O controle geológico de áreas suscetíveis à inundação: um exemplo no município de Santa Vitória do Palmar

• Autor(a) principal: Menegon, Bruno Scorsatto
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/132668
• topic: Inundação; Geotecnologia; Geologia costeira; Santa Vitória do Palmar (RS); Susceptibility; Flood; Geotechnologies; Coastal geology

As inundações históricas e recorrentes no município de Santa Vitória do Palmar tornaram-se um problema socioeconômico desde a sua fundação. Com o crescimento populacional e o desenvolvimento econômico do sul do estado é inegável que a questão da ocupação das áreas de suscetíveis a inundação torne-se pauta de estudos. Localizado na mesorregião Sudeste Rio-Grandense, na microrregião Litoral Lagunar e geologicamente inserido na Planície Costeira do Rio Grande do Sul, esta região é constituída por um conjunto de depósitos sedimentares correspondentes a três sistemas laguna-barreira (II-III-IV) de idades pleistocênicas e holocênicas, que foram desenvolvidos em resposta a ciclos glacioeustáticos da ordem de 100 mil anos. Sabendo que a morfologia é um dos fatores que controla áreas de inundação, é de vital importância o entendimento da gênese geológica da região. Desta forma, a comparação de sequências deposicionais mais antigas (II e III), pleistocênicas, com a sequência mais jovem (IV), holocênica, fornece informações cruciais para o entendimento acerca da formação destas sequências e sua caracterização morfológica. A análise geomorfológica e estratigráfica é realizada através das geotecnologias, com o emprego do sensoriamento remoto, geoprocessamento e de levantamento topográfico. A interpretação dos dados gerados pelas geotecnologias forneceu subsídios para classificar as áreas como de alta, média e baixa suscetibilidade à inundação e correlacioná-las com a gênese e evolução geológica. A variação da suscetibilidade está ligada a fatores alogênicos, relacionados a variações do nível do mar, e a fatores autogênicos, relacionados à dinâmica dos sistemas deposicionais.