variou Mesmo havendo diferenças na ingestão de macronutrientes, os valores encontrados em ambos os grupos estão em concordância com as recomendações atuais da National Academics of Science para indivíduos adultos saudáveis. Conclui-se que, na amostra avaliada, as mulheres adeptas ao vegetarianismo estrito não apresentam diferenças na composição corporal e parâmetros neuromusculares quando comparadas a não vegetarianas, mesmo apresentando diferenças na ingestão de macronutrientes. Mesmo sendo identificadas diferenças na ingestão de macronutrientes, os valores encontrados em ambos os grupos estão em concordância com as recomendações atuais para indivíduos adultos saudáveis, o que parece importante para os desfechos corporais e neuromusculares avaliados.
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Trata-se de um estudo transversal, onde a composição corporal foi avaliada por absorciometria de raios-x de dupla energia (DEXA), os parâmetros neuromusculares de força e potência foram avaliados pelo teste de uma repetição máxima (1RM) e salto com contramovimento, respectivamente, e a ingestão alimentar de macronutrientes foi avaliada pelo preenchimento do registro alimentar de 3 dias. O estudo envolveu 66 participantes, divididos igualmente entre vegetarianas (33) e não vegetarianas (33), com idade média de 29 anos ± 5 anos. Não houve diferenças significativas na composição corporal (p<0,05), incluindo massa magra, massa gorda, massa óssea e IMC, assim como nos testes de força e potência entre os grupos (p<0,05). Em relação à ingestão de macronutrientes, o grupo VEG apresentou maior consumo de carboidratos (p<0,01) e menor de lipídios (p<0,003) de proteínas em gramas por kg/peso em comparação ao grupo NVEG. A ingestão total de calorias não variou Mesmo havendo diferenças na ingestão de macronutrientes, os valores encontrados em ambos os grupos estão em concordância com as recomendações atuais da National Academics of Science para indivíduos adultos saudáveis. Conclui-se que, na amostra avaliada, as mulheres adeptas ao vegetarianismo estrito não apresentam diferenças na composição corporal e parâmetros neuromusculares quando comparadas a não vegetarianas, mesmo apresentando diferenças na ingestão de macronutrientes. Mesmo sendo identificadas diferenças na ingestão de macronutrientes, os valores encontrados em ambos os grupos estão em concordância com as recomendações atuais para indivíduos adultos saudáveis, o que parece importante para os desfechos corporais e neuromusculares avaliados.Strict vegetarianism consists of a dietary pattern in which all animal products are completely excluded, and it has been steadily gaining more followers worldwide, including in Brazil. However, literature still lacks studies on the impacts of this diet on body composition and neuromuscular parameters. Therefore, the aim of this study was to evaluate and compare the body composition, neuromuscular parameters, and dietary intake of strict vegetarians and non-vegetarians, using a sample of sedentary adult women. This cross-sectional study assessed body composition through dual-energy X-ray absorptiometry (DEXA), neuromuscular strength and power parameters through one-repetition maximum (1RM) and countermovement jump tests, respectively, and macronutrient intake through a 3-day food record. The study included 66 participants, evenly split between vegetarians (33) and non-vegetarians (33), with a mean age of 29 years ± 5 years. There were no significant differences in body composition (p<0,05), including lean mass, fat mass, bone mass, and BMI, as well as in strength and power tests between the groups (p<0.05). Regarding macronutrient intake, the VEG group showed higher carbohydrate consumption (p<0.01) and lower intake of lipids (p<0.003) and proteins in grams per kg/body weight compared to the NVEG group. Total calorie intake did not vary. Despite differences in macronutrient intake, the values in both groups align with current National Academics of Science recommendations for healthy adults. In conclusion, in the evaluated sample, women adhering to strict vegetarianism did not show differences in body composition and neuromuscular parameters compared to non-vegetarians, even with variations in macronutrient intake. Despite identifying differences in macronutrient intake, the values in both groups align with current recommendations for healthy adults, which appears important for the assessed body and neuromuscular outcomes.application/pdfporDieta vegetarianaIngestão de alimentosComposição corporalForça muscularVegetarianismDietary intakeBody compositionMuscle strengthMuscle powerIngestão alimentar, composição corporal e parâmetro neuromusculares de mulheres vegetarianas estritas e não vegetarianasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2024Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001198515.pdf.txt001198515.pdf.txtExtracted Texttext/plain65442http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274100/2/001198515.pdf.txt22b1e26f654985155512e61b4f7dfafcMD52ORIGINAL001198515.pdfTexto parcialapplication/pdf478341http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274100/1/001198515.pdfe6f34999aeb5d955809241479bd31d6fMD5110183/2741002024-03-24 04:57:59.313553oai:www.lume.ufrgs.br:10183/274100Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-24T07:57:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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