Organização dos espaços do bercário e interação educadora-bebê : contribuições de um programa de acompanhamento para educadoras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/183841 |
Resumo: | As características da creche são apontadas pela literatura como um importante critério para garantir um cuidado de qualidade, sendo capaz de apoiar a promoção do desenvolvimento infantil. O presente estudo investigou as contribuições de um acompanhamento para educadoras para a organização dos espaços do berçário e para a interação educadora-bebê. Participaram do estudo seis educadoras de berçário de duas creches públicas. O acompanhamento, baseado na abordagem pikleriana, envolveu seis encontros com cada educadora, divididos em três módulos: (1) Atividade autônoma do bebê baseada em suas próprias iniciativas; (2) Organização do ambiente; e, (3) As competências da educadora e o vínculo seguro com o bebê. No presente estudo destaca-se, em particular, o segundo módulo, que abordou a organização do espaço. Seis meses após o término do acompanhamento as educadoras responderam à Entrevista de Avaliação do Acompanhamento, que explorou mudanças ocorridas nos espaços e as contribuições de tais mudanças para a interação educadora-bebê. As entrevistas foram examinadas através de análise de conteúdo qualitativa, com base em uma estrutura de categorias baseada na abordagem pikleriana: (1) características do espaço do berçário e (2) interação educadora-bebê. Quanto às características do espaço, as educadoras relataram mudanças na organização dos móveis e objetos, com destaque à disposição dos brinquedos, que passaram a estar mais acessíveis aos bebês, e a separação entre a área de brincadeiras e de cuidados básicos, com uma barreira física, impedindo o acesso livre dos bebês, mas permitindo a supervisão pelas educadoras. Quanto à interação educadora-bebê, as educadoras referiram uma maior autonomia na brincadeira dos bebês, notada em atitudes como iniciar a brincadeira, brincar sozinho e não solicitar sempre a presença da educadora. Ainda, as educadoras referiram melhorias na qualidade da sua relação com os bebês, notadas nas próprias atitudes em propiciar a autonomia, organizar o espaço com base nas necessidades deles, dar atenção individualizada a eles nos momentos de cuidados básicos e estar sensível aos seus sinais. Os resultados sugerem que o acompanhamento possibilitou mudanças na organização do berçário, que puderam apoiar a interação educadora-bebê e contribuir para a promoção do desenvolvimento infantil. |
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