Perspectivas fotográficas das/dos trabalhadoras/es de São Paulo : registros visuais da fotógrafa Hildegard Rosenthal (1940)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hallal, Maria Clara Lysakowski
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234389
Resumo: Este trabalho tem como problema de pesquisa analisar o registro visual, logo, o olhar de uma fotógrafa mulher, estrangeira (no caso Hildegard Rosenthal) para os homens, mulheres e crianças que exerciam atividades laborais no espaço urbano de São Paulo na década de 1940. O objetivo é investigar como Hildegard Rosenthal construiu narrativas visuais sobre as(os) trabalhadoras (es) da urbe paulistana na década de 1940. Como fontes, utilizei 11 fotografias e uma entrevista que Hildegard Rosenthal concedeu ao Museu de Imagem e do Som, em 1981. Como metodologia, trabalho com duas etapas: Questões técnicas (analisei luminosidade, ângulo e plano fotográfico) e Processos Interpretativos Fotográficos (bibliografia e questões intrínsecas das fotografias). E como resultados de pesquisa, compreendo que as questões próprias da fotógrafa, como ser uma profissional e imigrante em um cenário que poucas mulheres ocupavam esse espaço, estão inerentes no seu ato de fotografar. Ainda, seu olhar para as mulheres trabalhadoras, foi voltado para as invisibilidades femininas no espaço de trabalho, especialmente quando ocupavam as ruas de São Paulo. E as narrativas visuais dos homens trabalhadores foram construídas para demonstrar que este grupo ocupou mais livremente a urbe paulistana. E nesse momento, as questões raciais também são evidentes –há profissionais negros retratados – o que não era comum no período. E as crianças trabalhadoras foram registradas demonstrando a seriedade das suas profissões (carregador de feira, engraxate e jornaleiro). Mas, também, foram fotografados em pequenos momentos de risadas, cumplicidade e criancice. Logo, concluo que Hildegard Rosenthal construiu as narrativas visuais sobre as (os) trabalhadoras (es) da urbe paulistana na década de 1940, mostrando a heterogeneidade que ocupavam as ruas do período.
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