Não tá morto quem peleia: uma análise sobre o consumo e a produção de lomografia e a continuidade dos processos analógicos

• Autor(a) principal: Silva, André Lairson Canha da
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/111798
• topic: Lomografia; Fotografia; Visual communication; Photography; Lomography; Consumption; Retromania; Vintage

A pesquisa aqui apresentada consiste em um estudo sobre o papel do movimento lomográfico enquanto perpetuador e incentivador da produção e do consumo de fotografia analógica. Visto que nos encontramos em uma era onde o digital e as inovações técnicas são super valorizadas, torna-se curioso o crescente consumo de uma tecnologia dita ultrapassada. Para compreender esse fenômeno, buscamos primeiramente nos situar em um estado de sociedade dito pós-moderno, a maneira como consumimos e que fatores influenciam nesse processo. Posteriormente, buscamos localizar a fotografia dentro desse momento social atual, bem como seu papel como transformadora do mesmo. Por fim, apresentamos o movimento lomográfico e vamos buscar diretamente em seus consumidores, através de uma pesquisa netnográfica, as respostas para nossas perguntas. Para tanto, faremos o cruzamento entre o levantamento bibliográfico, a análise dos dados obtidos junto aos participantes da pesquisa e a experiência empírica do pesquisador junto ao lomography.com, comunidade observada. Através da análise, buscamos compreender e relacionar a experiência de consumo de lomografia com a perpetuação dos processos analógicos e de que forma ela transforma tanto o produzir quanto o consumir imagens fotográficas na sociedade contemporânea. Observamos, então, um papel importante da lomografia nesse processo, bem como uma hibridização entre o universo do analógico e do digital, permitindo uma circulação de imagens analógicas que de outra forma não alcançariam.