Dos enigmas da infância : transexualidade e tensionamentos dos scripts de gênero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/152906 |
Resumo: | Este estudo busca discutir e tencionar a construção dos scripts de gênero nas infâncias, em especial no que se refere à transexualidade. Reitera-se a importância de aprofundarmos os temas que dizem respeito à construção das identidades no âmbito da formação docente em Educação Infantil. Para tanto, valho-me do aporte teórico dos Estudos de Gênero, de inspiração pós-estruturalista, dos Estudos Queer e demais estudos que abordam as questões do universo “trans”. O presente trabalho tem por objetivo perceber as situações que estão em jogo na Educação Infantil quando o assunto se refere à constituição de gênero e sexualidade das crianças, especialmente em relação ao tema da transexualidade. Ou seja, em que medida os comportamentos infantis podem ser interpretados como possíveis manifestações de transexualidade nesse período. A metodologia utilizada foi a da entrevista-narrativa com três mulheres trans e três homens trans. (ANDRADE, 2008). Para analisar o material empírico, o investimento se deu especialmente nos estudos de Santos (2012), Bento (2008), César (2009), Felipe, Guizzo e Beck (2013), Reidel (2013), Silva e Oliveira (2015). A partir desse movimento analítico, foram levantadas duas categorias que emergiram das narrativas: “Por que eu era um assunto a não ser tocado”: discutindo crianças, infâncias e transexualidade; As hipóteses sobre o corpo e o desejo de apagamento das marcas do biológico; e “Todos os dias tem aula de gênero”: das (im)possibilidades na escola à construção de uma rede (in) formativa. Através da análise se pode perceber que a transexualidade é uma expressão identitária de caráter contingente que sofre constantemente regulações heteronormativas de ordem social e familiar. Também foi possível constatar o quanto a escola de Educação Infantil é um ambiente generificado, onde a norma de gênero em uma vertente binária se instala, vigiando e regulando os corpos infantis. Assim, as redes de (in)formação aparecem como uma proposta que envolve a ampliação de conhecimento das famílias e educadoras/es que atuam diretamente com as crianças, possibilitando práticas de valorização da diversidade e de liberdade de expressão para as infâncias. |
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