Atividade de inteligência em operações de paz da ONU : rumo à instituicionalização?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kuele, Giovanna Marques
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/116374
Resumo: A pergunta de pesquisa desta monografia é: como se deu o processo de desenvolvimento e institucionalização da atividade de inteligência em operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU)? A atividade de inteligência, embora tenha caráter tradicionalmente estatal, é importante para o funcionamento das operações de paz da ONU, ao fornecer suporte às decisões e ações em todos os níveis da cadeia de comando. A hipótese de trabalho é de que a atividade de inteligência nas operações de paz da ONU desenvolveu-se e institucionalizou-se a partir de uma alteração de abordagem da Organização no início do século XXI, em virtude tanto da necessidade de aumentar a segurança do pessoal em campo e incrementar o conhecimento da situação, quanto das falhas ocorridas na década de 1990, que foram causadas em parte pela falta de legitimidade ou pela deficiência das informações. Para verificar a hipótese de trabalho, realiza-se o estudo de sete missões de paz em particular (a ONUC, a UNOSOM I e II, a UNAMIR, a UNPROFOR, a MINUSTAH, a UNMIS e a MONUSCO), analisadas a partir dos níveis estratégico (estruturas de inteligência no Secretariado da ONU), operacional e tático (estruturas de inteligência em campo) da atividade de inteligência. Para tanto, além da revisão de dados secundários e da literatura especializada, procede-se à análise de dados primários, relatórios e documentos da ONU, bem como de entrevistas realizadas com militares e civis que estiveram em campo ou que são entendidos do assunto. Nas considerações finais, apontam-se os limites no desenvolvimento da atividade de inteligência, por se tratar de uma organização internacional, bem como a necessidade de aprimoramento na atividade, caso a ONU continue a determinar mandatos robustos.
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