Métodos de coleta de descritores comportamentais (cbcl/6-18 e trf/6-18) e sua contribuição para o processo psicodiagnóstico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238916 |
Resumo: | O processo psicodiagnóstico constitui-se por diversas técnicas de coleta de informações para a investigação das demandas trazidas pelo paciente ou por terceiros. O psicodiagnóstico em crianças e adolescentes tem uma particularidade que é a coleta de dados a partir de heterorrelato. Um dos instrumentos mais comumente usados para isso, além da anamnese, são os questionários ASEBA. Dados da literatura trazem que os pais tendem ter uma percepção maior de comportamentos classificados clínicos das crianças e adolescentes no questionário CBCL do que os professores no questionário TRF. Entretanto é escasso estudos que avaliam a predição dos escores que compõem ambos os questionários e quais as contribuições destes para o processo psicodiagnóstico. Com isso, o presente estudo tem com objetivos: 1) verificar quais escalas discriminam melhor os casos clínico de não clínicos; 2) verificar quais escalas discriminam aqueles pacientes com diagnóstico neurodesenvolvimental daqueles com diagnóstico neurodesenvolvimental e emocional; e 3) avaliar a capacidade de predição das escalas incluídas na análise discriminante. Participaram do estudo 58 crianças e adolescentes, (idade M= 11,38 e DP= 2,31), na sua maioria do sexo masculino (31), estudantes do ensino fundamental (59), de escolas públicas (44) e moradores de Porto Alegre (40). Para fins estatísticos, os participantes foram divididos em quatro categorias: Grupo Controle (GC), Grupo Problemas Neurodesenvolvimentais (GN), Grupo Problemas Emocionais (GE, excluído por ter poucos participantes) e Grupo Problemas Neurodesenvolvimentais e Emocionais (GNE). Todos os participantes tiveram os CBCLs respondidos por seus cuidadores e os TRFs respondidos por suas professoras. Foi feita a análise discriminante para averiguar quais escalas eram capazes de discriminar os grupos GC-GN e GN-GNE. Os resultados indicaram que as escalas que melhor discriminam GC-GN são escala Escola CBCL e escala Retraimento/Depressão CBCL. Já para GN-GNE, as escalas que discriminam esses grupos são escala Problemas Sociais CBCL e Tempo Cognitivo Lento TRF. A partir da seleção dessas escalas para integrarem as funções discriminante dos grupos amostrais, foi possível predizer 93,1% dos casos pertencentes a GC, 84,6% dos casos do GN e 78,6% dos casos do GNE. Dessa maneira, os resultados apontam que a determinação dessas escalas para as diferenciações dos grupos resultou em bons valores de predição de pertencimento a essas categorias amostrais (GC, GN e GNE) e que as escalas apontadas podem ser bons recursos a serem considerados no momento da formulação da hipótese no psicodiagnóstico. |
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