Infecção fúngica em Drosophila melanogaster: levantamento de dados e análise de uma nova metodologia

• Autor(a) principal: Garcia, Arthur Bandeira de Mello
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237387
• topic: Embrião; Candida albicans; Aspergillus fumigatus; Drosophila melanogaster

Mucormicose é uma infecção causada por fungos da ordem Mucorales, principalmente por Rhizopus oryzae, e afeta essencialmente indivíduos imunossuprimidos e/ou diabéticos, com altas taxas de mortalidade quando em infecção disseminada. Candida albicans é o fungo oportunista mais comum em humanos; Aspergillus fumigatus é uma espécie de fungo que tem como característica de sua patogênese a dispersão de conídios, aumentando sua virulência em diversos hospedeiros. Portanto, é importante ter estudos em animais modelos para entender completamente a diversidade da patogênese e a resposta imune contra infecções de diferentes espécies de fungos. Por outro lado, a cienciometria auxilia a decisão mais adequada na escolha de metodologias em diferentes áreas de pesquisa. Neste estudo realizamos um levantamento de dados sobre infecções fúngicas em Drosophila melanogaster e avaliamos uma nova metodologia para a infecção de dois fungos patogênicos – A. fumigatus e C. albicans – em D. melanogaster. O levantamento de dados foi realizado em dois acervos digitais - Web of Science e Elsevier Scopus - onde foram coletadas informações como: a) a metodologia e a concentração mais utilizadas em infecções por fungos utilizando D. melanogaster como animal modelo, b) a revista mais escolhida para a publicação de trabalhos; e, também, c) região geográfica que está sendo mais pesquisada. Quanto à metodologia testada nesse trabalho, esta consiste na imersão de embriões de D. melanogaster diretamente em uma placa de Petri contendo o inóculo de células de cada fungo estudado em uma concentração de 107 esporos/ml e 108 esporos/ml para A. fumigatus e C. albicans, respectivamente. Posteriormente, os embriões foram alocados em tubos de ensaio contendo meio de cultura apropriado para eclosão e desenvolvimento até o estágio adulto. A taxa de eclosão foi avaliada para validação da metodologia. Os resultados das análises nos bancos de dados demonstram que a metodologia aplicada na infecção por Rhizopus e Candida é padronizada, consistindo na injeção no tórax de mosca adulta, que foi utilizada em 100% e 90% dos artigos com Rhizopus e Candida, respectivamente. Quanto aos testes em laboratório, a metodologia aplicada para infecção em embriões por C. albicans e A. fumigatus não demonstrou diferenças no desenvolvimento de D. melanogaster comparando-se com o grupo controle. No entanto, mais estudos são necessários para validar a metodologia.