Diagnóstico dos pontos mais críticos de atropelamento de mamíferos silvestres no trecho da BR 293, que corta a Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, Rio Grande Do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Thiago Xavier dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131774
Resumo: Atualmente estudos apontam que o atropelamento mostra-se como um dos maiores fatores antrópicos da atualidade, responsável por uma vasta mortandade da vida silvestre. Segundo estudos realizados pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), estima-se que mais de 15 animais morrem nas estradas brasileiras a cada segundo, chegando a 1,3 milhões ao dia e 475 milhões de animais selvagens por ano atropelados no Brasil. Uma das formas de contribuição para a conservação é a criação e manutenção de Unidades de Conservação. O estudo foi realizado na BR 293, que interliga em 100 km os municípios de Santana do Livramento e Quarai. Desses, 26km atravessam o sul da Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, trecho avaliado no estudo. Os monitoramentos foram realizados entre junho de 2013 a julho de 2014, monitorados de carro, em uma velocidade média de 50 km/h, por dois observadores. Foram percorridos 1.872 km (ida e volta) em 36 amostragem, durante 12 meses, sendo três amostragens mensais realizadas a cada 10 dias. Obteve-se o registro de 139 indivíduos, divididos em 6 ordens, 10 famílias e 13 espécies. A ordem Carnívora representou 74% das amostradas (N=103), seguida pela Didelphimorphia e Cingulata ambos com 9% (N=13), Lagomorpha 4% (N=5) e Rodentia com 3% (N=4). A espécie com maior registro foi Conepatus chinga (N=73; 53%), seguido por Lycalopex gymnocercus (N=21; 15%) e o Didelphis albiventris (N=12; 9%). Observaram-se, na análise dos hotspots, dois picos de agregações num raio inicial de 200m de mortalidade sendo nos quilômetros 10 e 18,5. Assim, a implantação de redutores de velocidade (pardais) nos dois pontos mais críticos seria uma alternativa para diminuir o impacto sobre a fauna, obrigando os motoristas a reduzirem a velocidade no perímetro da UC. Também a instalação de placas conscientizadoras ao longo do trecho, que informem sobre a fauna local e os impactos ocasionados por atropelamentos seria uma forma para conscientizar os motoristas que ali trafegam da importância de se dirigir com maior cautela naquele local.
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Os monitoramentos foram realizados entre junho de 2013 a julho de 2014, monitorados de carro, em uma velocidade média de 50 km/h, por dois observadores. Foram percorridos 1.872 km (ida e volta) em 36 amostragem, durante 12 meses, sendo três amostragens mensais realizadas a cada 10 dias. Obteve-se o registro de 139 indivíduos, divididos em 6 ordens, 10 famílias e 13 espécies. A ordem Carnívora representou 74% das amostradas (N=103), seguida pela Didelphimorphia e Cingulata ambos com 9% (N=13), Lagomorpha 4% (N=5) e Rodentia com 3% (N=4). A espécie com maior registro foi Conepatus chinga (N=73; 53%), seguido por Lycalopex gymnocercus (N=21; 15%) e o Didelphis albiventris (N=12; 9%). Observaram-se, na análise dos hotspots, dois picos de agregações num raio inicial de 200m de mortalidade sendo nos quilômetros 10 e 18,5. Assim, a implantação de redutores de velocidade (pardais) nos dois pontos mais críticos seria uma alternativa para diminuir o impacto sobre a fauna, obrigando os motoristas a reduzirem a velocidade no perímetro da UC. Também a instalação de placas conscientizadoras ao longo do trecho, que informem sobre a fauna local e os impactos ocasionados por atropelamentos seria uma forma para conscientizar os motoristas que ali trafegam da importância de se dirigir com maior cautela naquele local.Currently studies show that trampling shows up as one of the greatest human factors today, responsible for a wide slaughter of wildlife. According to studies conducted by the Brazilian Road Ecology Studies Center (CBEE), it is estimated that more than 15 animals die on Brazilian roads every second, reaching 1.3 million a day and 475 million wild animals get hit by year Brazil. One way of contribution to conservation is the creation and maintenance of protected areas. The study was conducted on the BR 293, which connects at 100 kilometers the municipalities of Santana do Livramento and Quaraí. Of those, 26 crosses the south of the Environmental Protection Area (APA) of Ibirapuitã, rated stretch in the study. The monitoring was conducted from June 2013 to July 2014, monitored by car, at an average speed of 50 km / h, by two observers. We traveled 1872 kilometers (round trip) in 36 samples for 12 months, with three monthly samples taken every 10 days. Gave the record of 139 subjects, divided into six orders , 10 families and 13 species . The order Carnivora represented 74% of the sampled (N = 103 ), followed by Didelphidea and Cingulata both 9 % (N = 13) , Lagomorpha 4% (N = 5) and Rodentia with 3 % (N = 4). The species with the highest record was Conepatus chinga (N = 73 ; 53%) , followed by Lycalopex gymnocercus (N = 21 ; 15%) and the Didelphis albiventris (N = 12 , 9% ) . Were observed in the analysis of hotspots, two clusters of peaks in an initial radius of 200m mortality is at 10 km and 18.5. Thus, the implementation of speed bumps (sparrows) in the two most critical points would be an alternative to reduce the impact on the fauna, forcing drivers to reduce speed on the perimeter of the PA. Also installing conscientizadoras signs along the stretch, to report on the local fauna and the impacts caused by running over would be a way to educate drivers that there everywhere of the importance of driving with more caution there.application/pdfporAtropelamentos : RodoviasMamíferosMonitoramento ambientalÁrea de proteção ambientalRoad killMammalsAPA of IbirapuitãDiagnóstico dos pontos mais críticos de atropelamento de mamíferos silvestres no trecho da BR 293, que corta a Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, Rio Grande Do Sul, BrasilDiagnosis of points more mammals trampling critical wild in section of br 293, cutting area environmental protection (APA) of Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brazil info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2015especializaçãoCurso de Especialização em Inventariamento e Monitoramento de Faunainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000981607.pdf000981607.pdfTexto completoapplication/pdf723664http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131774/1/000981607.pdfb0bb36078e77b363d8a60bfcf225d798MD51TEXT000981607.pdf.txt000981607.pdf.txtExtracted Texttext/plain35835http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131774/2/000981607.pdf.txt75bbcf3d6c60514cd51ee5df5eaf87a8MD52THUMBNAIL000981607.pdf.jpg000981607.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1090http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131774/3/000981607.pdf.jpg82e8844a5798021accf1572fb556a95fMD5310183/1317742018-10-25 10:08:41.277oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131774Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T13:08:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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