Paths of reforestation of thinking : Interculturality from indigenous philosophies
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272280 |
Resumo: | O presente texto busca afirmar as filosofias indígenas como sabedorias que contribuem significativamente na forma de pensar/sentir a educação e a filosofia. Desde a tradição ocidental, a filosofia constituiu-se através da ruptura do que chamamos pensamento mítico. As filosofias indígenas, no entanto, partem da narrativa mítica, do pensamento simbólico, dos sonhos, da oralidade e toda ancestralidade que carregam para constituírem suas cosmologias. Afirmar o pensamento indígena é, portanto, recuperar o que fora negado, mostrando que a filosofia não tem um único solo de origem (grego), mas se constrói em diferentes territórios e tempos históricos. A negação destas filosofias traduz, em muitos momentos, a própria negação ontológica daqueles e daquelas que produziram e continuam a produzir pensamento. Por isso, as filosofias indígenas são formas de reflorestamento da racionalidade monocultural, sendo capazes de compor outros exercícios político-pedagógicos, em que o bem viver é um elemento central. O objetivo é mostrar que as filosofias indígenas carregam modos de vida que contribuem para repensarmos os processos “civilizatórios” que tem conduzido à humanidade e o planeta a destruição da diversidade do pensamento e, com isso, nos ensinam a viver a interculturalidade como aprendizagem necessária para a sobrevivência dos saberes e dos povos. |
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Menezes, Magali Mendes de2024-02-28T05:03:07Z20242256-3202http://hdl.handle.net/10183/272280001196513O presente texto busca afirmar as filosofias indígenas como sabedorias que contribuem significativamente na forma de pensar/sentir a educação e a filosofia. Desde a tradição ocidental, a filosofia constituiu-se através da ruptura do que chamamos pensamento mítico. As filosofias indígenas, no entanto, partem da narrativa mítica, do pensamento simbólico, dos sonhos, da oralidade e toda ancestralidade que carregam para constituírem suas cosmologias. Afirmar o pensamento indígena é, portanto, recuperar o que fora negado, mostrando que a filosofia não tem um único solo de origem (grego), mas se constrói em diferentes territórios e tempos históricos. A negação destas filosofias traduz, em muitos momentos, a própria negação ontológica daqueles e daquelas que produziram e continuam a produzir pensamento. Por isso, as filosofias indígenas são formas de reflorestamento da racionalidade monocultural, sendo capazes de compor outros exercícios político-pedagógicos, em que o bem viver é um elemento central. O objetivo é mostrar que as filosofias indígenas carregam modos de vida que contribuem para repensarmos os processos “civilizatórios” que tem conduzido à humanidade e o planeta a destruição da diversidade do pensamento e, com isso, nos ensinam a viver a interculturalidade como aprendizagem necessária para a sobrevivência dos saberes e dos povos.This text aims to affirm Indigenous philosophies as wisdom that contributes significantly to the way of thinking/feeling education and philosophy. From the Western tradition, philo-sophy has been constituted from the rupture of what we call mythical thought. Indigenous philosophies, however, start from the mythical narrative, symbolic thought, dreams, orality, and all the ancestry they carry to constitute their cosmologies. To affirm Indigenous thought is, therefore, to recover what was denied, showing that philosophy does not have a single soil of origin (Greece), but is built in different territories and historical times. The negation of indigenous philosophies translates, in many moments, to the very ontological negation of those who have produced and continue to produce thought. Therefore, Indigenous philosophies are forms of reforestation of monocultural rationality and can compose other political-pedagogical exercises, in which good living is a central element. The objective is to show that Indigenous philosophies carry ways of life that contribute to rethinking the “civilizing” processes that have led humanity and the planet to the destruction of the diver-sity of thought and, with this, teach us to live interculturality as a necessary learning for the survival of knowledge and peoples.Este texto pretende afirmar las filosofías indígenas como sabidurías que contribuyen sig-nificativamente a la manera de pensar/sentir la educación y la filosofía. Desde la tradición occidental, la filosofía se ha constituido a partir de la ruptura de lo que llamamos pensamiento mítico. Las filosofías indígenas, sin embargo, se nutren de las narraciones míticas, del pen-samiento simbólico, de los sueños, de la oralidad y de toda la ascendencia que portan para formar sus cosmologías. Afirmar el pensamiento indígena es, por lo tanto, recuperar lo que ha sido negado, mostrando que la filosofía no tiene un único suelo de origen (griego), sino que se construye en diferentes territorios y tiempos históricos. La negación de estas filosofías se traduce, a menudo, en la propia negación ontológica de quienes han producido y siguen produciendo pensamiento. Por ello, las filosofías indígenas son formas de reforestar la ra-cionalidad monocultural y son capaces de componer otros ejercicios político-pedagógicos en los que el buen vivir es un elemento central. Se trata de mostrar que las filosofías indígenas son portadoras de formas de vida que nos ayudan a repensar los procesos “civilizatorios” que han llevado a la humanidad y al planeta a destruir la diversidad del pensamiento y, con ello, nos enseñan a vivir la interculturalidad como un aprendizaje necesario para la supervivencia de los saberes y de los pueblos.application/pdfengRevista Guillermo de Ockham. Cali, Colombia. Vol. 22, n. 1 (Jan./Jun. 2024), p. 105-115InterculturalidadeIndígenasFilosofiaCosmologiaIndigenous philosophiesPhilosophyInterculturalityEducationCosmologyMethodologiesFilosofías indígenasFilosofíaInterculturalidadEducaciónCosmologíaMetodologíasPaths of reforestation of thinking : Interculturality from indigenous philosophiesCaminos de reforestación del pensamiento : la interculturalidad desde las filosofías indígenasCaminhos de reflorestamento do pensar : a interculturalidade desde as filosofias indígenasEstrangeiroinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001196513.pdf.txt001196513.pdf.txtExtracted Texttext/plain0http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272280/2/001196513.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD52ORIGINAL001196513.pdfTexto completo (inglês)application/pdf3458064http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272280/1/001196513.pdf4774f9a354a1b5b53ca40bd64d25cb61MD5110183/2722802024-05-25 06:49:13.77341oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272280Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-05-25T09:49:13Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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