A invisibilidade jurídica das famílias poliafetivas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Lucas Eduardo de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237607
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar a poliafetividade no contexto brasileiro e justificar a viabilidade de seu reconhecimento jurídico. Com o passar dos tempos, o conceito de família sofreu diferentes transformações. A diversidade social e os ventos da contemporaneidade permitiram uma ampliação do conceito de família. O relacionamento poliafetivo, por sua vez, admite que mais de duas pessoas possam identificar-se como um casal e constituir família, desde que observado o consentimento de todos os partícipes da relação. Atualmente, esse modelo de célula familiar encontra vazio legislativo e obstáculos ao reconhecimento, estes enraizados em concepções morais e religiosas, que utilizam a máscara da juridicidade para fundamentar seus discursos. A partir da aplicação dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do afeto, não há qualquer óbice ao reconhecimento do arranjo familiar poliafetivo. Ao Estado não cabe interferir na autonomia privada e no livre planejamento familiar, mas garantir proteção e tutela às diferente estruturas familiares.
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