Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Tábitha Dahmer
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115601
Resumo: Trichomonas vaginalis é o protozoário que parasita o trato urogenital humano, causando a tricomonose, uma doença sexualmente transmissível de importância mundial. A partir de relatos de efeitos adversos graves e toxicidade causados pelo metronidazol, fármaco de escolha no tratamento da tricomonose, bem como do aparecimento de resistência dos parasitos a essa medicação, demonstrou-se necessária a pesquisa por novas substâncias com atividade anti-T. vaginalis e efeitos adversos menos intensos. Nesse aspecto, saponinas são compostos vegetais com caráter anfifílico, para os quais já foram descritas diversas atividades biológicas, inclusive a antiprotozoária. Para se testar a atividade anti-T. vaginalis de saponinas e seu mecanismo de ação em membrana de parasitos, oito frações de saponinas foram selecionadas. Estas foram incubadas com trofozoítos de T. vaginalis em um teste de suscetibilidade in vitro, o qual demonstrou que os extratos butanólico das folhas de Ilex paraguariensis e aquoso de Quillaja brasiliensis e as frações de saponinas de Gypsophila sp., Quillaja saponaria e Passiflora alata tiveram atividade anti-Trichomonas. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) de cada fração testada foram determinadas e variaram de 0,025% até 0,1%. A fim de investigar o mecanismo de ação das saponinas ativas, na célula do parasito, foram realizados experimentos envolvendo lise de hemácias e dosagem da liberação da enzima citosólica lactato desidrogenase (LDH) por trofozoítos de T. vaginalis. Todas as saponinas com atividade anti-T. vaginalis causaram aproximadamente 100% de hemólise e levaram a liberação de até 50% do conteúdo total de LDH dos parasitos, quando testadas em suas respectivas CIM. Esses resultados apontam para uma ação das saponinas em membranas celulares.
id UFRGS-2_93c221124929edf8b6a01f86df10b816
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115601
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Rocha, Tábitha DahmerGosmann, GraceTasca, Tiana2015-04-28T01:58:15Z2010http://hdl.handle.net/10183/115601000758381Trichomonas vaginalis é o protozoário que parasita o trato urogenital humano, causando a tricomonose, uma doença sexualmente transmissível de importância mundial. A partir de relatos de efeitos adversos graves e toxicidade causados pelo metronidazol, fármaco de escolha no tratamento da tricomonose, bem como do aparecimento de resistência dos parasitos a essa medicação, demonstrou-se necessária a pesquisa por novas substâncias com atividade anti-T. vaginalis e efeitos adversos menos intensos. Nesse aspecto, saponinas são compostos vegetais com caráter anfifílico, para os quais já foram descritas diversas atividades biológicas, inclusive a antiprotozoária. Para se testar a atividade anti-T. vaginalis de saponinas e seu mecanismo de ação em membrana de parasitos, oito frações de saponinas foram selecionadas. Estas foram incubadas com trofozoítos de T. vaginalis em um teste de suscetibilidade in vitro, o qual demonstrou que os extratos butanólico das folhas de Ilex paraguariensis e aquoso de Quillaja brasiliensis e as frações de saponinas de Gypsophila sp., Quillaja saponaria e Passiflora alata tiveram atividade anti-Trichomonas. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) de cada fração testada foram determinadas e variaram de 0,025% até 0,1%. A fim de investigar o mecanismo de ação das saponinas ativas, na célula do parasito, foram realizados experimentos envolvendo lise de hemácias e dosagem da liberação da enzima citosólica lactato desidrogenase (LDH) por trofozoítos de T. vaginalis. Todas as saponinas com atividade anti-T. vaginalis causaram aproximadamente 100% de hemólise e levaram a liberação de até 50% do conteúdo total de LDH dos parasitos, quando testadas em suas respectivas CIM. Esses resultados apontam para uma ação das saponinas em membranas celulares.application/pdfporTrichomonas vaginalisSaponinasAtividade anti-trichomonas vaginalis de saponinasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2010Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000758381.pdf000758381.pdfTexto completoapplication/pdf666068http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/1/000758381.pdfe7a9dc2dedcc16607bd956fa62b6053fMD51TEXT000758381.pdf.txt000758381.pdf.txtExtracted Texttext/plain61820http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/2/000758381.pdf.txt3867165accdc0ca0ad89df803359a3a6MD52THUMBNAIL000758381.pdf.jpg000758381.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg983http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/3/000758381.pdf.jpg8b542a21ad5ce04e9b29713219451daeMD5310183/1156012018-10-22 07:27:03.232oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115601Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T10:27:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
title Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
spellingShingle Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
Rocha, Tábitha Dahmer
Trichomonas vaginalis
Saponinas
title_short Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
title_full Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
title_fullStr Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
title_full_unstemmed Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
title_sort Atividade anti-trichomonas vaginalis de saponinas
author Rocha, Tábitha Dahmer
author_facet Rocha, Tábitha Dahmer
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rocha, Tábitha Dahmer
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gosmann, Grace
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Tasca, Tiana
contributor_str_mv Gosmann, Grace
Tasca, Tiana
dc.subject.por.fl_str_mv Trichomonas vaginalis
Saponinas
topic Trichomonas vaginalis
Saponinas
description Trichomonas vaginalis é o protozoário que parasita o trato urogenital humano, causando a tricomonose, uma doença sexualmente transmissível de importância mundial. A partir de relatos de efeitos adversos graves e toxicidade causados pelo metronidazol, fármaco de escolha no tratamento da tricomonose, bem como do aparecimento de resistência dos parasitos a essa medicação, demonstrou-se necessária a pesquisa por novas substâncias com atividade anti-T. vaginalis e efeitos adversos menos intensos. Nesse aspecto, saponinas são compostos vegetais com caráter anfifílico, para os quais já foram descritas diversas atividades biológicas, inclusive a antiprotozoária. Para se testar a atividade anti-T. vaginalis de saponinas e seu mecanismo de ação em membrana de parasitos, oito frações de saponinas foram selecionadas. Estas foram incubadas com trofozoítos de T. vaginalis em um teste de suscetibilidade in vitro, o qual demonstrou que os extratos butanólico das folhas de Ilex paraguariensis e aquoso de Quillaja brasiliensis e as frações de saponinas de Gypsophila sp., Quillaja saponaria e Passiflora alata tiveram atividade anti-Trichomonas. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) de cada fração testada foram determinadas e variaram de 0,025% até 0,1%. A fim de investigar o mecanismo de ação das saponinas ativas, na célula do parasito, foram realizados experimentos envolvendo lise de hemácias e dosagem da liberação da enzima citosólica lactato desidrogenase (LDH) por trofozoítos de T. vaginalis. Todas as saponinas com atividade anti-T. vaginalis causaram aproximadamente 100% de hemólise e levaram a liberação de até 50% do conteúdo total de LDH dos parasitos, quando testadas em suas respectivas CIM. Esses resultados apontam para uma ação das saponinas em membranas celulares.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-04-28T01:58:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/115601
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000758381
url http://hdl.handle.net/10183/115601
identifier_str_mv 000758381
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/1/000758381.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/2/000758381.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115601/3/000758381.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e7a9dc2dedcc16607bd956fa62b6053f
3867165accdc0ca0ad89df803359a3a6
8b542a21ad5ce04e9b29713219451dae
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447145759637504